Durante o confinamento imposto pela pandemia de Covid-19, a atriz Maria Zilda Bethlem promoveu diversas lives em seu Instagram. As transmissões ficaram marcadas por confidências e histórias de bastidores.
Em um deslize, Maria Zilda acabou “tirando do armário” o colega Ary Fontoura. Betlhem relatou que Ary, logo no primeiro trabalho dos dois na Globo, falou sobre sua homossexualidade.
“Ele olhou para mim e disse”
Maria Zilda Bethlem conversava com a também atriz Elizangela quando o nome de Ary Fontoura veio à tona. Ele dividiu a cena com Zilda em Jogo da Vida (1981), Guerra dos Sexos (1983), Hipertensão (1986), Bebê a Bordo (1988) e Sete Pecados (2007) – todas da Globo.
“A primeira novela que eu fiz com Ary foi em 1977 [Nina] e eu era ‘partner’ dele. Ele era o cineasta, e eu a ajudante. Já contei isso várias vezes aqui. O fato é que um dia a gente foi para a sala de atores, para passar o texto, aí ele olhou para mim e disse: ‘Eu sou vi@do’. Com o texto na mão, eu disse: ‘Que?’”, contou.
“Ele disse: ‘Antes que digam para você, digo eu: sou vi@do’. Cara, foi a coisa mais incrível que eu já vi na minha vida”, afirmou.
Discrição
Apesar de ter se tornado um influenciador digital no período pandêmico, com popularidade em alta no Instagram graças aos vídeos sobre sua rotina fora da TV, o ator não comentou a indiscrição da colega.
Em 2008, quando indagado sobre o matrimônio pela revista Quem, Fontoura – que costuma evitar assuntos pessoais –, decidiu falar sobre o assunto.
“Cheguei a ficar noivo, quando morava no Paraná. Mas deixei isso de lado e embarquei no que realmente queria fazer: me dedicar à carreira. Achei melhor ficar solteiro e não me comprometer com ninguém. Acredito que o casamento é uma instituição falida, apesar de respeitar quem o admira”, destacou.
Revelações
As lives realizadas por Maria Zilda tornaram-se célebres na internet por revelações como esta sobre Ary Fontoura.
A atriz trouxe à tona, como exemplo, a falta de comprometimento dos atores mais jovens nas gravações de Eta Mundo Bom! (2016) e o valor baixíssimo que recebeu pelos direitos de imagem relacionados à novela Selva de Pedra (1986).
Outra história envolveu o colega José de Abreu e o mau hálito dele, constatado por Bethlem durante as gravações de Bebê a Bordo.
“Ele estava numa fase muito doida. Bebia demais. E ele estava tão compulsivo que tinha umas cenas que a gente ficava amarrado numa árvore, um de costas para o outro. Você sabe que ele obrigava o contrarregra a dar a cachaça na boca dele?”, confidenciou.