Uma atribulada história de amor em Copacabana: relembre a trama de Paraíso Tropical

Paraíso Tropical

Belas paisagens, rostos e corpos sedutores convivem com ambição, ganância, cobiça e luta pelo poder. Paraíso Tropical, novela produzida em 2007 pela Globo e novidade no canal Viva, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de núcleo de Dennis Carvalho, mostra o “paraíso” em toda a sua ambiguidade, uma história bastante apropriada a um país de contrastes.

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Urbana e atual, Paraíso Tropical fala principalmente sobre o amor: uma atribulada história de amor, ambientada em Copacabana, bairro-símbolo do Rio de Janeiro, famoso também por suas contradições.

Copacabana

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Durante o dia, movimento no calçadão, homens e mulheres curtindo a praia, tomando sol, praticando esportes, e turistas admirando o bairro mais famoso do Rio de Janeiro. A agitação, frequente no bairro carioca, segue pela noite, convidando casais, famílias e amigos a se espalharem pelos diversos bares da orla e a tentarem ganhar a vida nas ruas do bairro.

Esta “torre de babel” onde, apesar dos contrastes, todos conseguem viver em harmonia, foi considerada por Antenor (Tony Ramos) a região mais interessante para sediar o Grupo Cavalcanti, um dos mais fortes do país e do qual é o fundador e presidente. Com empreendimentos em diversas áreas, como construção civil, indústria têxtil, importação de automóveis, entre outras, seu carro-chefe é uma rede hoteleira, a maior de capital nacional, com unidades em todas as principais cidades do Brasil e no exterior.

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E é em Copacabana também que está localizado o Edifício Copamar, um prédio de dois blocos, com apartamentos de diversos tamanhos, que reúne várias famílias de classe média e, principalmente, todo tipo de história.

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Grupo Cavalcanti

Fundado e presidido por Antenor (Tony Ramos), empresário poderoso, sério, competente e seguro, o Grupo Cavalcanti, por ser uma das cem empresas mais fortes do mundo, é extremamente visado e cobiçado.

Daniel (Fabio Assunção) é o diretor-executivo do grupo, um rapaz de origem simples e excelente caráter, que, apesar de ser o preferido de Antenor (Tony Ramos) para sucedê-lo na presidência da empresa, tem como seu maior sonho comprar um hotel fora do Rio de Janeiro e encontrar a mulher com quem sempre sonhou para poder casar e ter filhos. Enquanto isso não acontece, porém, Daniel (Fabio Assunção) não pára e, como diretor-executivo de uma grande empresa, é obrigado a lidar com diversas situações ao mesmo tempo, tentando sempre agir de forma humanitária e justa.

Já Olavo (Wagner Moura) é o oposto de Daniel (Fabio Assunção). Parente de Antenor (Tony Ramos) e diretor-financeiro do grupo, cargo que equivale em importância ao do diretor-executivo, é ambicioso, obcecado por riqueza e acredita que, pelo parentesco que possui com o dono do grupo, deve ser o herdeiro natural da empresa. Como não suporta a idéia de Daniel (Fabio Assunção) ser o protegido de Antenor (Tony Ramos), seu principal objetivo é tirar o rival do caminho para, um dia, suceder o tio na presidência. Para alcançar sua meta, Olavo (Wagner Moura) não mede esforços. Cínico e perigoso, sem ética, nem freios morais, tenta de todas as maneiras disfarçar seu caráter e seus planos, procurando ser agradável com todos e mantendo, principalmente, uma relação de camaradagem com Daniel (Fabio Assunção).

Ambição

Num voo de volta da Tailândia, em uma das inúmeras viagens que costuma fazer a trabalho, Daniel (Fabio Assunção) recebe uma mensagem de Antenor (Tony Ramos) avisando sobre a ocorrência de graves problemas na empresa. Sem saber do que se trata, Daniel (Fabio Assunção) não pensa duas vezes e, assim que chega ao Rio de Janeiro, vai direto para o Grupo Cavalcanti – cuja sede ocupa dois andares do mais luxuoso hotel da rede, na praia de Copacabana. Chegando lá, ele se depara com uma grande confusão.

Funcionários dos restaurantes e garçons do serviço de quarto, inquietos com a notícia de que haverá uma demissão em massa, não param de falar e agitam os corredores do hotel atrás de mais informações sobre o “boato”.

Apesar de ser verdade – seguindo uma tendência mundial, Antenor (Tony Ramos), decidiu terceirizar os restaurantes de seus hotéis -, Daniel (Fabio Assunção), preocupado com os empregados, já havia deixado pronta uma estratégia para que ninguém saísse prejudicado. Mas Olavo (Wagner Moura), com sua ambição desmedida, aproveitando a ausência do diretor-executivo, conseguiu convencer Antenor (Tony Ramos) de que antecipar a demissão dos funcionários seria mais lucrativo para a empresa.

A notícia da demissão em massa, no entanto, além de gerar pânico entre os empregados, acabou prejudicando o bom funcionamento do hotel. Para tentar amenizar a situação, Daniel (Fabio Assunção) manda chamar uma ambulância para atender os funcionários mais velhos e faz questão de conversar pessoalmente com o mais antigo garçom do serviço de quarto, que precisaria de apenas alguns meses de trabalho para requerer a aposentadoria.

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Com visão oposta a de Olavo (Wagner Moura), mas consciente de que as demissões são inevitáveis, Daniel (Fabio Assunção) argumenta com o diretor-financeiro que os empregados devem ser tratados com respeito e decide procurar Antenor (Tony Ramos) para convencê-lo a retardar as demissões.

Como se não bastasse a crise instalada em função da notícia das demissões, Daniel (Fabio Assunção) é surpreendido por mais um problema: um protesto de “defensores da moral” diante do hotel, com a presença da imprensa. Os manifestantes acusam o Grupo Cavalcanti de promover o turismo sexual em seus anúncios. Daniel (Fabio Assunção), preocupado com a repercussão do caso e certo de que a campanha publicitária dos hotéis – que traz imagens da praia de Copacabana enfatizando a sensualidade das moças “a caminho do mar” e dos rapazes praticando esportes e musculação na areia – não impulsiona a prostituição, resolve dar uma entrevista para esclarecer os fatos. A situação piora, no entanto, quando Daniel (Fabio Assunção) admite ser hipocrisia não aceitar a sensualidade do Brasil como algo natural.

Antenor (Tony Ramos) se depara com a confusão na porta do hotel e se irrita com a declaração de Daniel (Fabio Assunção). Insuflado por Olavo (Wagner Moura), o dono do grupo manda Daniel (Fabio Assunção) reformular a campanha publicitária.

Mas parece que tudo que Olavo (Wagner Moura) faz não é suficiente para enfraquecer a imagem de Daniel (Fabio Assunção) diante de Antenor (Tony Ramos) e dos demais membros do grupo. Alheio a tudo que estão armando contra ele, Daniel (Fabio Assunção) é escolhido por Antenor (Tony Ramos) para acertar os detalhes finais das negociações que estão sendo feitas para a compra de um hotel em Marapuã, uma simpática cidadezinha no litoral da Bahia.

Antes de embarcar para a região, Daniel (Fabio Assunção) aproveita para fazer um desabafo com Nereu (José Augusto Branco), seu pai. O diretor-executivo do Grupo Cavalcanti revela que as únicas certezas que têm na vida são a de que não quer ser um novo Antenor Cavalcanti (Tony Ramos) e que, um dia, pretende comprar um hotel fora do Rio de Janeiro para poder viver com a mulher com que sempre sonhou e criar seus filhos.

No meio do caminho, um bordel

De dia, o movimento nas praias paradisíacas e nas piscinas dos resorts de Marapuã é intenso, porém familiar. À noite, contudo, os restaurantes e bares ficam lotados de adultos procurando diversão mais apimentada. Um dos pontos mais buscados pelos turistas brasileiros e estrangeiros é um bordel também frequentado por Osvaldo (Otávio Augusto), dono do hotel que está à venda para o Grupo Cavalcanti. Mulherengo e farrista, Osvaldo (Otávio Augusto) possui uma antiga relação de camaradagem com Amélia (Susana Vieira), proprietária do bordel, que fica localizado num terreno pertencente ao hotel que Daniel (Fabio Assunção) foi negociar.

Considerado uma espécie de protetor do lugar – não paga pelo serviço das jovens, nem cobra aluguel pela casa -, Osvaldo (Otávio Augusto), disposto a se aposentar, comunica a Amélia (Susana Vieira) que está vendendo o hotel e que ela e suas meninas terão que abandonar o local. Indignada, a dona do bordel tenta argumentar e acaba tendo uma forte discussão com o proprietário do hotel, que, sem dar maior importância ao incidente, vai embora e não percebe que Amélia (Susana Vieira) passa mal com a notícia.

Mesmo superado o susto, as moças do bordel se preocupam com o estado de saúde de Amélia (Susana Vieira). Valderez (Ana Cecília), a mais próxima da proprietária da casa, resolve ir até Pedra Bonita, cidade a meia hora de Marapuã, avisar Paula (Alessandra Negrini), única filha de Amélia (Susana Vieira), sobre o ocorrido. Paula (Alessandra Negrini), que trabalha como gerente de uma pousada, fica nervosa ao saber do estado da mãe e decide pedir licença no trabalho para poder visitá-la.

Apesar do bordel sempre ter sido motivo de conflito entre Paula (Alessandra Negrini) e Amélia (Susana Vieira), já que a gerente da pousada não é cúmplice do negócio da mãe, há muito amor e respeito entre elas. Em função disso, Paula (Alessandra Negrini), ao saber do fechamento do bordel, convida a mãe para morar com ela. Amélia (Susana Vieira), no entanto, que nem cogita a possibilidade de se aposentar, deixa claro que não irá desistir de sua casa, muito menos abandonar suas meninas.

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Disposta a lutar, Amélia (Susana Vieira) resolve procurar Daniel (Fabio Assunção). Bebel (Camila Pitanga), uma mulher astuta e sonsa que também trabalha no bordel, a convence a oferecer a Daniel (Fabio Assunção) o mesmo trato que tinha com o ex-dono do resort. Quando Amélia (Susana Vieira) e Daniel (Fabio Assunção) se encontram pela primeira vez, a conversa, que começa tensa, evolui para um grande bate-boca, quando o executivo não admite, em hipótese alguma, a manutenção da casa no local. Acreditando que Daniel (Fabio Assunção) é um moralista hipócrita, Amélia (Susana Vieira) se revolta com a postura do rapaz e joga em sua cara uma revista de celebridades, onde há uma nota insinuando que ele viajou para Tailândia para fazer turismo sexual – fruto de mais uma das tramas armadas por Olavo (Wagner Moura).

Atordoado com discussão e com a falsa nota, Daniel (Fabio Assunção) trata logo de ligar para Antenor (Tony Ramos) para esclarecer os fatos. O dono do grupo deixa claro que considera inadmissível ver o nome da empresa envolvido num escândalo desse tipo e fica desnorteado quando sabe da existência de um bordel na mais nova aquisição da companhia. Antenor (Tony Ramos) ordena que Daniel (Fabio Assunção) feche imediatamente o prostíbulo, mas o executivo argumenta que há pessoas morando nele e sugere que o ideal é dar um tempo para que elas se acomodem. Antenor (Tony Ramos) fica ainda mais irritado com o comentário de Daniel (Fabio Assunção) e novamente é insuflado por Olavo (Wagner Moura), que aproveita para saber mais detalhes sobre o bordel na Bahia e encontrar uma maneira de tirar proveito disso contra Daniel (Fabio Assunção).

Nervoso com os últimos acontecimentos, Daniel (Fabio Assunção) resolve fazer windsurf para relaxar. Enquanto isso, Paula (Alessandra Negrini) tenta encontrar uma forma de ajudar a amiga Elisa (Débora Nascimento) a chegar ao emprego. Como o barqueiro que iria levá-la ao resort onde trabalha teve um contratempo, Elisa (Débora Nascimento) convence Paula (Alessandra Negrini) a pilotar a lancha e levá-la até a ilha onde fica o resort.

O vento fica mais forte. Daniel (Fabio Assunção), que veleja longe das praias, é levado para mar aberto e se assusta quando a vela quebra e é obrigado a se segurar na prancha para não afundar. Paula (Alessandra Negrini) está voltando do resort onde deixou Elisa (Débora Nascimento) e também enfrenta o mar revolto. Apesar de pilotar com habilidade, está tensa e ansiosa por chegar a terra firme antes que desabe o temporal, quando vê um homem à deriva. É Daniel (Fabio Assunção), que pede ajuda. A filha de Amélia (Susana Vieira) se aproxima e, em tempo, consegue salvar o diretor-executivo do Grupo Cavalcanti. Sem ter como voltar para o continente, os dois vão para uma cabana numa desabitada ilha próxima, usada eventualmente por pescadores para pernoite.

Já abrigados, Paula (Alessandra Negrini) faz um curativo em Daniel (Fabio Assunção), que se feriu durante o acidente. É um momento de poucas explicações, intensa troca de olhares e forte atração física. Daniel (Fabio Assunção), encantado com a moça que salvou sua vida, não consegue esconder o seu sentimento. Paula (Alessandra Negrini), por sua vez, tímida, numa tentativa de cortar o clima, tenta falar sobre amenidades, mas a atração entre os dois é forte e eles se beijam. É amor à primeira vista. Os dois conversam, mas revelam pouco de suas vidas. Daniel (Fabio Assunção) não fala sobre trabalho, muito menos sobre os aborrecimentos que teve durante o dia, enquanto Paula (Alessandra Negrini) conta superficialmente sobre a doença da mãe, sem entrar em detalhes sobre suas atividades. Encantados um com o outro, eles não falam do passado e, portanto, não se dão conta das circunstâncias que os unem.

Olavo não descansa

Olavo (Wagner Moura) comemora a pequena vitória que obteve com a intriga da notinha na revista, mas sabe que precisa usar artifícios mais contundentes para conseguir enfraquecer a imagem de seu rival, já que, em poucos dias, o Conselho vai escolher o novo diretor de operações do Grupo Cavalcanti e Daniel (Fabio Assunção) ainda é considerado o candidato mais forte para o cargo.

Quando Antenor (Tony Ramos) comenta a existência do prostíbulo num terreno do resort, Olavo (Wagner Moura) intui que essa pode ser a grande oportunidade para esquematizar um golpe definitivo contra Daniel (Fabio Assunção). Ele convoca Jáder (Chico Diaz), um sujeito sem escrúpulos, e o manda viajar imediatamente para Marapuã, com o objetivo de investigar tudo o que puder sobre os passos do diretor-executivo. Afinal, qualquer informação pode ser bem-vinda para a batalha que pretende travar.

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Aflita sem notícias de Paula (Alessandra Negrini), Amélia (Susana Vieira) passa mal mais uma vez. Bebel (Camila Pitanga) e Priscila (Aline Fanju) saem pela cidade à procura da moça e a encontram no ancoradouro de Marapuã com Daniel (Fabio Assunção), que logo identificam como o homem que vai fechar o bordel. Paula (Alessandra Negrini), ao saber que sua mãe piorou do coração e está sendo levada para o hospital naquele momento, sai correndo sem se preocupar com Daniel (Fabio Assunção), que fica sem entender o que houve. Bebel (Camila Pitanga) constata que Paula (Alessandra Negrini) não faz idéia de quem é Daniel (Fabio Assunção).

Jáder (Chico Diaz) também presencia a cena de longe e se interessa ao ver Daniel (Fabio Assunção) acompanhado de uma moça. Para obter mais informações, se aproxima de Bebel (Camila Pitanga), por quem sente uma atração imediata. Ao descobrir que a mulher com quem o executivo estava na lancha é a filha da dona do bordel que Antenor (Tony Ramos) pediu para fechar, Jáder (Chico Diaz) percebe que Bebel (Camila Pitanga) é a pessoa certa a quem se aliar. Bebel (Camila Pitanga) é ambiciosa e, com o dinheiro dado por Olavo (Wagner Moura), certamente será “convencida” a lhe passar todas as informações.

Quando Amélia (Susana Vieira) parece fora de perigo, Paula (Alessandra Negrini) decide procurar Daniel (Fabio Assunção) para explicar a razão de ter saído sem se despedir. Os dois se encontram mais uma vez e reafirmam o que viveram na cabana no dia do acidente – trocam carinhos, declarações de amor, dançam abraçados e, finalmente, passam a noite juntos. Certos de que foram feitos um para o outro, já fazem planos para o futuro. Apesar de traumatizada por uma decepção do passado – quando, noiva de um rapaz, viu seu relacionamento acabar no momento em que a família de seu noivo descobriu que Amélia era dona de um bordel -, Paula (Alessandra Negrini) está disposta a contar para Daniel (Fabio Assunção) quem é a sua mãe. Mas, envergonhada, hesita e o diretor-executivo acaba tomando a iniciativa e contando que o negócio que o levou até Marapuã, e que vem lhe dando dor de cabeça, é a compra do resort, no qual há um bordel instalado.

Paula (Alessandra Negrini) leva um susto e passa a viver um grande dilema: o homem por quem está apaixonada é o mesmo que brigou com sua mãe e que tem uma posição firme contra a exploração da prostituição. Com medo de perdê-lo, Paula (Alessandra Negrini) prefere não revelar a Daniel (Fabio Assunção) que é filha de Amélia (Susana Vieira). O romance dos dois se intensifica e, quando está concluindo seu trabalho na Bahia, Daniel (Fabio Assunção), ainda sem saber de quem Paula (Alessandra Negrini) é filha, decide pedi-la em casamento.

Jáder (Chico Diaz) consegue arrancar de Bebel (Camila Pitanga) todas as informações que deseja sobre Paula (Alessandra Negrini), sua mãe e o turismo sexual na região. Chega a descobrir, inclusive, que garotas de programa – muito discretamente, mas com a conivência do antigo proprietário – costumavam participar de festas no hotel que será comprado pelo Grupo Cavalcanti. Olavo (Wagner Moura) se anima com as novidades e decide viajar para a região. Para que o plano que está tramando contra Daniel (Fabio Assunção) dê certo, ele toma cuidados para que ninguém saiba disso.

Com a ajuda de Jáder (Chico Diaz) e Bebel (Camila Pitanga), Olavo (Wagner Mora) começa a preparar a cilada que pode destruir a reputação de Daniel (Fabio Assunção) e colocá-lo “fora do páreo” na disputa pela diretoria do Grupo Cavalcanti.

A revelação de Amélia

A polícia invade o bordel, Amélia (Susana Vieira) se desespera e passa muito mal. Paula (Alessandra Negrini) corre para o hospital e lá ouve de Amélia (Susana Vieira), que está certa de que vai morrer, que não é sua filha. Fraca e sentindo que tem pouco tempo de vida, a dona do bordel conta que Paula (Alessandra Negrini) tem um avô, mas, antes que consiga dar mais detalhes sobre a origem da família da moça, morre.

Transtornada, Paula (Alessandra Negrini) não sabe o que pensar. Além de ter perdido a “mãe”, descobre, de uma hora para outra, que tem um avô. Apesar de se sentir desamparada, lembra que ainda tem Daniel (Fabio Assunção), a quem avisa sobre a morte da mãe.

O golpe

Ao descobrir que Daniel (Fabio Assunção) está prestes a voltar para o Rio de Janeiro, Olavo (Wagner Moura) trata de colocar logo seu golpe em prática. Ele manda Jáder (Chico Diaz) arrumar com urgência uma moça menor de idade, um fotógrafo “profissional” e equipamentos de gravação para registrar todas as conversas de Daniel. Chegam, então, à Bahia, Telma (Isis Valverde) e Vítor (Geraldo Peninha). A idéia é fazer com que a menina se aproxime várias vezes de Daniel (Fabio Assunção) para que o fotógrafo possa registrar cenas dos dois juntos. Orientada por Jáder (Chico Diaz) e, indiretamente, por Olavo (Wagner Moura), Telma (Isis Valverde) se insinua para o diretor-executivo que, ocupado, não percebe a maldade da moça, muito menos que está sendo fotografado.

A aproximação de Telma (Isis Valverde), no entanto, é apenas o início do plano de Olavo (Wagner Moura). O que o diretor-financeiro quer realmente é que Daniel (Fabio Assunção) seja acusado e preso por organizar uma festa com garotas de programa para turistas no hotel em que está hospedado e, principalmente, por aliciar uma menor de idade.

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Enquanto Olavo (Wagner Moura) arquiteta todo golpe, Daniel (Fabio Assunção) consola Paula (Alessandra Negrini) e reforça o pedido de casamento e o convite para morarem juntos no Rio de Janeiro. Desta vez, a moça aceita e os dois combinam de se encontrarem no dia seguinte no aeroporto, mas, de novo, Paula (Alessandra Negrini) não consegue contar a Daniel (Fabio Assunção) a verdade sobre sua mãe, o que a deixa preocupada.

Animado por estar começando a concretizar uma parte de seu sonho, Daniel (Fabio Assunção) retorna para o hotel disposto a arrumar suas coisas para voltar ao Rio. No entanto, ao chegar, é preso sem muitas explicações. Sem ter idéia do que está acontecendo, reage, mas é levado algemado para a delegacia, onde descobre que foi detido por aliciar uma menor. Vítor (Geraldo Peninha) registra todos os momentos tensos vividos pelo diretor-executivo do Grupo Cavalcanti.

Antes de seguir para Pedra Bonita para pegar suas coisas para a viagem, Paula (Alessandra Negrini) passa no recém-fechado bordel para se despedir de Valderez (Ana Cecília) e Elisa (Débora Nascimento) e contar que irá para o Rio de Janeiro com Daniel (Fabio Assunção). Bebel (Camila Pitanga) ouve tudo e avisa Jáder (Chico Diaz). Olavo (Wagner Moura), então, se dá conta de que Paula (Alessandra Negrini) é o álibi do diretor-executivo.

Com a ajuda de Bebel (Camila Pitanga) e de uma trama muito bem arquitetada por Olavo (Wagner Moura), Jáder (Chico Diaz) orienta sua cúmplice a abordar Paula (Alessandra Negrini) no aeroporto – local marcado para encontrar Daniel – e aproveitar suas fraquezas para convencê-la a viajar para outra região. Como o diretor-executivo não aparece, a filha de Amélia (Susana Vieira) fica insegura e toma a decisão de mudar seu destino quando recebe uma ligação com a voz de Daniel (Fabio Assunção) mandando que ela suma da vida dele. Sem saber que tudo não passa de um grande golpe de Olavo (Wagner Moura), Paula (Alessandra Negrini) fica arrasada e, depois de tantos infortúnios, resolve deixar tudo para trás. Influenciada por Bebel (Camila Pitanga), a moça concorda em recomeçar a vida em outro lugar e viaja para a Amazônia.

Olavo (Wagner Moura) comemora o sucesso do plano, enquanto na pequena delegacia de Marapuã, Daniel (Fabio Assunção) está detido para averiguações. Telma (Isis Valverde) afirma que ele a seduziu, mas fugiu quando notou a presença da polícia no local. O diretor-executivo, muito aflito, garante que a acusação da menina não é verdadeira porque no momento do flagrante, estava com Paula (Alessandra Negrini) e avisa que pode provar sua inocência, já que sua namorada o espera no aeroporto da cidade. Os policiais não encontram Paula (Alessandra Negrini) e a situação de Daniel (Fabio Assunção) se agrava quando o fotógrafo Vítor (Geraldo Peninha) entrega ao delegado as fotografias nas quais ele aparece com a menina. Daniel (Fabio Assunção) fica em pânico e decide ligar para Antenor (Tony Ramos) para pedir ajuda. O dono do Grupo Cavalcanti consegue abafar o escândalo na imprensa, mas vários membros do Conselho ficam sabendo da acusação contra Daniel (Fabio Assunção). Isso certamente pesará na escolha do novo diretor de operações da empresa.

De volta ao Rio

Após ser solto, a única preocupação de Daniel (Fabio Assunção) é encontrar Paula (Alessandra Negrini) que sumiu sem deixar rastro. Ele a procura por todos os lugares, até não ter outra saída senão desistir, mas, apaixonado, não tira a mulher de sua vida da cabeça. Volta para o Rio, onde inicia sua defesa com os advogados do grupo, mas, como tem certeza de que foi vítima de uma cilada, resolve fazer uma investigação paralela.

Na Amazônia, Paula (Alessandra Negrini) começa a trabalhar num hotel, decide se dedicar ao novo emprego e esquecer tudo o que se passou.

No Rio, Daniel (Fabio Assunção) é surpreendido por uma das maiores emoções de sua vida: vê Paula (Alessandra Negrini), linda, sob uma marquise, protegida da chuva. Desesperado, tenta chamar a atenção de seu amor de todas as maneiras. O escândalo é tão grande que a moça, inevitavelmente, o nota. Nervoso, ele consegue se aproximar dela e, tomado pela emoção, fala da saudade que sentiu e de como tinha certeza de que voltaria a vê-la. Assustada, ela recua. Daniel (Fabio Assunção) não entende a reação de seu grande amor, que o olha como se nunca o tivesse visto na vida. A moça diz que não se chama Paula (Alessandra Negrini): seu nome é Taís (Alessandra Negrini).

Perplexo, Daniel (Fabio Assunção) não entende por que a moça está mentindo e a convence a ter uma conversa rápida com ele. Daniel (Fabio Assunção) a cobre de perguntas, mas ela é cortante e até grosseira. O protegido de Antenor (Tony Ramos) compreende que a moça não é Paula (Alessandra Negrini) e conclui que ela só pode ser uma irmã gêmea, afinal as duas são absolutamente idênticas. Taís (Alessandra Negrini), entediada, avisa que é filha única, levanta-se e vai embora. Para não perder o contato e tentar esclarecer a situação, o executivo anota o número de seu celular e o entrega à jovem, que não dá importância.

Daniel (Fabio Assunção) fica muito confuso pois, apesar da semelhança, tem certeza de que a moça que encontrou não é Paula. A moça que cruzou o seu caminho tem o mesmo rosto, o mesmo corpo, mas não desperta nele o que sentia quando estava ao lado de Paula (Alessandra Negrini). Intrigado, se pergunta: quem é esta mulher?

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Quem é Taís?

Taís é glamourosa, inteligente e arrivista. Vive de aparências, tem charme, muita pose e pouco dinheiro. Foi criada pelo avô Isidoro (Othon Bastos), um homem simples e honesto, a quem ela rejeita por representar a vida medíocre que luta para superar.

O objetivo de Taís (Alessandra Negrini) é entrar para a sociedade carioca e ser rica, mas não quer trabalhar duro para isso. Enquanto não conquista “um lugar ao sol”, vive de vender jóias. Diz ser “representante exclusiva no Brasil” de um novo designer italiano que ainda é pouco conhecido, mas, na verdade, tudo não passa de trambique da sonsa Taís (Alessandra Negrini). O suposto “designer italiano” é Evaldo (Flávio Bauraqui), um anônimo mas talentoso artesão brasileiro, que vive e trabalha num pequeno apartamento em Copacabana. Ela se aproveita do fato do artista, com tendência ao alcoolismo e baixa auto-estima, não ter noção do valor de suas criações e compra as peças por um preço irrisório, revendendo-as muito bem.

Há meses sem ter como pagar o aluguel e com medo de ser despejada, Taís (Alessandra Negrini) entrega o apartamento onde mora e resolve pedir ajuda a Cássio (Marcello Antony). Bonitão, sensual, boa-praça, bem-humorado, bom caráter, mas extremamente egoísta, Cássio (Marcello Antony) a acolhe em seu apartamento, de forma a que a moça mantenha um bom endereço. Taís (Alessandra Negrini) e Cássio (Marcello Antony) têm uma relação bem resolvida. Ela sabe que não se trata do homem de sua vida, mas não está em busca de amor e, sim, de ascensão social. Cássio (Marcello Antony) é dono de um conhecido restaurante especializado em culinária brasileira, em Copacabana, nunca se apaixonou, não quer casar, nem formar família. Não leva nada muito a sério, nem Taís (Alessandra Negrini), a quem trata bem e por quem sente forte desejo.

Já Isidoro (Othon Bastos), por mais que seja desprezado por Taís (Alessandra Negrini), perdoa a neta. Viúvo duas vezes, hoje mora em Copacabana com Zé Luís (Vitor Alvino), seu filho temporão. Há cerca de 20 anos, Isidoro (Othon Bastos) era funcionário de um dos hotéis do Grupo Cavalcanti e sofreu um acidente de trabalho. Teve lesão permanente na coluna e ficou impedido de exercer a profissão. Acusado de ser o responsável pelo acidente, não recebeu a indenização. A família, que já tinha um padrão modesto, sofreu bastante. Isidoro (Othon Bastos) processou a empresa por falha na manutenção, já perdeu em várias instâncias por falta de provas, mas não desiste. Digno, nunca aceitou acordo porque sabe que foi vítima. Taís (Alessandra Negrini) considera o avô medíocre e está certa de sua culpa no acidente.

A história de Antenor e Ana Luísa

Antenor Cavalcanti (Tony Ramos) é um rico e poderoso self-made man. Inteligente e perseverante, foi favorecido pelo boom imobiliário dos anos 70. Graças a um excelente tino para negócios, conseguiu ascender socialmente, apesar de ter enfrentado grandes dificuldades na infância: Belisário (Hugo Carvana), seu pai, era um trambiqueiro contumaz, que chegou a passar alguns anos na cadeia por tentativa de suborno a um fiscal honesto. Fora da prisão, a grande mudança nos hábitos de Belisário (Hugo Carvana) foi passar a dar golpes menores, mais prudentes, sempre mantendo o jeito de malandro boa-praça. Antenor (Tony Ramos) despreza o pai, a quem considera um perdedor, sem estilo e sem competência até na desonestidade, mas lhe dá uma mesada, com a condição de que o pai não ponha os pés em sua casa ou em suas empresas.

Antenor (Tony Ramos) tem um casamento aparentemente feliz há mais de 30 anos com Ana Luísa (Renée de Vielmond). Ele acha que um casamento sólido é importante para um homem de sua posição, no entanto foi infiel desde os primeiros anos de casado, com razoável cuidado para ser discreto.

O casal teve um único filho – Marcelo -, que morreu num acidente de automóvel quando tinha 16 anos. Ana Luísa (Renée de Vielmond) estava ao volante, mas não teve nenhuma responsabilidade no desastre. Ana Luísa (Renée de Vielmond) não voltou a engravidar e, com a morte do filho único, Antenor passou a olhar Daniel (Fabio Assunção) – amigo de infância de Marcelo e filho do caseiro da casa de Parati – como seu sucessor natural na presidência do Grupo Cavalcanti. Anos depois da morte de Marcelo, Ana Luísa mostrou desejo de voltar a trabalhar como advogada, mas foi imediatamente desencorajada por Antenor (Tony Ramos), que gostava de tê-la em casa.

Antenor (Tony Ramos) vive elogiando a competência de Fabiana (Maria Fernanda Cândido), jovem e bela advogada do Grupo Cavalcanti. Fabiana frequenta a casa dos Cavalcanti em jantares oferecidos pelo casal e Ana Luísa, vendo o jeito da moça, sua segurança e desenvoltura durante as conversas sobre negócios, compreende a admiração do marido pela jovem. Acha que ela seria uma esposa perfeita para Daniel (Fabio Assunção), e Antenor (Tony Ramos) concorda: como seu braço-direito e possível sucessor na presidência do grupo, Daniel (Fabio Assunção) precisa de uma companheira como Fabiana (Maria Fernanda Cândido). O que Ana Luísa (Renée de Vielmond) não sabe, porém, é que a relação de Antenor (Tony Ramos) e a advogada do grupo vai além dos negócios.

Lúcia e Cássio: romance no passado

Lúcia (Glória Pires) tem pouco mais de 40 anos e vive em Vitória, onde trabalha. Na juventude, quando morava no Rio de Janeiro com os pais, teve um romance com Cássio (Marcello Antony), o atual namorado de Taís (Alessandra Negrini). Linda, forte, cheia de vivacidade, Lúcia era apaixonada pelo rapaz. Apesar de gostar da namorada, Cássio não correspondia ao sentimento com a mesma intensidade e sempre deixou claro que não queria casar. Independente desde cedo, Lúcia (Glória Pires) aceitava seu temperamento e não fazia planos, até o momento em que ficou grávida.

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Mesmo sem ter planejado a gravidez, Lúcia ficou radiante e acreditou que a paternidade faria com que o namorado mudasse a forma de pensar. Idealista e romântica, Lucia (Glória Pires) imaginou que iriam viver juntos e criar o filho. A reação de Cássio (Marcello Antony), porém, foi outra. Ele pediu para a namorada não ter o filho e Lúcia (Glória Pires), decepcionada, afastou-se dele e mudou-se para Vitória decidida a ter o bebê sozinha e a assumir integralmente sua criação. Desde então, Cássio (Marcello Antony) e Lúcia (Glória Pires) nunca mais se viram.

Ao longo dos anos, Lúcia (Glória Pires) teve alguns namoros sem importância, sempre de curta duração. Batalhadora e independente, não conheceu nenhum homem que lhe despertasse vontade de casar. No fundo do coração, apesar da mágoa e da forte decepção, nunca deixou de gostar de Cássio (Marcello Antony) – embora não confesse isso a ninguém.

A família de Olavo

Ivan (Bruno Gagliasso) é meio-irmão mais novo de Olavo (Wagner Moura), fruto de um outro casamento mal sucedido da promoter Marion Novaes (Vera Holtz). Filho não desejado, Ivan cresceu ouvindo a mãe sussurrar às amigas que ele “nasceu por acaso”. Egoísta e dedicada ao trabalho, Marion (Vera Holtz) foi uma mãe ausente e as companhias do rapaz foram sempre os maus elementos de Copacabana.

Com inclinação para a marginalidade, é um candidato a bad-boy de classe média. Tem em seu currículo uma série infindável de “bicos” que não deram em nada. Atualmente, por intermédio de Olavo (Wagner Moura), é responsável por atender os hóspedes no trecho da praia em frente ao hotel.

Confuso e inconsequente, bonito, charmoso e sedutor, Ivan (Bruno Gagliasso) faz sucesso com as mulheres. Namora Tatiana (Lidiane Lisboa), com quem Marion (Vera Holtz) tem fortes conflitos. Até hoje, não se envolveu seriamente com nenhuma namorada. Até conhecer Bebel (Camila Pitanga), com quem terá uma relação de amor bandido.

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