Vendida como grande vilã, personagem vira figurante de Mar do Sertão

Mar do Sertão - Débora Bloch e Renato Góes

A Globo apostou alto em Mar do Sertão. Prova disso é que a emissora escalou grandes estrelas para a trama de Mário Teixeira, como Sergio Guizé, Renato Góes, José de Abreu, Caio Blat e Débora Bloch. No entanto, nem todos têm o devido destaque na novela das seis. Débora, por exemplo, é quase uma figurante com sua vilã Deodora.

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Esposa do maior coronel de Canta Pedra, Deodora foi apresentada como uma megera, digamos, promissora. Por representar o mais alto escalão da cidade, a esposa de Tertúlio (José de Abreu) se comporta como uma nova rica. Um dos maiores traços de sua personalidade é o profundo desprezo pelas pessoas que ela considera inferior.

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A bandida da vez

Deodora é uma mulher fútil, um tanto ignorante, embora cheia de pose. Ou seja: é um tipo que flerta com o humor. A malvada tem frases ácidas, mordazes e politicamente incorretas. Todas cabem perfeitamente na boca de Débora Bloch, uma exímia comediante.

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Mãe de Tertulinho (Renato Góes), o principal vilão, ela mima e aconselha o filho, lhe dando sempre sugestões duvidosas. Uma de suas funções é justamente a de “cérebro” por trás das armações do herdeiro. Na prática, porém, Deodora pouco faz de fato…

Figuração de luxo

Até o momento, a bandida foi mal utilizada em Mar do Sertão. O perfil da personagem, somado à competência da atriz, dava indícios de que Deodora seria um acontecimento. A esposa de Tertúlio prometia ser a grande vilã, apesar das restrições do horário.

Porém, ela não fez nada de significativo nos capítulos já exibidos. Deodora apenas serviu de orelha para os desabafos do filho e do marido. Até mesmo suas frases cortantes, que eram uma das atrações das primeiras semanas da novela, foram perdendo força.

A vilã até teve seus momentos, como quando saiu de casa e foi se hospedar na pousada de Canta Pedra, passando por todo tipo de perrengue. Pena que tal desdobramento nada tenha acrescentado ao enredo – além de ter durado pouquíssimo tempo.

Débora Bloch merece mais

Chega a ser um desperdício ver Débora Bloch em Mar do Sertão sem algo realmente importante para fazer. Justamente na faixa das seis, onde ela brilhou com outra malvada: a Úrsula, de Cordel Encantado (2011).

Débora estava ausente dos folhetins há sete anos, desde a forte Lígia, protagonista de Sete Vidas (2015), também às seis. Ela merece uma personagem que faça jus a este retorno tão aguardado.

Mar do Sertão ainda tem chão pela frente. Deodora pode surpreender. Estamos na torcida!

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