Está tensa a situação de Travessia. Fracasso de audiência e de repercussão – com inúmeras críticas ao roteiro –, a novela de Gloria Perez que a Globo exibe às nove foi superada por uma produção estrangeira.
A trama estrelada por Brisa (Lucy Alves), Oto (Romulo Estrela) e Ari (Chay Suede), embora no Top 10 de títulos mais vistos do Globoplay, é menos consumida que a série turca Mãe.
Medalha de prata
Mãe, que chegou ao catálogo da plataforma de streaming em 9 de janeiro e está sendo disponibilizada gradativamente, em 15 capítulos semanais, bateu o folhetim que ocupa o horário “mais nobre” da emissora.
Na última lista, a obra de êxito indiscutível por onde passa, do Oriente Médio até a América do Sul, ficou em segundo lugar entre as mais vistas da locadora virtual, à frente de Brisa e companhia.
Travessia fechou na terceira colocação, atrás também do BBB 23. O ranking conta com Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria, Vai na Fé, O Rei do Gado (1996), Mar do Sertão, Salve Jorge (2012), Onde Está Meu Coração e Todas as Flores.
História comovente
Mãe é um melodrama da melhor qualidade, protagonizado por Cansu Dere (foto acima). A atriz é conhecida no Brasil por tramas como Sila – Prisioneira do Amor (2006) e Ezel (2009), exibidas pela Band.
A narrativa acompanha a pequena Melek (Beren Gökyildiz), que sofre maus tratos de sua família. Ao saber da dura realidade da aluna, a professora Zeynep Güne (Cansu) decide sequestrá-la. As duas passam a viver como mãe e filha.
Sucesso em todo o mundo
A série produzida em 2018 conta com 88 capítulos na versão internacional – formatada como novela. A obra arrebatou inúmeros prêmios e projetou a carreira de Beren, hoje com 13 anos.
Título mais exportado da Turquia em seu ano de produção, Mãe devolveu a liderança de audiência ao canal chileno Mega. Também auxiliou a emissora argentina Telefe a bater a concorrente El Trece. No Uruguai, sob o título de Todo Por Mi Hija, a trama também explodiu.
A aposta no Globoplay, com números superiores aos de Travessia (foto acima), indica caminhos para a Globo. Será que o público não prefere um bom melodrama à narrativa cheia de firulas tecnológicas?
