Xica da Silva foi uma novela produzida e exibida pela extinta Rede Manchete, entre 17 de setembro de 1996 a 11 de agosto de 1997.

Último sucesso da história da emissora da família Bloch, a trama ficou marcada por diversos fatos curiosos em seus bastidores.

Confira alguns deles abaixo:

– A obra contava a história real de Francisca da Silva de Oliveira, escrava que viveu no Arraial do Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais, durante a segunda metade do século XVIII. Assim como na novela, onde era interpretada por Taís Araújo, na vida real Xica também foi alforriada.

– Esta foi a estreia de Taís Araújo como protagonista – após se destacar na novela anterior, Tocaia Grande -, então com 17 anos. Na época, ela causou polêmica ao participar de cenas de nudez e erotismo (gravadas após a atriz completar sua maioridade).

– A autoria da trama era de Walcyr Carrasco. Porém, o autor não revelou sua participação, utilizando o pseudônimo Adamo Angel. Na época contratado pelo SBT, ele topou escrever a história para a Manchete, uma vez que estava sem produzir nada para a emissora de Silvio Santos. O mistério foi revelado no final da trama, mas Walcyr seguiu no SBT, onde ainda escreveria Fascinação (1998).

– Além dos estúdios da Manchete, na capital do Rio de Janeiro, e uma cidade cenográfica construída em Maricá (RJ), a novela também teve gravações em Minas Gerais e em Portugal. A obra contou com cerca de 150 figurantes e uma equipe de cerca de 70 profissionais técnicos.

– Além de Taís Araújo, o elenco da produção também tinha nomes como Victor Wagner, Drica Moraes, Carla Regina, Murilo Rosa, Giovanna Antonelli, Marcos Brega, Lu Grimaldi, Jayme Periard, Paulo César Grande, Joana Limaverde, Thalma de Freitas e Dalton Vigh, entre outros.

– Notícias da época estimaram o custo da produção da novela em US$ 6 milhões.

– Um motivo de grande repercussão na imprensa foi a participação de atriz pornô italiana Cicciolina (Ilona Staller), interpretando a cortesã genovesa Ludovica. Inicialmente, o papel iria para outra estrela dos filmes eróticos, Sylvia Kristel, intérprete de Emmanuelle, que acabou não participando da obra.

– Segundo notícias veiculadas em 1997, o diretor de teledramaturgia da Manchete, Walter Avancini, também convidou os astros norte-americanos Denzel Washington e Whoopi Goldberg para a novela, mas ambos não toparam.

– Outras personalidades tiveram participações rápidas na trama, como Adriane Galisteu, Zezé Motta, Eduardo Dusek, Leci Brandão e Dona Zica da Mangueira.

– Faltando duas semanas para o final das gravações, um acidente de automóvel causou a morte do ator Alexandre Lippiani, que vivia o Padre Eurico. O artista também atuava como dublador e era famoso pelas vozes de Woody em Toy Story e Clark Kent/Superman em Lois e Clark: As novas aventuras do Superman. No dia de sua última participação, a Manchete exibiu uma mensagem de homenagem ao ator no início da novela.

– Xica da Silva foi exibida em diversos países, como Portugal, Chile, Angola, Venezuela, Equador, Honduras, Argentina, Peru, Estados Unidos, Nicarágua, Colômbia, Rússia, Bolívia, Porto Rico, Panamá, Paraguai e Guatemala.

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– A repercussão internacional da obra foi grande: nos Estados Unidos, Taís Araújo promoveu a novela em eventos da rede Telemundo e na Colômbia, a atriz foi convidada para participar de outro grande sucesso, Betty, a Feia.

– Em 2005, o SBT comprou os direitos de exibição da novela e a reprisou entre os dias 28 de março e 9 de dezembro. Na época, a audiência da rede de Silvio Santos foi triplicada.

– Com a reprise no SBT, Giovanna Antonelli processou a emissora paulista por não ter sido consultada. Porém, a atriz perdeu a causa na Justiça.

– Na nova exibição, a música de abertura foi trocada, pois os direitos da original, Xica Rainha (de Marcus Viana, Patrícia Amaral e Transfônica Orkestra), não estavam disponíveis. No lugar, o SBT inseriu Xica da Silva, de Jorge Ben Jor.

– Esta não foi a primeira adaptação da história real. Em 1976, Zezé Motta foi a estrela de um filme baseado na personagem histórica, também chamado Xica da Silva e dirigido por Cacá Diegues.

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