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Novela de Alcides Nogueira e Gilberto Braga, Força de um Desejo (1999) vai ocupar a tela do Canal Viva até a primeira quinzena de julho. E a trama substituta ainda não foi divulgada…
A faixa que abriga ‘Força’ já apresentou títulos das décadas de 1980, 1990 e 2000. No momento, porém, as produções mais antigas estão restritas ao horário das 14h40; as mais recentes são exibidas às 23h. Desta forma, é bem provável que a sucessora de Força de um Desejo saia dos anos 1990.
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A coluna lista cinco produções que, neste cenário, podem pintar no Viva após a conclusão do folhetim estrelado por Malu Mader e Fabio Assunção.
Confira:
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Pátria Minha
Novela que formou com Vale Tudo (1988) e O Dono do Mundo (1991) a trilogia sobre honestidade proposta por Gilberto Braga às oito, Pátria Minha (1994) escancarou as mazelas do Brasil. O tom, contudo, era de otimismo. Os protagonistas Pedro (José Mayer) e Alice (Claudia Abreu) demonstravam esperança no país que saia da crise econômica graças à implantação do Real.
Os ideais de Pedro e Alice contrastavam com o de Lídia Laport (Vera Fischer), ex dele que se une a Raul Pellegrini (Tarcísio Meira) apenas por interesse financeiro. O empresário era avô de Alice, condição que ambos desconheciam. Os dois se opunham após ela testemunhar contra ele em um acidente de trânsito e sair em defesa da entrega de um terreno dos Pellegrini a desabrigados, vítimas do deslizamento de uma favela.
Pátria Minha perdeu o ritmo e a audiência em meio aos problemas de bastidores, desencadeados pela crise pessoal de Vera Fischer, então atravessando o processo de divórcio com Felipe Camargo, também no elenco.
Irmãos Coragem
Em meio ao resgate de nomes como Benedito Ruy Barbosa e Cassiano Gabus Mendes através de remakes, o Viva pode revisitar Janete Clair com a atualização de Irmãos Coragem. Marco da celebração dos 30 anos da Globo, em 1995, o folhetim passou por problemas de bastidores que levaram à troca dos diretores Luiz Fernando Carvalho e Mauro Mendonça Filho por Reynaldo Boury.
O enredo acompanhava os filhos de Sinhana (Laura Cardoso) na luta contra o coronel Pedro Barros (Cláudio Marzo). Enquanto Jerônimo (Ilya São Paulo) enveredava para a política e Duda (Marcos Winter) usava a fama conquistada como jogador de futebol, João (Marcos Palmeira) partia para a luta armada. A história ganhou contornos mais fortes com a paixão de João e Lara (Letícia Sabatella), filha do coronel.
Irmãos Coragem foi transmitida às seis, o que certamente impactou a repercussão. O enredo pedia o horário pós-Jornal Nacional, como se deu com o original de 1970.
Meu Bem Querer
O Canal Viva não costuma apostar em tramas das sete às 15h30. Em 2018, Bebê a Bordo (1988) foi alvo de cortes; A Viagem (1994), reapresentada em 2020, destoa das outras produções do horário.
Assim, os retornos de Perigosas Peruas (1992), Deus nos Acuda (1992), Salsa e Merengue (1996) e Andando nas Nuvens (1999) devem ficar restritos ao Globoplay. Cara & Coroa (1995), uma possibilidade, não deve pintar enquanto Corpo Dourado (1998), também escrita por Antonio Calmon, marcar presença às 12h45. Já Meu Bem Querer (1998) pode aparecer “de surpresa”.
A narrativa de Ricardo Linhares se assemelhava às desenvolvidas por ele e Aguinaldo Silva na faixa das oito, como A Indomada (1997). Em cena, a paixão de Lívia (Flávia Alessandra) e Rebeca (Alessandra Negrini), filhas do pastor Bilac (Mauro Mendonça), por Antônio (Murilo Benício), afilhado do padre Ovídio (Cláudio Corrêa e Castro). Ainda, a vilã Custódia (Marília Pera), que comandava a cidade mesmo estando reclusa em seu casarão.
Pecado Capital
O remake de Pecado Capital (1998) bateu na trave do Viva em duas ocasiões, 2013 e 2014. O público rechaçou a atualização de Gloria Perez para o clássico de Janete Clair, levando o canal a buscar outras opções. Só que agora o acervo já não oferece tantas alternativas. Na atual conjuntura, é provável que a novela das seis venha a figurar às 15h30 em breve.
O foco de Pecado Capital estava em Carlão (Eduardo Moscovis), taxista que, diante das agruras da vida, resolveu dispor do dinheiro esquecido no banco de trás de seu carro. A fortuna é produto de um assalto a banco. Além de resolver problemas familiares, Carlão ascende socialmente através da grana, numa resposta à noiva Lucinha (Carolina Ferraz), que galga melhores condições de vida em seu trabalho como modelo.
A moça também se envolvia com o milionário Salviano Lisboa (Francisco Cuoco). A falta de química de Carolina e Cuoco, no entanto, levou às mudanças no rumo da história, com direito a um novo par para Salviano, Laura (Vera Fischer).
Suave Veneno
Divulgação / GloboO próprio autor, Aguinaldo Silva, reconheceu que Suave Veneno virou “do avesso” em meio à crise de audiência. Embora tenha saído do ar com uma das piores médias do horário das oito, o folhetim ganhou ares de cult graças aos memes protagonizados por Maria Regina Berganti Cerqueira e Figueira, vilã defendida por Letícia Spiller, oponente do próprio pai, Valdomiro (José Wilker).
Maria Regina almejava a presidência da Marmoreal, empresa da família que Valdomiro pretendia dividir entre as três filhas, apesar da inaptidão das caçulas Maria Antônia (Vanessa Lóes) e Márcia Eduarda (Luana Piovani). O aparecimento da desmemoriada Inês (Gloria Pires) complicava os planos de Regina. Valdomiro caiu de amores pela desconhecida, bem como acatou as ordens da advogada dela, Clarice (Patrícia França).
Filha bastarda do empresário, Clarice foi assassinada na primeira reformulação pela qual a trama passou. Personagens secundários, como Uálber (Diogo Vilela) e Carlota Valdez (Betty Faria), ganharam relevância com as mudanças.