Manter em alta a audiência do horário das 21h, após o término de A Força do Querer, de Gloria Perez, é a ingrata tarefa designada a Walcyr Carrasco, responsável por O Outro Lado do Paraíso. Para tal, o autor apostará forte no debate de temas bastante pertinentes para a sociedade de hoje. Alguns, divulgados pelo Jornal Extra, ontem (27): violência conta a mulher, nanismo, preconceito racial, homofobia, impotência sexual, assédio moral, frigidez, prostituição e abuso sexual.

No centro da narrativa estará a professora Clara (Bianca Bin), presa ao casamento com um agressor, Gael (Sérgio Guizé). O comportamento explosivo do rapaz é reflexo da conduta permissiva da mãe, Sophia (Marieta Severo). Para se apoderar de uma mina de diamantes presente nas terras de Clara, ela envia a nora para uma clínica psiquiátrica. De lá, a mocinha só consegue sair dez anos depois, decidida a vingar-se de todos os que lhe fizeram mal.

Dentre estes, o psiquiatra Samuel (Eriberto Leão), que, para apaziguar os ânimos de sua mãe, casa-se com Suzana (Ellen Roche), mas mantém na clandestinidade um romance com Cido (Rafael Zulu). Posando de machão, Samuel serve de contraponto ao bem-resolvido Nicácio, ou Nick (Fábio Lago). O personagem repete, em termos, a trajetória de Nonato (Silvero Pereira), de ‘A Força’: deixa o Nordeste para assumir sua verdadeira identidade no Rio de Janeiro, onde se consagra como cabeleireiro.

A prostituição estará em foco no núcleo de Caetana (Laura Cardoso), dona de um bordel no qual trabalha Leandra (Mayana Neiva). Caetana vai disputar Josafá (Lima Duarte), avô de Clara, com Mercedes (Fernanda Montenegro), a mulher que lhe estende a mão quando Sophia o deixa na miséria – e que, com uma forte ligação com o astral, tem constantes pressentimentos a respeito do apocalipse.

Já Laura (Bella Piero) é uma moça introspectiva, filha de Lorena (Sandra Corveloni) e enteada de Vinícius (Flávio Tolezani), delegado, também implicado na internação compulsória de Clara. O constrangimento de Laura na frente do padrasto é resultado de abusos sexuais sofridos no passado. Já o garanhão Diego (Arthur Aguiar) não consegue consumar seu casamento com a virginal Melissa (Gabriela Mustafá): o jovem passa a sofrer de impotência sexual após o matrimônio.

Irmão de Diego, Bruno (Caio Paduan) desestabiliza os pais, Nádia (Eliane Giardini) e p juiz Gustavo (Luís Melo), ao se envolver com a empregada da família, Raquel (Erika Januza). Negra, a estudiosa mocinha é tratada de modo extremamente preconceituoso pelos sogros, duas figuras constantes na alta sociedade de Palmas.

Também circula por este meio o presunçoso Natanael (Juca de Oliveira), que trama para afastar a nora Elisabeth (Glória Pires), de origem humilde, de seu filho Henrique (Emílio de Mello), alto executivo prestes a se tornar embaixador nos Estados Unidos. Além de ser vítima de assédio moral dentro de seu lar, Beth também padece com as intrigas da falsa amiga Jô (Bárbara Paz).

Por fim, o tema, a princípio, mais polêmico: o nanismo. Estela (Juliana Caldas) é rejeitada pela mãe, Sophia, por ter nascido com a deficiência física. A víbora chega a ponto de enviá-la para a Europa, para que ela se aprimore nos estudos, apenas para escondê-la do convívio social. Enquanto isso, Sophia dá boa vida a Gael e Lívia (Grazi Massafera), seus outros filhos.

As gravações em estúdio de O Outro Lado do Paraíso terão início essa semana. A estreia está prevista para 23 de outubro.


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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.