A Escolinha do Professor Raimundo foi um divisor de águas no humor da televisão brasileira. Com personagens marcantes e bordões inesquecíveis, a atração ganhou cópias em outras emissoras e até um remake produzido pela Globo.

Mário Tupinamba
Mário Tupinambá como Bertoldo Brecha na Escolinha do Professor Raimundo (Reprodução / Globo)

Porém, a nova versão do canal teve uma ausência sentida. Um famoso personagem acabou não sendo retratado: Bertoldo Brecha, no passado interpretado pelo ator Mário Tupinambá.

De acordo com a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a família do artista não chegou a um acordo financeiro com a emissora, o que inviabilizou a retratação da figura na adaptação.

Ainda segundo a colunista, os textos para o personagem já tinham inclusive sido escritos e precisaram ser descartados.

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Faltou à aula

Escolinha do Professor Raimundo - Paulo Cintura
Paulo Cintura na Escolinha do Professor Raimundo (Divulgação / Globo)

Mas a figura não foi a única a faltar às aulas na versão de 2017 do famoso humorístico. O icônico Paulo Cintura também foi ausência sentida no título, dessa vez ancorado por Bruno Mazzeo.

E foi justamente por não ir com a cara do novo professor que Paulo Cesar Rocha, intérprete do personagem musculoso, se recusou a emprestar o tipo à atualização.

Em uma entrevista ao podcast Papagaio Falante, Sergio Mallandro perguntou da ausência do fisioterapeuta na Escolinha e o mesmo foi enfático ao dizer que jamais se prestaria a isso.

Escolinha do Professor Raimundo - Bruno Mazzeo
Bruno Mazzeo à frente da nova versão da Escolinha do Professor Raimundo (Divulgação / Globo)

“Não permito. Se botar a minha cara lá, a casa cai. Eu não quero, pois eu acho esse menino falso [Bruno Mazzeo], que vive à sombra do papai, não tem capacidade de criar nada e fez essa Escolinha”, disparou.

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Fortes acusações

Escolinha do Professor Raimundo
O elenco da Escolinha do Professor Raimundo (Divulgação / Globo)

Ele já havia esbravejado contra a decisão da Globo de reviver o título, pois achava um desrespeito que a atração nadasse na onda do sucesso dos antigos artistas.

“Homenagem é o cacete. Os atores deviam ter a consciência de ligar para as famílias dos mortos e para os que estão vivos e falar: ‘Estou fazendo um personagem seu, acho que estou ganhando nas suas costas, vou te dar 20% do meu do meu salário’. Mas essas pessoas não foram consultadas. Não ligam pra isso, só pensam em benefício próprio. Isso se chama maldade”, disse ao Notícias da TV em 2017.

“Eu acredito que essas pessoas vão pagar por isso nessa vida ou na outra. Já vi muito cara malandro que nem eles, e hoje estão todos no Retiro dos Artistas”, completou.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor