Viúva de Cássia Eller se preocupa com futuro do filho: “Não tem sossego”

Cássia Eller, Chico e Maria Eugenia

Maria Eugenia Vieira Martins, viúva da cantora Cássia Eller, confessou temer que Francisco Eller, filho da cantora, acabe tendo o mesmo destino que o de sua mãe famosa.

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Acervo pessoal

Cássia morreu em 2001, vítima de um infarto causado por uma malformação no coração. Anos depois, seu herdeiro acabou seguindo a mesma carreira da mãe.

Medo

Reprodução

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A viúva da cantora Cássia Eller abriu o coração e revelou, numa entrevista, que sente medo de que o filho Francisco Eller, conhecido profissionalmente como Chico Chico, venha sofrer as mesmas dificuldades que sua mãe teve no começo da carreira.

Maria Eugenia afirmou que esperava que fosse viver uma vida tranquila e longe dos holofotes ao lado do rapaz. No entanto, isso não aconteceu. Chico decidiu seguir os mesmos passos da mãe, se tornando um cantor e compositor de sucesso.

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“Por mim, o Chico seria um excelente professor de Geografia, com uma vida mais tranquila, mas não sou eu que faço a escolha”, lamentou Maria Eugenia em entrevista ao jornal O Globo em 8 de dezembro de 2021.

“Sempre dava aquele medinho. Hoje, quando vou aos shows dele, sinto como me sentia nos shows da Cássia. Tem toda a apreensão, eu fico vendo se o público está gostando, se está cheio, se ele errou a letra… Não consigo muito me divertir, exatamente como era com ela. Não tem sossego, não”, completou.

Guarda do filho

Divulgação

Chico (foto acima) é filho do relacionamento de Cássia Eller com o baixista Tavinho Fialho, que fazia parte da banda de Cássia. Na época, Tavinho era casado e a gravidez não foi planejada.

Tavinho faleceu em um acidente automobilístico uma semana antes de Francisco nascer, vindo a ser criado por Cássia e Maria Eugênia. Com a morte da cantora, em 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos de idade, a companheira da artista travou uma longa batalha com o pai de Cássia para ter a guarda de Chico.

“A questão da guarda foi que eu entrei e o avô dele, que era militar reformado, também entrou. Naquela época tive muito apoio da opinião pública, a caixa do supermercado falava que o Chicão tinha que ficar comigo…. Havia uma energia muito boa”, afirmou Maria Eugenia.

No entanto, ela também afirmou que acredita que, se a batalha pela guarda acontecesse nos dias de hoje, tudo poderia ter sido diferente.

“Na época, eu fiz o que precisava fazer para ganhar a guarda, e para mim era mais conveniente trazer a questão da família, da relação afetiva da mãe, do que essa questão (a dos LGBT). Admito isso, naquele momento eu fui até orientada a deixar a discussão em banho-maria. Hoje, que tudo já passou, estou mais engajada e acho que a gente foi um exemplo que abriu portas”, completou.

Depressão

Acervo

Hoje com 61 anos, Maria Eugenia explicou que preferiu não ter outros relacionamentos após a morte de Cássia. Ela ainda contou que chegou a entrar em depressão.

“Quando tudo se acalmou e a vida ficou mais estável, eu caí numa depressão profunda e fui viver o luto que não havia vivido. E o tempo foi passando. Cheguei aos 50, e as relações começam a ficar complicadas para a mulher nessa idade. Confesso que nunca estive muito aberta e não aconteceu. A vida inteira eu cuidei de alguém: da Cássia e do Chico… Hoje, eu estou me deparando com a questão de cuidar de mim. É difícil”, disse ela ao O Globo.

Carreira de sucesso

Divulgação

Hoje, Maria Eugenia não precisa mais temer o sucesso do filho. Chico, que aprendeu a tocar instrumentos com a percussionista da banda de sua mãe, chegou a estudar violão, além de tocar bateria.

Ele iniciou a carreira cantando e tocando percussão nas bandas Transtorno dos Vizinhos, Zarapatéu e Uzoto. Em 2015, Chico lançou seu primeiro álbum de músicas autorais com a banda 2×0 Vargem Alta, formada por amigos dele da época do colégio.

A consagração viria em fevereiro de 2021, quando a faixa A Cidade do seu álbum Chico Chico & João Mantuano, foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa.

Em 2022, o cantor foi novamente indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, desta vez por conta do seu primeiro álbum solo, intitulado Pomares. O trabalho contou com um dueto entre Chico e Maria Eugenia na faixa Mãe, numa homenagem do cantor às suas duas mães.

Atualmente, Francisco Eller tem 29 anos. Sua canção Ribanceira, também do álbum Pomares, foi incluída na trilha sonora de Pantanal (2022), da Globo. A música era tema da personagem Maria Bruaca (Isabel Teixeira).

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