Saiba o que aconteceu com o ator que fez Gonçalo em A Favorita
13/11/2024 às 13h52
Mauro Mendonça, o Gonçalo de A Favorita (2008), acumula papéis importantíssimos em seus muitos anos de carreira. Mineiro de Ubá, o veterano pode ser visto de segunda a sexta-feira na reapresentação da novela em Vale a Pena Ver de Novo.
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Envolvido com arte desde os anos 1950, Mauro integrou duas das companhias teatrais de maior prestígio do país: Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e Oficina. No cinema, participou de Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976).
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As primeiras novelas vieram na década de 1960. A estreia foi com Corações em Conflitos, de Ivani Ribeiro. De lá para cá, Mendonça respondeu por tipos inesquecíveis, como o vilão Rui Novaes, de Anjo Mau (1997).
Mesmo personagem, tempos diferentes
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Em 1968, aos 37 anos, Mauro Mendonça viveu o bandeirante Dom Braz Olinto na novela A Muralha, adaptação de Ivani da obra de Dinah Silveira de Queiroz.
“Dom Braz tinha uns 70 anos, era um velho. Precisei fazer uma caracterização: cabeleira, barba, tudo postiço. Como a televisão era preto e branco e não tinha muita definição, o personagem ficava mais ou menos crível”, contou ao Memória Globo.
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Nos anos 2000, o ator voltaria a interpretar o mesmo papel, na minissérie homônima, adaptada por Maria Adelaide Amaral, então com a idade do personagem. Mauro deixou a Excelsior após atuar em Sangue do meu Sangue (1969), seguindo para a Record e, posteriormente, a Tupi. A chegada na Globo, onde se mantém até hoje, ocorreu em 1973.
Trajetória de sucesso
Mendonça passou por todos os horários da casa. Às 19h, brilhou com Estúpido Cupido (1976) e Feijão Maravilha (1979). Na faixa das oito, participações em Espelho Mágico (1977) e Dancin’ Days (1978). Às 22h, destaque para O Espigão (1974) e O Rebu (1974).
Em 1980, o ator foi encarregado do trambiqueiro Evaldo, de Água Viva, assinada por Gilberto Braga – com quem esteve em Louco Amor (1983), na pele do boa-praça André Dumont. Ainda, dois êxitos às 18h: A Gata Comeu (1985) e Sinhá Moça (1986), como Horácio Penteado e Dr. Fontes.
Na década seguinte, logo após o Rui de Anjo Mau, encarnou o pastor Bilac, que debateu a intolerância religiosa em Meu Bem Querer (1998) – a partir do fanatismo do discípulo Juliano (Leonardo Brício) e da amizade com o padre Ovídio (Cláudio Corrêa e Castro). Ainda, minisséries como Incidente em Antares (1994) e Engraçadinha (1995).
Mauro Mendonça tornou-se ainda mais requisitado nos anos 2000, quando emplacou o Coronel Justino, de Cabocla (2004), e Gonçalo Fontini, de A Favorita. Spoiler: a cena em que Flora (Patrícia Pillar) “induz” o milionário à morte é uma das mais marcantes do folhetim.
Fora do ar
Aos 91 anos, Mauro encontra-se afastado da TV – o último trabalho foi Eta Mundo Bom! (2016). Vira e mexe, ele surge em posts do Instagram da companheira Rosamaria Murtinho. Os dois estão casados desde 1959.
“São 60 anos juntos, três filhos e muitas batalhas, mas ninguém ganhou a guerra. A gente brigava muito. (…) Teve um hiato no meio. Saí de casa. Mas foi um período muito curto. Meu negócio é família. Foi até bom porque deu reflexão de ambos os lados”, contou ele à revista Quem, em 21 de novembro de 2019.
Na mesma publicação, Mendonça contou que os dois, em comum acordo, decidiram dormir em quartos separados:
“Todos os dois aprenderam a moderar o seu comportamento, o espaço de cada um passou a ser mais amaciado. Por isso não dou dica aos casais que me perguntam o segredo de sucesso de um casamento. Cada um que viva sua vida e parta para a solução. Rosa é o amor da minha vida!”.
O casal tem três filhos: o diretor Mauro Mendonça Filho, o ator Rodrigo Mendonça e o produtor musical João Paulo Mendonça.