Viúvo de Jorge Lafond morreu brigando para receber herança do artista

Jorge Lafond alcançou grande popularidade no Brasil ao participar de novelas e programas de humor. Entre os vários tipos que encarnou na telinha, o mais lembrado é, sem dúvidas, a espalhafatosa Vera Verão, que “rodava a baiana” toda semana em A Praça É Nossa.

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O artista nasceu há exatos 71 anos, em 29 de março de 1952. No entanto, ele nos deixou cedo, aos 50 anos, vítima de um infarto fulminante. Após sua morte, seu companheiro, o empresário Marcelo Padula, tentou comprovar sua união com o artista, mas faleceu sem ter direito à herança do marido.

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União

Reprodução / Web

De acordo com o colunista Jeff Benício, do portal Terra, Jorge Lafond e Marcelo Padula (foto acima) mantiveram um relacionamento que durou muitos anos, até a morte do ator. No entanto, inicialmente, Padula era apresentado como um amigo e, depois, como empresário do artista.

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Era Padula quem cuidava da imagem do ator e organizava a sua agenda de trabalho. Ele também o acompanhava em shows e entrevistas na televisão.

Em 2003, Marcelo Padula estava ao lado de Jorge Lafond quando o artista morreu. Depois disso, ele reconheceu publicamente que mantinha uma relação amorosa de anos com o ator. A partir daí, ele começou a lutar na Justiça buscando o reconhecimento de seu casamento com o famoso.

Morreu sem ser reconhecido

Na tentativa de ver reconhecida sua união civil com Jorge Lafond, Marcelo Padula acionou seus advogados e deu entrada no processo. O empresário buscava provar que era o marido do ator e, portanto, seu herdeiro.

O processo se arrastou por anos. Em 2019, Padula deu uma entrevista ao programa Fofocalizando, do SBT, no qual deu mais detalhes sobre a batalha jurídica.

“Meu advogado estava mexendo numa série de papéis, e falou: ‘Marcelo, eu tenho uma novidade para te contar’. Eu falei: ‘O que foi?’. ‘Existe uma apólice de seguro de 2002 cujo o beneficiário é você’. Eu falei, opa! ‘Só que tem uma surpresa não agradável. Essa apólice foi paga, receberam esse dinheiro indevidamente no seu lugar. Ou seja, Marcelo, você foi roubado. Meteram a mão do que é teu por direito!’. Fizeram um pacto nojento, sujo, baixo, entre a seguradora e essas pessoas e me roubaram, foi isso!”, relatou.

No entanto, Padula faleceu sem conseguir ver seu relacionamento reconhecido legalmente. Assim como Lafond, o empresário morreu de um ataque cardíaco, em fevereiro de 2020.

Sem herança

Durante o processo, Marcelo Padula chegou a ser reconhecido como viúvo de Jorge Lafond. No entanto, em 2022, a Justiça de São Paulo derrubou a decisão que reconhecia a união de Marcelo com o artista.

Foram os primos de Lafond que ficaram com os bens do artista, que incluíam uma casa e apólices de seguro de vida.

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