MUDOU DE IDEIA?

Voltou atrás: artista entra em Garota do Momento com papel que se arrependeu

05/01/2025 às 11h51

Por: Thais Milena
Imagem PreCarregada
Carol Duarte e Silvero Pereira em A Força do Querer

A partir da próxima terça (7), um novo personagem vai entrar em Garota do Momento. Trata-se de Érico, que será vivido por Silvero Pereira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O curioso é que o personagem será parecido com um tipo que o ator declarou ter se arrependido de fazer em outra novela da Globo.

Quem é Érico em Garota do Momento?

Em plena década de 1950, Érico faz shows como drag queen, enfrentando o preconceito da sociedade carioca da época.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele também tentará se aproximar do rebelde Carlito (Caio Cabral), filho que teve com Marlene (Ana Flávia Cavalcanti).

Para as duas empreitadas, ele contará com o apoio de uma amiga de longa data, Anita (Maria Flor).

LEIA TAMBÉM:

Mudou de ideia?

Silvero Pereira em A Força do Querer
Silvero Pereira em A Força do Querer

O fato inusitado é que Silvero interpretou um personagem similar em A Força do Querer (2017): o motorista Nonato, que se transformava em Elis Miranda nos shows.

Depois da novela de Glória Perez, o ator, que também se destacou em Pantanal (2022), declarou ter se arrependido de aceitar o papel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Hoje eu não faria a Elis Miranda, muito provavelmente. Porque eu também me reeduquei sobre essa história, e a gente precisa estar de acordo com as lutas e as causas. Depois de A Força do Querer, eu não aceitei mais nenhum personagem trans/travesti, e inclusive deixei de fazer meus espetáculos por causa disso”, declarou o artista ao podcast Papo de Novela.

Aprendizado

Na época, Silvero afirmou que ao longo dos anos foi entendendo e aprendendo que o mercado precisa dar espaço para mais pessoas.

“Eu fui entendendo, sendo informado e compreendendo essa questão dentro do mercado. Se a gente aceita, a gente está impedindo o mercado de ir em busca dessas pessoas. Hoje, nós não vivemos num mercado em que exista proporcionalidade. Se nós existíssemos dentro de um mercado de proporcionalidade, onde as pessoas têm acesso ao estudo e à formação, aí sim a gente estaria em uma outra discussão”, explicou.

“Espero que o mercado seja um pouco mais inteligente nesse aspecto, que o mercado passe a fazer convites para mim que não sejam só para defender minha causa. Não é porque eu sou um ator assumidamente LGBT e porque estou claramente LGBT nas minhas redes e em todo lugar que vou que eu não sou capaz de fazer um personagem hétero, que fuja da minha sexualidade”, concluiu.

Autor(a):

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.