Uma das grandes apostas da história da Band, Busão do Brasil terminava há exatamente 11 anos, no dia 19 de outubro de 2010. No entanto, a atração não atingiu a audiência esperada e deu prejuízo para os cofres do canal da família Saad.

A competição era apresentada por Edgard Piccoli, ex-VJ da MTV e que depois acabou se destacando no comando do programa Morning Show, da rádio Jovem Pan.

Tratava-se da adaptação do formato The Bus, da Endemol, já exibido na Espanha, Bélgica e Holanda. O programa tinha exibições diárias de 15 minutos na faixa noturna da grade, tendo duração de uma hora às terças e sextas.

O projeto consistia em registrar a rotina de 12 pessoas, durante 24 horas por dia, no estilo Big Brother, mas com um diferencial: o confinamento acontecia dentro de um ônibus. A emissora recebeu mais de 30 mil inscrições para a primeira (e única) temporada.

A estreia registrou apenas 3 pontos de média, com picos de 5, deixando a emissora em quinto lugar. No mesmo horário, a Globo ficou com 23, a Record com 9, o SBT com 7 e a RedeTV! teve 4 pontos.

O veículo começou o trajeto no Nordeste, em Fortaleza (CE). Na sequência, o ônibus passou por Mossoró (RN), Campina Grande (PB), Caruaru (PE), Barra de Santo Antônio (AL), Canindé de São Francisco (SE), Feira de Santana (BA), Lençóis (BA), Ilhéus (BA), Itamaraju (BA), Domingos Martins (ES), Mariana (MG), Petrópolis (RJ) e São Paulo (SP).

Em cada cidade visitada, os competidores realizaram tarefas, provas e diversos passeios. No total, foram percorridos aproximadamente 4.000 quilômetros.

A dinâmica do jogo consistia em uma eliminação por semana, até ser definido o vencedor. O participante que ganhava a imunidade semanal era chamado de “Queridão da Semana”; já os indicados a serem eliminados iam para a chamada “Lama”.

A final foi exibida no dia 19 de outubro do mesmo ano. O campeão foi o policial piauiense Mário Remo (foto acima), que faturou o prêmio de R$ 1 milhão de reais ao obter 80,2% dos votos.

A baixa audiência e os altos custos de produção não animaram a Band, que decretou o fim do programa ao término da primeira temporada.

Uma curiosidade: Daniela Busoli, que trabalhava na Endemol, contou em um evento que a emissora enfrentou problemas com o principal patrocinador da atração, o Guaraná Antarctica.

“Vários casais dentro de um ônibus e eles começam a transar muito. Muito. O que você faz com aquilo?”, questionou. “Atendemos muito o patrocinador. O reality me fez aprender a dosar patrocinadores e parte artística”, concluiu.

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