Todo mundo conhece Lucio Mauro Filho (foto abaixo), que viveu Tuco na segunda versão de A Grande Família (2001). O que pouca gente sabe ou se lembra é que o personagem foi interpretado, na primeira edição do seriado, por outro ator que marcou presença em grandes sucessos da televisão brasileira.
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Luiz Armando Queiroz foi quem deu vida ao rapaz sem entusiasmo para o trabalho, com muitas pretensões artísticas, entre 1972 e 1975.
Figura de destaque na ‘Grande Família’ original, em novelas e programas de TV – como apresentador –, Queiroz nos deixou cedo, vítima de câncer.
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Personagens que marcaram época
Luiz Armando Queiroz nasceu em Recife, em 22 de fevereiro de 1945. Mudou-se para o Rio de Janeiro ainda jovem, passando a conciliar a faculdade de Geografia com os estudos no Conservatório de Teatro. A vocação artística falou mais alto. Ele estreou como ator em 1968, na peça Salomé.
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Na TV, o primeiro papel foi em Selva de Pedra (1972). No mesmo ano, Luiz Armando emplacou o Tuco de A Grande Família. O filho hippie de Nenê (Eloísa Mafalda) e Lineu (Jorge Dória) contrastava com o irmão Júnior (Osmar Prado), cheio de ideologias – por servir de voz contra o regime militar, tal personagem foi excluído do remake, já em tempos de democracia.
Com o fim do seriado, o ator voltou às novelas, emendando Cuca Legal (1975), Pecado Capital (1975) e Estúpido Cupido (1976). Nesta última, aliás, Queiroz respondeu por outro tipo inesquecível: Belchior, jovem que perambulava pelas ruas de Albuquerque, transmitindo a programação de uma emissora de rádio imaginária.
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Multimídia
Nos anos seguintes, além da Globo, Luiz Armando Queiroz marcou presença em produções da Tupi, da Cultura e da Band. Na emissora pioneira, ele experimentou o gostinho da apresentação em Dinheiro Vivo (1979), novela na qual vivia o comandante de um game-show, Douglas Fabiani.
Ele ocupou a função de fato quando assinou com a Manchete para o programa Sem Limite (1989), um jogo de perguntas e respostas exibido nas noites de terça-feira. O formato remetia ao de O Céu é o Limite, clássico do apresentador J. Silvestre, marcado pelo bordão “absolutamente certo!”.
No mesmo ano, o artista lançou um LP, interpretando sucessos de Emilinha Borba e Marlene. Queiroz ainda contou com créditos como locutor, emprestando a voz para comerciais de rádio e TV. Nos cinemas, destaque para filmes como Pra Frente, Brasil (1982) e O Que é Isso, Companheiro? (1997).
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Do outro lado das câmeras
O extenso currículo de Luiz Armando incluiu atuações em clássicos como Roque Santeiro (1985) e Pantanal (1990). Outro ponto da trajetória dele, porém, é pouco comentado…
O multimídia também foi diretor de TV, passando por A Idade da Loba (1995, Band), com supervisão de Jayme Monjardim, e Os Ossos do Barão (1997, SBT), sob comando de Nilton Travesso.
Em 1999, ele voltou à Globo como diretor de Chiquinha Gonzaga, novamente ao lado de Monjardim. A minissérie estrelada por Regina e Gabriela Duarte foi o último trabalho deste grande profissional…
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O que aconteceu com Luiz Armando Queiroz?
No início de 1999, logo após a estreia de Chiquinha Gonzaga, Luiz Armando Queiroz já se encontrava bastante doente. Ele foi hospitalizado na Clínica São Vicente, Zona Sul do Rio de Janeiro, em 23 de março daquele ano.
Queiroz lutava contra um linfoma (tumor nos gânglios linfáticos). O agravamento no seu estado de saúde acabou por levá-lo ao CTI da instituição de saúde. Logo, ele passou a se submeter às sessões de quimioterapia.
Luiz Armando faleceu na madrugada de 16 de maio de 1999, aos 53 anos, de falência múltipla dos órgãos. Ele estava debilitado por conta do tratamento contra o câncer. Seu corpo foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
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