Mussum foi um dos mais queridos humoristas brasileiros e praticamente uma unanimidade entre os Trapalhões, trupe da qual fez parte durante muitos anos. Antes de seu falecimento, o artista travou uma luta emocionante em busca de um transplante de coração, como visto nos últimos dias com Fausto Silva.
A notícia da urgência do comediante comoveu muita gente, incluindo um vigia que tomou uma atitude drástica; ele se suicidou e deixou uma carta solicitando que o órgão fosse doado ao famoso.
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Doação errada
Gilmar Cícero Alves, de 36 anos, tirou a vida com um tiro na cabeça no dia 10 de julho de 1994. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo do dia seguinte, o homem, que vivia em Leopoldina (SP), deixou por escrito que o seu coração deveria ser doado ao integrante dos Trapalhões (foto acima).
Mas o órgão não foi doado para o artista, já que o procedimento para doação não é esse. Para que alguém possa doar um órgão após a morte é preciso se inscrever no site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote) e avisar aos familiares para que o procedimento seja autorizado.
Comoção pública
Mussum (na foto acima, com Zacarias), que também era sambista, havia dado entrada no hospital três dias antes da morte do vigia, com um quadro de miocardiopatia, necessitando urgentemente de um transplante de coração.
A informação, que rapidamente foi difundida causou comoção popular, aumentou o número de doação de órgãos em 700%. Logo, o artista teve dois corações disponíveis para transplante, mas nenhum deles estava apto para o procedimento cirúrgico.
A cirurgia
A doação que possibilitou a cirurgia veio através da família de Darlinton Fonseca de Miranda, de 23 anos, morador do Tocantins que faleceu em um acidente de moto.
Apesar do procedimento ter sido um êxito, quatro dias depois, em 16 de julho, Mussum passou por complicações derivadas de um sangramento e foi submetido a outro procedimento.
Com mais complicações, o idealizador do grupo Os Originais do Samba acabou falecendo no dia 29 do mesmo mês.
