Ultimamente, é comum ver histórias de golpes financeiros em noticiários, das mais variadas formas, Brasil afora. E não são apenas anônimos que padecem nas mãos de golpistas… Milton Neves (na foto abaixo, com Carlos Alberto de Nóbrega) sofreu isso por anos sem perceber.

Carlos Alberto de Nóbrega e Milton Neves

Em uma entrevista ao programa Melhor da Tarde, exibido em 1º de junho de 2022, o apresentador revelou que foi roubado durante 18 anos seguidos por um amigo que trabalhava com ele.

“Eu fui padrinho de formatura da classe dele, filho de uma colega minha. Ele estava desempregado, e a mãe dele procurou uma prima minha. Arrumamos um emprego. Botei um vampiro para cuidar do meu banco de sangue, então ele me roubou devagarzinho. Todas as notas fiscais, tudo fria”, contou.

Milhões perdidos em falcatrua

Milton Neves

O jornalista descobriu o roubo em 2021. Na época, era estimado que o antigo funcionário de Milton Neves teria levado R$ 2,5 milhões.

Segundo ele, foi por meio de uma informação anônima que o golpe veio à tona. Ele confrontou o acusado, que negou todas as acusações. Denunciado, o antigo funcionário foi acusado de furto qualificado – abuso de confiança. O suspeito teve o sigilo bancário rompido.

Um golpe milionário

Terceiro Tempo - Milton Neves

Na entrevista a Cátia Fonseca, Milton revelou que os valores eram bem maiores que a polícia imaginava.

“Foram R$ 17 milhões, rentabilizados. Era tanto dinheiro [que recebia] na Record, agora na Band, e eu simplesmente assinava [as notas] e tudo bem. Muitas vezes, dia 5 ou 20, tinha R$ 300 mil para pagar imposto, o negócio todo, e eu assinava. Ele estava me roubando todos esses anos”, contou Neves.

O ex-funcionário não foi muito esperto e acabou deixando rastros em ocasiões nas quais tirou dinheiro do comandante do Terceiro Tempo.

“Ele deixou as provas dos crimes, mas tem mais ainda: cartão de crédito, foi um inferno na minha vida. Era muito dinheiro, nem fazia conta. Acreditei nesse cara”, lamentou.

A grande decepção

Terceiro Tempo - Milton Neves

Ao ser questionado por Cátia sobre qual foi o momento mais difícil no caso do golpe, Milton Neves não teve dúvidas: o desapontamento pela atitude de seu antigo amigo.

“Foi a decepção. Estava ruim em uma época e mandei ele embora. Chamei o contador, que disse que ele tinha direito a receber R$ 900 mil. Dei R$ 1,5 milhão. Aí quando soube, mudei, e ele foi demitido por justa causa”, respondeu.

Milton afirmou que o Ministério Público encerrou as investigações do caso e todas as provas, e também os fatos, apontaram que os crimes cometidos contra o apresentador foram de seu ex-funcionário e ex-amigo.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor