Veterana se deu mal ao tentar copiar Hebe na TV: “Retrocesso”
09/05/2023 às 11h15
Uma das pioneiras da televisão brasileira, Hebe Camargo criou um estilo único de se comunicar com o público na TV. O sofá repleto de estrelas que caracterizava seu programa se tornou uma marca, que chegou a ser copiada por outras apresentadoras depois.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Uma delas foi Mara Maravilha. A morena, que fez sucesso no comando de programas infantis nos anos 1980 e 1990, tentou se reinventar adotando o mesmo estilo de Hebe. Mas a empreitada foi um fiasco.
Mara para altinhos
Divulgação / SBTMara Maravilha (na foto acima, no Show Maravilha) foi um dos ícones da programação infantil da TV brasileira no final dos anos 1980. Mas, no início dos anos 2000, a apresentadora tentou mudar de público e se dedicar a um programa para adultos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Isso aconteceu em 2002, quando ela se lançou à frente do programa A Noite É Nossa, da Record. Exibida nas noites de sábado, a atração tinha como principal característica um sofá no qual Mara receberia convidados para entrevistas e debates. Tal qual Hebe Camargo.
A própria apresentadora não escondeu a “inspiração”.
LEIA TAMBÉM:
● Após lutar contra câncer, ex-apresentadora do Jornal da Manchete morre aos 65 anos
● Artista de Toma Lá, Dá Cá se recusou a tratar câncer: “Estado terminal”
● Após ser resgatado pela Praça, humorista perdeu luta contra a Aids
“Sempre fui a Xuxa do SBT, agora serei a Hebe da Record”, disse Mara à Folha de S. Paulo, de 1° de setembro de 2002.
Não deu certo
A Noite É Nossa (foto acima) foi lançado no dia 7 de setembro de 2002. Na estreia, Mara Maravilha recebeu a cantora Sula Miranda e a apresentadora Claudete Troiano, na época à frente do Note e Anote, também na Record. O jogador Ademar, do São Caetano, completou o sofá da morena, que também recebeu Rinaldo e Liriel e Jamily, ex-calouros do Raul Gil.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A conversa da noite era sobre a presença feminina no futebol. Mara contou que seu então marido era fã da modalidade e que via que as mulheres estavam se interessando mais pelo assunto. Claudete, que foi repórter esportiva, concordou. E o debate seguiu…
A estreia do A Noite É Nossa foi detonada pela jornalista Silvia Ruiz na revista IstoÉ Gente, de 19 de setembro de 2002.
“A Record, que merece elogios pela modernização que começou a fazer em sua programação nos últimos dois anos – com a estreia de programas como os de Adriane Galisteu, Boris Casoy e Amaury Jr. – deu uma demonstração de retrocesso com a contratação de Mara Maravilha para as noites de sábado. A ex-apresentadora infantil, que graças ao chamado divino deixou a tevê brasileira há alguns anos, está mais para pastora do que para apresentadora”, cravou a crítica de TV.
Substituição misteriosa
Curiosamente, durou pouco a aventura de Mara Maravilha como Hebe da Record. A Noite É Nossa, que marcava o retorno de Mara à TV quatro anos após o fim de seu infantil Mundo Maravilha, ficou pouco tempo nas mãos da veterana.
No mesmo ano, e sem maiores explicações, Mara deixou o comando do programa, que passou a ser apresentado pela cantora gospel Isis Regina (foto acima). Sob a apresentação de Isis, A Noite É Nossa foi tendo seu formato alterado, tornando-se um game show, e ficou no ar até 2004.
Em 2021, a Record voltou a utilizar o título A Noite É Nossa, desta vez para nomear um programa com Geraldo Luís. Exibido nas noites de quarta-feira, o “novo” A Noite É Nossa reunia brincadeiras com a plateia, games, musicais e entrevistas.
Apesar de ser sido criado para Geraldo, o apresentador ficou apenas um mês no comando do programa, substituído posteriormente por Luiz Bacci. Geraldo teve que se afastar após contrair Covid-19. O formato ficou no ar entre 20 de janeiro e 5 de maio, finalizado com apenas uma temporada.