Sem contrato fixo com a Globo após décadas de parceria, Antonio Fagundes dedica-se a novos projetos. Um deles é um curso online – O ator e o seu universo criativo.
Embora não seja adepto das redes sociais, Fagundes vem buscando a “modernização”. Ele, que pode ser visto na reprise de O Rei do Gado (1996), também tem trabalho previsto no streaming.
O bem e o mal das redes sociais
Em entrevista ao jornal Extra, Antonio Fagundes falou sobre o curso que está administrando de forma remota.
O objetivo de O ator e o seu universo criativo é promover a troca de experiências, mesmo com aqueles que não se dedicam à atuação.
Embora envolvido com plataformas onlines por conta do novo trabalho, o veterano admite o receio quanto às redes sociais:
“Confesso que tenho uma certa resistência. Me aflige um pouco a facilidade e a superficialidade com que às vezes alguns problemas muito sérios são tratados. É muita opinião e pouco conhecimento”.
Nas telonas e nos palcos
O artista tem outros projetos em desenvolvimento. No momento, Fagundes está filmando o longa Deus Ainda é Brasileiro, de Cacá Diegues, reeditando o papel do “cara lá de cima”, vivido pela primeira vez em 2003.
Em janeiro, ele volta aos palcos com a peça Baixa Terapia, que já atraiu mais de 350 mil espectadores. O espetáculo será encenado no Rio de Janeiro.
No ar com como Dom João VI em Independências, da TV Cultura, Fafá também conta com uma série em desenvolvimento para o streaming. O ator, contudo, evita dar detalhes da produção no momento.
Sucesso na TV
Apesar de não ter renovado o contrato com a Globo – e da recusa envolvendo o remake de Pantanal, por conta das imposições da emissora quanto ao esquema de gravações –, Antonio Fagundes segue na televisão. Ele pode ser visto em O Rei do Gado, reapresentada na faixa Vale a Pena Ver de Novo.
“Eu acho que todo trabalho popular, que as pessoas curtem, acaba sendo um divisor de águas. E foi o que aconteceu com ‘O Rei do Gado’. Eu tinha acabado de fazer ‘Renascer’ (1993), que foi uma novela deslumbrante também do Benedito Ruy Barbosa, e eu confesso que achei que seria difícil duplicar esse talento. Mas o Benedito mostrou que ele não tem fim, que o trabalho dele realmente tinha uma consistência extraordinária, e ‘O Rei do Gado’ provou isso”, celebrou.
“A gente não teve muito tempo de preparação. Ficamos imersos no interior de São Paulo uns dois ou três meses. Acabada a primeira fase, teve um intervalo de quatro a cinco dias para começar a segunda”, relembrou, a respeito do folhetim no qual viveu Antonio e Bruno Mezenga, em momentos distintos da narrativa.
