Um dos maiores sucessos da faixa das 19h da Globo, A Viagem (1994) completa 30 anos em 2024. Para celebrar a efeméride, o canal Viva voltou a exibir a trama, na faixa do meio-dia.
A trama é recheada de personagens marcantes. Um deles é Adonay, o Mascarado, um homem misterioso que guarda um grande segredo. O tipo caiu nas graças do público e até teve sua participação na trama ampliada, tamanho o sucesso.
Adonay é vivido pelo ator e mímico Breno Moroni. O artista está com 70 anos e nunca mais foi visto na TV.
Qual o segredo do Mascarado de A Viagem?
Adonay surge em A Viagem vestido de pierrô fazendo mágicas e performances. Mesmo com o rosto coberto por uma máscara, ele começa a fazer sucesso entre os moradores da vila, tornando-se confidente de Tibério (Ary Fontoura).
Mas o Mascarado guarda um segredo: ele era ex-namorado de Carmen (Suzy Rêgo) e a abandonou no passado. Depois disso, o homem sofreu um acidente e ficou com o rosto totalmente desfigurado, passando a se esconder atrás da máscara.
O personagem tira a máscara e mostra o rosto no capítulo 116 de A Viagem. Ele ainda confessa a Carmen que é o homem que a fez sofrer no passado. Mas, apesar da reaproximação, ela não dá uma nova chance a Adonay.
Quem é o Mascarado de A Viagem?
Breno Moroni nasceu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e já fez vários trabalhos na televisão. Ele estrelou as aberturas das novelas Champagne (1983) e O Salvador da Pátria (1989), além de ter participado como ator de obras como Marquesa de Santos (1984), na Manchete, e Abolição (1988), na Globo.
O ator se lembra com carinho de A Viagem, trabalho mais marcante de sua carreira.
“A lembrança da novela é muito boa. Ela trouxe uma mensagem de transformação para os telespectadores. Quase todo dia alguém manda mensagem para mim falando: ‘Ah, você que foi o Adonay, o Mascarado. Gostei muito do seu trabalho’”, revelou Moroni ao jornal O Globo, em 17 de maio de 2024.
Por que o Mascarado de A Viagem se afastou da TV?
Na mesma entrevista, Breno Moroni contou que atualmente vive em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e se dedica ao teatro e ao cinema. Sua última aparição na Globo se deu numa participação em Sob Nova Direção, em 2004. Depois, ele foi visto nas séries Mandrake (2005) e República (2010).
“Gostaria de fazer novela de novo, só não gostaria de morar no Rio de novo. Mas ao mesmo tempo eu vou suprindo essa necessidade fazendo as minhas coisas. Eu tenho uma qualidade de vida aqui, apesar de não ter a fama e a grana que eu teria se eu estivesse no Rio. Nunca parei de trabalhar. Faço bastante cinema e teatro. Em cada lugar eu tenho que me adaptar ao mercado. Eu conheço mais de 30 países, sempre estudando ou trabalhando. E aí agora estou aqui em Campo Grande, mas daqui a pouco eu também já vou para outro lado, quando surgir uma oportunidade boa de trabalho”, afirmou o ator, que é pai de quatro filhos.
“Tem uns altos e baixos. Às vezes eu fico até meio sem grana. Durante a pandemia, por exemplo, foi muito difícil. Eu nunca fui rico. Houve momentos em que fui bem remunerado. Mas ser ator é como um camelô. Nós somos autônomos, às vezes tem e às vezes não tem”, finalizou o artista.
