Virada histórica: Globo decide deixar homens de lado no jornalismo

Jornal Hoje - Cesar Tralli

Cesar Tralli à frente do Jornal Hoje (Reprodução / Globo)

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A GloboNews não é a plateia do Programa Silvio Santos, mas está mais feminina do que nunca. O canal de notícias da Globo, que vem apostando pesado no hard news, colocou âncoras mulheres à frente de seus principais noticiosos, todas profissionais reconhecidas pela excelência.

Cesar Tralli no comando do Jornal Hoje (Reprodução / Globo)

Cesar Tralli, à frente do Edição das 18h, é exceção. Nomes como Andréia Sadi, Julia Duailibi, Camila Bomfim e Daniela Lima, novo reforço do canal, são as principais comandantes desta nova fase da emissora. E a rede de TV aberta vai pelo mesmo caminho, escalando cada vez mais mulheres para seus programas jornalísticos.

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Mulheres ao vivo

Daniela Lima (Reprodução / CNN Brasil)

As mulheres tomaram conta da GloboNews. A maioria dos telejornais diários do canal de notícias contam com âncoras e comentaristas mulheres. Andréia Sadi, Julia Duailibi, Eliane Cantanhede, Monica Waldvogel, Leilane Neubarth, Natuza Nery, Flavia Oliveira e Ana Flor são algumas das profissionais que integram o primeiro time da emissora.

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A partir de julho, a veterana Monica Waldvogel assume o comando do Em Ponto, ao lado de Tiago Eltz. Na sequência, Daniela Lima estreia à frente do Conexão GloboNews, que já conta com Camila Bomfim e Leilane Neubarth. Logo depois, entram Andréia Sadi no Estúdio I, e Julia Duailibi no GloboNews Mais.

Havia ainda Aline Midlej, apresentadora do Jornal da Dez, mas a âncora está em licença-maternidade. Narayanna Borges, no Edição da Meia-Noite, completa o time feminino de apresentadoras da GloboNews.

Na grade diária, apenas dois homens “quebram” a hegemonia feminina: Cesar Tralli, no Edilção das 18h, e Marcelo Cosme, à frente do Em Pauta. Atualmente, o time masculino também conta com Nilson Klava, que cobre a licença de Aline Midlej.

Na TV aberta

Maju Coutinho e Poliana Abritta no Fantástico (Reprodução / Globo)

Na TV Globo aberta, este avanço também começa a ser notado. Após a saída de Chico Pinheiro, o Bom Dia Brasil ficou com Ana Paula Araújo. Enquanto isso, Renata Lo Prete comanda sozinha o Jornal da Globo.

Já o Globo Repórter, que sempre teve homens à frente – Sergio Chapelin fez história ali -, agora está nas mãos de Sandra Annenberg. Até o Fantástico, pela primeira vez em sua história, conta com duas mulheres, sem nenhum homem ao lado, na ancoragem. Poliana Abritta e Maju Coutinho são os rostos da revista eletrônica.

Ou seja, aos poucos, a Globo tem modificado de maneira substancial seu primeiro time de jornalistas. Um ambiente que, até pouco tempo atrás, sempre foi majoritariamente masculino, agora começa a se mostrar predominantemente feminino.

Chefia

Andréia Sadi à frente do Estúdio I (Reprodução / GloboNews)

A renovação feminina do jornalismo da Globo não é apenas uma simples questão de gênero. A emissora tem priorizado jornalistas de grande repertório, sobretudo na área política. Aos poucos, os âncoras que apenas leem notícias vão sendo substituídos por profissionais capazes de apurar e analisar os fatos.

Curiosamente, há mais mulheres em destaque nesta área que homens. Por isso, a ascensão feminina tem se mostrado tão evidente. A tendência é que este número se amplie ainda mais nos próximos anos.

Porém, a renovação feminina ainda não chegou na chefia. Como bem analisou o jornalista Jeff Benício, do portal Terra, os chefes deste time de mulheres ainda são todos homens. Miguel Athayde comanda a GloboNews, quando Ali Kamel chefia o jornalismo da TV Globo.

Ou seja, as mulheres já conquistaram bastante espaço. Mas essa conquista ainda pode avançar mais.

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