Eterno coringa de Silvio Santos e importante aliado na busca pela audiência, o seriado Chaves deixou de estar à disposição do SBT. A produção seria uma importante arma nas mãos do canal, que tem enfrentado forte crise no Ibope e não consegue reter o público.
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Mas não é apenas a emissora que sofre por não poder exibir a história do menino Chaves e seus amigos. Desde o dia 31 de julho de 2020, o programa de humor está proibido de ir ao ar em todo o mundo.
O motivo para o impedimento é um imbróglio envolvendo a Televisa, dona das imagens do produto produzido entre os anos 70 e 80, e os herdeiros de Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chespirito.
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Roberto Bolaños no papel-título de Chaves (Divulgação / Televisa)
Os filhos do ator e escritor possuem os direitos sobre o texto das obras do pai, que incluem também o seriado Chapolin (1973-1979) e a série que deu nome ao astro da comédia, Chespirito (1970- 1995).
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Florinda Meza e Edgar Vivar, a Dona Florinda e o Seu Barriga do humorístico Chaves (Reprodução / Instagram)
Até o momento, as partes não chegaram a um acordo, para tristeza de Florinda Meza, que além de participar do seriado como Dona Florinda, era casada com Roberto.
Para a veterana, Chaves e Chapolin não deveriam estar tanto tempo fora do ar. A artista ainda revelou que a rede mexicana segue tentando conversar, mas até o momento não houve diálogo.
“Em uma compra e venda, há um comprador e um ou mais vendedores. Neste caso, dois. O comprador já tentou por quatro vezes fazer o negócio”, contou em um vídeo gravado para a internet.
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Volta de Chaves
Florinda Meza e Roberto Bolaños em Chaves (Divulgação)
Enquanto os personagens não retornam no formato clássico, o Grupo Chespirito, dono das obras, tem novos planos para eles.
Duas novas séries de animação estão sendo produzidas, uma sobre o menino do barril, dessa vez com a Chiquinha, e a outra sobre o atrapalhado super-herói.
Além dessas produções, uma série ainda sem muitos detalhes contando a vida do Seu Madruga (Ramón Valdés) está sendo pensada, porém, não se sabe para qual meio ou plataforma.
Enquanto não consegue trazer de volta o seu fermento de ibope, o SBT precisará se reestruturar como emissora para deixar de depender de certos produtos, ou correr atrás dos novos títulos que estão sendo produzidos.
