No ano passado, Fátima Bernardes comunicou a Globo que gostaria de deixar o Encontro para se dedicar a projetos mais curtos. A emissora, então, se viu diante de dois desafios: encontrar a substituta ideal para comandar o matinal e buscar uma nova função para a ex-Jornal Nacional.
A solução, no entanto, foi simples: o canal optou por efetivar Patrícia Poeta, que já era substituta eventual no Encontro, e aproveitar Fátima no The Voice Brasil, que estava sem apresentador após a saída de Tiago Leifert.
Apesar de “simples”, as mudanças não funcionaram na prática. Com Patrícia Poeta, o Encontro enfrenta um severo desgaste de imagem. Já Fátima Bernardes não emplacou à frente do The Voice. Ou seja, a mudança não foi boa para ninguém.
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The Voice enfraquecido
Em seus dez anos à frente do Encontro, Fátima Bernardes se tornou um grande sucesso comercial na Globo. Fora do jornalismo, a apresentadora virou a garota-propaganda queridinha de diversas marcas, consolidando-se como um nome forte da televisão brasileira.
Foi de olho no prestígio comercial de Fátima que a Globo a escalou para substituir Tiago Leifert à frente do The Voice Brasil. Na sequência, ela também foi recrutada para a vaga de Márcio Garcia no The Voice Kids, atualmente no ar.
Porém, no novo posto, Fátima não repete o brilho de sua incursão nas manhãs da Globo. Sua passagem pelo The Voice Brasil foi apagada. Já no The Voice Kids, a apresentadora amarga a mais baixa audiência da história da atração. Tanto que o musical é constantemente ameaçado pelo Domingo Legal, do SBT.
Além disso, a competição infantil é um fracasso comercial, de acordo com o site Notícias da TV. Mesmo com Fátima à frente, The Voice Kids conseguiu apenas um patrocinador este ano, a marca de sucos Tang. Com baixa audiência e fraco faturamento, o futuro do programa é incerto.
Crise de imagem
Sem Fátima Bernardes, o Encontro também não vai nada bem. A emissora errou feio ao promover um relançamento do matinal, mas sem, de fato, reformulá-lo. Além disso, o canal também falhou ao anunciar uma dupla no comando – Patrícia Poeta e Manoel Soares -, mas colocar apenas o nome da apresentadora no título da atração.
Além disso, a dupla não funcionou. Patrícia e Manoel não demonstraram qualquer química e os “atropelos” em cena se tornaram constantes. Nas redes sociais, o público reclama diariamente que Patrícia não dá espaço a Manoel e o deixa de lado, o que desgastou a imagem da apresentadora.
Depois, Manoel Soares também foi alvo de críticas ao preferir o silêncio em torno da crise, o que ajudou a estimular a animosidade contra Patrícia. Deu tudo tão errado que o apresentador já tem data para deixar o matinal. De acordo com informações que circulam na imprensa, Soares sai do Encontro em agosto.
Ninguém ganhou
Ou seja, a saída de Fátima Bernardes não foi boa para nenhum dos lados. Sem sua apresentadora e criadora, o Encontro se perdeu em meio a fofocas e um sério desgaste junto ao público. Patrícia Poeta não caiu nas graças da audiência e está longe de repetir o êxito da colega, que tinha excelente entrada junto ao espectador das manhãs.
Por outro lado, Fátima Bernardes não conseguiu se encaixar em outra função fora do Encontro. A emissora errou ao lhe entregar o desgastado The Voice, que, nas mãos dela, vive seu pior momento.
Agora, a Globo tem dois pepinos nas mãos. Arrumar a bagunça que virou o Encontro e encontrar uma função mais digna para Fátima Bernardes na programação. Do jeito que está, nada funcionou.
