Duh Secco

Em março, o Canal Viva vai exibir A Sucessora (1978), adaptação de Manoel Carlos para o livro homônimo de Carolina Nabuco. A estreia virá no embalo das comemorações dos 90 anos do autor, celebrados no próximo dia 14.

A Sucessora - Susana Vieira
Divulgação / Globo

A coluna apurou que, a princípio, A Sucessora vai ocupar a faixa das 20h30, que hoje abriga Maria do Bairro (1995). Os folhetins mexicanos voltam logo após a conclusão da novela estrelada por Susana Vieira, em setembro.

Trama

A Sucessora - Rubens de Falco e Susana Vieira
Divulgação / Globo

A Sucessora acompanha o drama de Marina (Susana Vieira), jovem interiorana cujo estilo de vida muda drasticamente após o casamento com o viúvo Roberto Steen (Rubens de Falco).

Instalada na mansão de Roberto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, Marina passa a conviver com o “fantasma” de Alice, primeira esposa do milionário. A governanta Juliana (Nathalia Timberg) insiste em manter viva a memória da falecida patroa.

Com o tempo, Marina cria forças para lutar contra o domínio de Juliana e a sombra da falecida – que não era um poço de virtudes, como acreditavam aqueles que conviveram com ela.

Bastidores

A Sucessora - Nathalia Timberg
Divulgação / Globo

A Sucessora foi um dos grandes sucessos do horário das seis; Susana Vieira aponta Marina como uma de suas personagens mais queridas.

Manoel Carlos aproveitou-se tanto do romance de Carolina Nabuco, como do suspense psicológico aplicado pelo diretor Alfred Hitchcock em Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940), filme baseado no livro de Daphne du Maurier – que teria plagiado o de Carolina.

Cabe lembrar que, no momento, o Viva exibe Bambolê (1987), também inspirada numa obra de Carolina Nabuco, Chama e Cinzas.

Reverência

Manoel Carlos
João Miguel Júnior / Globo

Nome que fez história na TV brasileira, com passagens por Tupi, Excelsior, TV Rio e Record, Manoel Carlos chegou à Globo em 1972. Ele atuou na linha de shows da emissora, como redator, diretor e produtor de atrações históricas, casos do Fantástico e do Globo Gente (1973), primeiro programa de entrevistas conduzido por Jô Soares.

Em 1978, ele assinou sua primeira novela na casa: Maria, Maria, baseada no livro de Lindolfo Rocha. A Sucessora veio logo depois. Maneco migrou para a faixa das oito como colaborador de Gilberto Braga, em Água Viva (1980). No ano seguinte, ele desenvolveu Baila Comigo. Porém, após a conclusão de Sol de Verão (1982), Manoel Carlos deixou a casa – abalado pela morte do amigo Jardel Filho, protagonista da trama.

A volta, em 1991, incluiu êxitos como Felicidade, História de Amor (1995), Por Amor (1997), Laços de Família (2000), Presença de Anita (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), Páginas da Vida (2006), Maysa – Quando Fala o Coração (2009) e Viver a Vida (2009). Maneco se aposentou após supervisionar a série Não se Apega, Não (2015), do Fantástico.

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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.