Sucesso no Ibope, orçamento alto e filme: alguns feitos impressionantes do Castelo Rá-Tim-Bum

11/05/2017 às 9h30

Por: Gabriel Vaquer
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Uma das produções audiovisuais mais importantes e elogiadas da TV brasileira, Castelo Rá-Tim-Bum completou 23 anos de sua estreia na última terça (9).

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Produzido e exibido pela TV Cultura, o programa têm um sucesso relevante até hoje, virando filme e até exposição de sucesso em todo o Brasil. Não foram poucos os feitos do seriado protagonizado por Cássio Scapin, Rosi Campos e Sérgio Mamberti.

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Nesta lista, vamos falar de quatro feitos impressionantes que o seriado conseguiu. De audiência recorde, até exibição em toda a América Latina, passando pelo seu filme com orçamento milionário.

1 – Estreia e sucesso imediato no Ibope

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O ano de 1994 na faixa das 19 horas era difícil para quem gostaria de lançar um programa de televisão. Globo e SBT tinham grandes sucessos folhetinescos – a novela A Viagem e Éramos Seis, respectivamente.

Mas apostando na qualidade e no público infantil, carente naquele horário de opções novas, Castelo Rá-Tim-Bum foi para o ar das 19h às 19h30 e já conseguiu um grande feito: mais que dobrar a audiência da Cultura na estreia.

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Antes, com Glub Glub, a Cultura marcava 3 pontos de Ibope. Na estreia, marcou 8 pontos. Na semana seguinte, chegou aos dois dígitos e começou a fechar com médias em torno de 12 pontos de audiência na Grande São Paulo.

Em vários momentos, a Cultura conseguia algo improvável hoje em dia: disputar a vice-liderança de Ibope, chegando muito próximo do SBT. Além disso, Castelo era terceiro colocado isolado, superando as tradicionais e comerciais Band, Record e Manchete.

2 – Exibição internacional

Mais do que um sucesso nacional, Castelo Rá-Tim-Bum é um êxito fora do Brasil, principalmente na América Latina, sendo reprisado até hoje inclusive em canais de TV por assinatura fora do País.

Graças à Nickelodeon Latinoamerica, Castelo Rá-Tim-Bum virou Castillo Rá-Tim-Bum. Com esse nome espanhol, foi exibido em países como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Na TV aberta de outros países, Castelo deu o ar da graça no Chile, Uruguai e na Venezuela. Hoje, a Globo Internacional exibe o programa para toda a comunidade brasileira pelo mundo, graças a um acordo com a Cultura – em troca, a emissora platinada cedeu os direitos da versão de 2001 do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

3 – O mais caro programa da história

É bem verdade que Castelo Rá-Tim-Bum é um grande sucesso. É notório também que o programa virou um fenômeno entre as crianças no ano de 1994 e rendeu sim lançamento de vários produtos licenciados pela Cultura.

Mas o fato é que a Cultura apostou bastante no projeto – e não foi barato. Até hoje, Castelo Rá-Tim-Bum é o programa mais caro da emissora, conforme noticiou o jornal O Globo, em 30 de maio de 1993.

Na ocasião, a reportagem afirma que Castelo custou US$ 1,2 milhão, cerca de 16 bilhões de cruzeiros na época, para a produção de 70 episódios que compuseram a primeira leva da produção.

O valor assustou na época, mas o resultado visto no vídeo saltou os olhos. Até hoje, considerando o tempo e a tecnologia disponível, Castelo é avaliado como o programa mais bem feito da Cultura.

4 – Filme com sucesso e orçamentos dignos de Hollywood

Em 1999, Castelo Rá-Tim-Bum virou filme. O longa-metragem é vagamente baseado na série de televisão, não tendo nenhuma continuidade de enredo que era apresentado na TV.

O longa, também de responsabilidade de Cao Hamburguer, teve a adição de novos personagens e alguns nomes do elenco da TV, como Pascoal da Conceição (Dr. Abobrinha), Rosi Campos (Morgana) e Sérgio Mamberti (Dr. Victor).

Os quadros educativos, outra grande característica do programa, foram deixados de lado em favor da narrativa do filme. O orçamento também impressionou: R$ 7 milhões, nada comum para filmes nacionais – até hoje é um dos maiores orçamentos da história do cinema brasileiro.

O investimento alto fez o filme ser comparado a infantis feitos em Hollywood. A fotografia caprichada e o alto investimento em mídia de divulgação também foram avaliados na época.

Outra grande mudança da série para o filme foi o protagonista Nino. Interpretado pelo ator Cássio Scapin na televisão, passou a ser vivido pelo ator infantil Diegho Kozievitch no filme.

Também saíram Pedro (Luciano Amaral), Biba (Cinthya Rachel) e Zequinha (Freddy Allan), e entraram outros atores, pré-adolescentes, feitos por Oscar Neto, Leandro Léo e Mayara Constantino.

Por fim, o longa foi o segunda maior bilheteria nacional em 1999, com 725 mil ingressos vendidos, perdendo apenas para O Auto da Compadecida.


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