Superprodução da Globo, com texto de Benedito Ruy Barbosa e direção artística de Luiz Fernando Carvalho, O Rei do Gado (1996) voltou ao vídeo na última segunda-feira (7).
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A terceira passagem da novela pelo Vale a Pena Ver de Novo dá ao público a oportunidade de acompanhar cenas rodadas em paisagens da Itália e diversos lugares do Brasil.
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Brasil afora
O Rei do Gado contou com cinco polos de gravação. As cidades de Itapira, Ribeirão Preto e Amparo, no interior de São Paulo, receberam atores e técnicos do folhetim, assim como as de Guaxupé, em Minas Gerais, e Aruanã, em Goiás – que abrigavam as fazendas usadas como locação.
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A Globo também montou uma cidade cenográfica no Projac, hoje Estúdios Globo. No set, o maior cenário era o da propriedade rural de Bruno Mezenga (Antonio Fagundes).
Para as tomadas de transição, em que paisagens dominam o vídeo entre uma cena e outra, a produção capturou imagens do Pantanal, da Floresta Amazônica e do Cerrado, ecossistemas que constituem a região do Araguaia. O público reagiu encantado à diversidade da fauna e da flora brasileira.
Filmagens na Itália
Para as sequências em terras italianas, os responsáveis por O Rei do Gado reuniram mais de 300 figurantes, além de atores estrangeiros. Os escalados interpretaram soldados alemães, americanos e brasileiros.
As gravações das cenas da Segunda Guerra Mundial, exibidas na primeira fase da trama, foram feitas na pequena cidade de Craco, Sul de Roma, uma das regiões mais pobres da Itália. Ainda, registros em Guardião Perticara e no monumento dos pracinhas brasileiros, na Toscana.
Cabe salientar que Luiz Fernando Carvalho dirigiu sozinho toda a primeira fase da obra, ambientada na primeira metade do século XX. Tal etapa da novela foi rodada em película 16mm, comum no cinema.
O verdadeiro rei do gado
O folhetim contou com a consultoria de Fernando Gonçalo, o verdadeiro “rei do gado”. Ele prestou assessoria sobre assuntos referentes ao ambiente rural, além de aparecer como figurante, vivendo um laçador.
Fernando também se tornou amigo dos atores e das atrizes da novela, conquistando a simpatia de estrelas como Vera Fischer.
“Dizem que o diretor é bravo, mas ele é muito legal. Ninguém pode dar um pio sobre os artistas aqui nas gravações: ele tratam todos bem”, contou Gonçalo ao jornal O Estado de São Paulo, em 28 de abril de 1996.
De acordo com informações publicadas pelo veículo, Fernando Gonçalo ganhava 40 reais por dia para ajudar nas comitivas de gado necessárias para as gravações em Monte Sião, Minas Gerais.