O Brasil ficou sem nada na entrega dos prêmios do Emmy Internacional, que ocorreu na última segunda-feira (21) em Nova York, nos Estados Unidos. Concorrendo nas categorias Melhor Telenovela, Melhor Atriz e Documentário, todas pelas mãos da Globo, o país acabou voltando sem nenhum prêmio para chamar de seu.

Nos Tempos do Imperador - Letícia Sabatella

A premiação, em especial, procura destacar o que há de melhor na televisão fora do país americano, além dos conteúdos em língua não inglesa produzidos por lá.

Melhor telenovela

Vinicius Coimbra

Na categoria de Melhor Telenovela, Nos Tempos do Imperador (foto acima) perdeu para a sul-coreana YeonMo: The King’s Affection, que ficou com o maior galardão da noite.

Além da vencedora, a novela das seis da Globo concorreu a medalha de ouro com duas produções: Two lives, da Espanha, e You are my hero, da China.

Chamou atenção o fato da produção ter sido indicada à premiação, já que em terras brasileiras o folhetim passou praticamente despercebido.

A trama tem, até o momento, o título de pior audiência da história do horário. Além disso, contou com uma repercussão que beirou a nula durante o seu período de exibição, entre agosto de 2021 e fevereiro de 2022.

Como se não bastasse, ainda houve a polêmica de racismo envolvendo o diretor Vinícius Coimbra (foto acima) nos bastidores na novela.

Melhor Atriz

Onde Está Meu Coração

Em outra categoria, Letícia Colin concorreu ao título de melhor atriz por sua atuação em Onde Está Meu Coração. Ela disputou com as atrizes Celine Buckens, do Reino Unido, por Showtrial, Kim Engelbrecht, da África do Sul, por Reyka e Lou de Laâge, da França, por Le Bal des Folles.

A francesa foi contemplada com o troféu, desbancando a brasileira na noite de premiação.

Melhor documentário

Já o documentário O Caso Evandro também esteve em disputa no evento. A produção concorreu ao lado de Enfants De Daech, Les Damnés De La Guerre, da França, Myanmar Coup: Digital Resistance, do Japão, e The Return: Life After Isis, do Reino Unido.

A obra conta o desaparecimento e morte de um garoto de seis anos, Evandro, que dá título ao projeto, em uma pequena cidade do Paraná em 1992.

Nesse caso, mais uma produção francesa acabou levando a melhor e ficando com o prêmio maior.

Assim, tanto a Globo, como o Brasil, no geral, acabaram tendo uma noite esquecível ao voltar para casa sem nenhuma premiação. Fica para a próxima.

Compartilhar.
Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor