Vício custou caro para aluna da Escolinha nunca mais vista na TV

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O cigarro é um vício que atinge milhões de pessoas ao redor do mundo. Antigamente, fumar era um charme; já hoje, o uso do tabaco está cada vez mais restrito e muitos tentam largar o fumo.

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Vários artistas passaram por esse vício e alguns sofreram as consequências de fumar – Chico Anysio (na foto acima como Professor Raimundo), Ronald Golias e Pedro Paulo Rangel são alguns que, antes de morrer, falaram do mal do cigarro.

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E nessa triste lista consta uma das mais queridas figuras do humor: Zilda Cardoso.

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Charuto, cartola e saravá!

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A humorista começou sua carreira no início dos anos 1960, quando teve a oportunidade de substituir a atriz Eloisa Mafalda em um programa de humor da extinta TV Paulista.

Foi nessa atração que ela criou a personagem que faria até o fim de sua carreira: Catifunda, uma mendiga debochada que sempre fumava charuto e falava “Saravá!”. Logo, ela estaria sentada no banco da Praça da Alegria, ao lado de Manoel de Nóbrega.

Sucesso no humor e na dramaturgia

A partir disso, Zilda não parou mais e esteve presente em programas que marcaram o humor brasileiro: Noites Cariocas (1967), Show do Dia 7 (1969), Os Trapalhões (1977), Reapertura (1981), A Praça é Nossa (1987), Escolinha do Professor Raimundo (1991), entre outras produções.

A humorista também esteve presente em novelas e uma das personagens que marcou sua trajetória foi a enfermeira Elza, de Meu Bem, Meu Mal (1991, na foto acima). Além disso, ela fez parte do elenco da série Delegacia de Mulheres (1990).

Uma vizinha querida

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Mas foi com a Catifunda que ela seguiu até o fim de sua carreira. Em meados dos anos 2000, Zilda parou de trabalhar na Praça é Nossa e passou a levar uma vida simples e pacata no bairro de Santa Cecília, região central da cidade de São Paulo.

A humorista morava sozinha, recebia a ajuda de uma cuidadora e sempre almoçava ao lado das amigas em uma churrascaria.

O vício no cigarro e o silêncio

No dia 20 de dezembro de 2019, a diarista não recebeu a ligação da patroa e resolveu ir pessoalmente ao apartamento.

Ao abrir a porta, ela encontrou Zilda caída no chão, ligou para o Corpo de Bombeiros, que confirmou a morte da humorista. Ela estava com 83 anos de idade.

Em entrevista ao UOL, no dia 20 de dezembro, o investigador Luiz Carlos Vegi afirmou que a Zilda teve morte natural. Porém, o cigarro pode ter sido um dos fatores que levou ao óbito da humorista.

“Fumava três maços de cigarro por dia. Os familiares estão procurando um médico para atestar óbito”, relatou o profissional.

A humorista era uma pessoa querida pelos vizinhos e comerciantes do bairro. Mas essa admiração ia além de Santa Cecília – o Brasil se divertiu com uma personagem simples e caricata, que só uma humorista com o talento de Zilda Cardoso sabia fazer.

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