Em 2022, as novelas mexicanas desembarcaram no Canal Viva, surpreendendo muita gente. A primeira a debutar na tela do canal, que, até então, se dedicava somente aos clássicos da Globo, foi Marimar (1994).

Maria do Bairro - Thalia
Divulgação / Televisa

O folhetim estrelado pela diva mexicana Thalía abriu caminho para A Usurpadora (1998) e Maria do Bairro (1995, foto). Com o fim desta última já próximo, começam os burburinhos sobre a possível substituta.

Seguindo a lógica das obras exibidas anteriormente, todas disponibilizadas primeiro no Globoplay e depois na TV Paga, estima-se que a substituta de Maria do Bairro venha do catálogo da plataforma.

Conflito sobrenatural

Amar a Morte - Angelique Boyer
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Amar a Morte (2018) e Cair em Tentação (2017) figuram entre as principais apostas para a faixa das 20h30.

A primeira é estrelada por aquela que vem sendo considerada “a nova Thalía”, com diversos sucessos em sequência. Angelique Boyer é o grande nome dos folhetins mexicanos atuais.

Amar a Morte foge dos padrões com uma história sobrenatural, na qual Angelique interpreta Lúcia.

A protagonista decide se casar apenas para ascender socialmente, mas o pretendente Léon Carvajal (Alexis Ayala) é assassinado no dia da cerimônia. Ao mesmo tempo, Macário Valdés (Michel Brown) é executado em cadeira elétrica nos Estados Unidos e Beltrán (Arturo Barba), um professor de antropologia, morre em um acidente de carro.

Eis que a alma de Léon domina o corpo de Macário enquanto este toma o do professor. Na pele de outra pessoa, Léon passa a investigar Lúcia e outros suspeitos de seu assassinato.

Drama para maiores

Cair em Tentação
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Já Cair em Tentação é estrelada por Silvia Navarro, também famosa em terras tupiniquins.

O enredo acompanha dois casais que, de amigos, passam a envolvidos em um jogo de traição. Damián (Gabriel Soto) sofre um terrível acidente na companhia de Carolina (Adriana Louvier), que desaparece misteriosamente.

A informação da polícia leva a crer que os dois eram amantes. Unidos pela dor da infidelidade, Raquel (Silvia Navarro) e Santiago (Carlos Ferro) se apaixonam.

Nessa história em que ninguém é inocente, o tom pesado domina, assim como em Amar a Morte. Os estilos de ambas destoam das apostas do Viva em mexicanas, com Marimar, A Usurpadora e Maria do Bairro.

Fora de questão

Gabriela Rivero em Carrossel
Divulgação / Televisa

Resta saber se o Canal Viva mudará o gênero da faixa, passando de tramas mais românticas para narrativas cheias de crimes, suspenses e cenas ousadas. Ou se há possibilidade de investir em algo na mesma linha das novelas já exibidas – o Globoplay anunciou, nesta segunda-feira (13), um novo acordo com a TelevisaUnivision.

A única certeza, no momento, é que a icônica Carrossel (1989) não virá.

O TV História, por meio do colunista Duh Secco, consultou o diretor de Produtos, Serviços Digitais e Canais Pagos da Globo, Erick Brêtas, que negou qualquer negociação com a Televisa pelos direitos do sucesso infantil.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor