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Semana #13
– A fofoca move Um Lugar ao Sol. Bela, melhor amiga e confidente de Cecília, contou a Felipe sobre o caso de Cecília e Breno. Felipe repassou para Rebeca, que, por sua vez, espalhou para Santiago e Ilana. Fim do casamento de Ilana e Breno.
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Santiago foi conversar com a neta Cecília, que estava hospitalizada, e ela lhe revelou que Bárbara armou para separá-lo de Érica. Como Cecília soube? Por Nicole, irmã e confidente de Bárbara. Ao saber da verdade, Santiago pediu perdão a Érica e eles reataram.
Quer dizer, não dá para confiar segredo a ninguém na família Assunção. Várias tramas de Um Lugar ao Sol são resolvidas pela fofoca.
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O seguidor @ClaudioOSimoes lembrou: a novela deveria se chamar Te Contei?, novela de 1978 da Globo.
Claro que fofoca é algo natural, do ser humano, acontece em todos os meios, do familiar ao profissional, principalmente. A crítica não é ao conteúdo, mas à forma.
Usar fofoca para iniciar e terminar conflitos – me parece – apenas empobrece a narrativa. E a gente não espera isso de uma novela de Lícia Manzo, não é mesmo?!
Tramas cansativas
– Algumas tramas começam a cansar. Não leio spoilers da novela, mas tomara que não tenhamos mais DRs de Breno e Ilana – sempre as mesmas discussões e cobranças sobre casamento e filhos.
Maravilhoso quando os diálogos são bons, os atores são ótimos e a direção também. Não quando são sempre as mesmas cenas, em looping. Parece que trama não evolui. Espero que a separação de Ilana e Breno seja realmente definitiva.
– Outra personagem que cansou é Júlia. O drama do alcoolismo é triste, real, conhecido de várias famílias e deve ser discutido. Porém, para uma novela que pena para alcançar boa audiência, acredito que as cenas deprês de Júlia só afastam o público.
É ótimo ver atores como Mariana Lima, Marco Ricca, Denise Fraga e Regina Braga entregando tudo em cenas de forte carga dramática. O texto de Lícia é maravilhoso, os atores idem. Mas suas tramas se repetem há meses.
É sempre a mesma ladainha de Júlia: ela tem que ir para um emprego formal e é incentivada pelo filho Felipe, condescendente demais. Mas Júlia sabota o trabalho porque está “correndo atrás do sonho de ser cantora e agora vai dar certo“.
E nunca dá! Segue a discussão com a mãe Ana Virgínia, dura demais, porque é pragmática demais.
Como lembrou um seguidor (perdi o autor do comentário, perdão), a autora poderia também tratar das dificuldades que o artista sofre no Brasil, mas, infelizmente, a excessiva fragilidade da personagem acaba não servindo nem para tratar do alcoolismo, nem da marginalização do artista na sociedade.
Mudança de rumos
– A sequência em que Bárbara sofre o acidente e fica entre a vida e a morte parece que veio para dar novos rumos aos destinos de Bárbara e Júlia. A cantora dirigia alcoolizada, levou a culpa pelo atropelamento, mas foi Bárbara quem se jogou no carro.
O interessante neste entrecho é que a autora, em vez de entregar a catarse que todos ansiavam (Santiago cobrar de Bárbara a armação com Érica), fez com que Santiago se sensibilizasse com a filha e mudasse de ideia. A catarse não veio e uma nova situação foi criada.
– No episódio em que Érica é caluniada com o perfil fake de internet, Rebeca foi seca cobrar dela sem ao menos lhe dar o benefício da dúvida, algo que não condiz com seu perfil. Depois de tudo esclarecido, Rebeca desculpou-se em uma cena rápida e voltou a ser a personagem justa de sempre.
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Odeio quando o autor muda o perfil psicológico de um personagem de uma hora para outra apenas para justificar um entrecho qualquer. Subestima a inteligência do público.
É um artifício muito usado em novelas de Walcyr Carrasco, mas que não esperamos em uma novela de Lícia Manzo.
– Quando Santiago pede a Renato que cuide de Bárbara e volte atrás com o fim de casamento (neste momento em que ela está hospitalizada), ele enfatiza que “será eternamente grato“. Vamos guardar essa informação.