O ator Pedro Paulo Rangel precisou interromper as apresentações da peça O Ator e o Lobo para cuidar da saúde. Pepê, como é conhecido pelos amigos, sofre de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) há duas décadas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Aos 74 anos, ele foi obrigado, pela primeira vez, a interromper um projeto por causa da enfermidade. Nesta segunda-feira (14), Rangel revelou ter passado os últimos dias hospitalizado, no CTI (Centro de Terapia Intensiva).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Saúde em primeiro lugar
Em comunicado divulgado no último dia 4, a casa de espetáculos na qual Pedro Paulo se apresentava informou a suspensão da peça por questões relativas à saúde do ator:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
“Informamos que a temporada na Casa de Cultura Laura Alvim está cancelada por motivos de saúde do ator Pedro Paulo Rangel. Ele está bem, porém impossibilitado de atividades físicas para a sua plena recuperação. Quem adquiriu ingressos entre em contato com o site para o estorno. Esperamos retornar em breve”.
O veterano também se manifestou através do Instagram.
“Fora do CTI, mas ainda sem previsão de alta”, escreveu.
Afastamento das novelas
Pedro Paulo Rangel sofre com a DPOC há tempos, mas nunca precisou paralisar suas atividades por conta da enfermidade. Em recente entrevista ao jornal Extra, ele contou que só deixou os palcos no período pandêmico.
“Só parei durante a pandemia, como a maioria das pessoas. Estou bem, disposto. Nunca fiquei inválido, absolutamente. Podem me mandar convites, que eu aceito, conforme for”, destacou.
Rangel evita, porém, acordos para novelas. O ator – visto recentemente na reprise de O Cravo e a Rosa (2000) – admitiu não ter mais disposição para trabalhos longos.
“Já houve um tempo em que eu fazia teatro e novela ao mesmo tempo. Cheguei ao ponto de apresentar uma peça em Portugal e voltar correndo pra gravar cenas no Rio. Agora não quero mais. Prefiro obras menores, porque novela são dez meses de batalha. E eu não sou mais um menino, né?”, brincou.
Vício em cigarro
Sobre a doença, Pedro Paulo Rangel confidenciou que o tabagismo foi determinante para o quadro, descoberto anos depois dele ter abandonado o cigarro:
“Parei de fumar em 1988, no século passado. Adotei uma vida saudável, aprendi a nadar, andava na praia… E, em 2002, soube que estava doente. Eu não senti a doença, eu a descobri. É traiçoeira”.
“Quando aparece, não tem mais chance. Mas eu consigo levar a vida muito bem, desde que esteja medicado. Faço fisioterapia, atividades físicas com um personal… Se tem algo de que eu me arrependa profundamente é de ter começado a fumar. Se vejo um fumante, digo: “Não faça isso, espelhe-se no meu caso’”, completou.