Depois de demitir três executivos na semana passada por conta da crise no setor de TV paga – um deles foi Rogério Gallo, que teve sua última entrevista como diretor publicada pelo TV História, a Turner contratou um executivo para liderar a reestruturação.

Trata-se do experiente Antônio Barreto, que também foi anunciado na semana passada. O comunicado de boas-vindas foi feito por Whit Richardson, novo presidente da Turner América Latina.

Antônio irá comandar toda a reestruturação dos sinais vindos para o Brasil a partir de agora. Ele comandará também parte de estratégia de programação e todos os conteúdos para o nosso País da empresa.

Considerado o ‘Boni da TV paga’ – em referência ao lendário executivo que é sempre lembrado por ter criado o padrão de qualidade que a Globo segue até hoje, Antônio Barreto já passou pela NET Serviços, Telefônica, DirecTV América Latina, HBO e Claro Vídeo. Foi um dos responsáveis por estruturar a NET como é conhecida hoje, além de iniciar a produção nacional de séries da HBO.

“Antonio é um pioneiro nesta indústria, com décadas de experiência executiva na TV por assinatura e no mundo digital. Tive o prazer de trabalhar com ele no decorrer dos anos e sei que ele é um líder estratégico e carismático, capaz de articular e unir as equipes em uma missão compartilhada. A Turner tem uma presença multiplataforma substancial no Brasil e estamos confiantes de que Antonio terá um papel crucial na sustentabilidade dos nossos negócios locais”, afirmou Whit Richardson no comunicado da Turner.

Nova estratégia

A ideia da Turner, a partir de agora, é tentar reduzir custos, já que o mercado de TV paga no Brasil vem caindo mês a mês – de 2015 para cá, perdeu-se mais de 500 mil assinantes. Mas a ideia não é deixar de investir no mercado nacional.

A ideia de trazer Antônio foi do próprio presidente, Whit Richardson, segundo apurou o TV História. A ideia do novo executivo, que já se inteirou dos assuntos da empresa, é passar uma mensagem clara ao mercado.

A Turner não quer perder o status que conquistou nos últimos anos – de concorrente direta por vários direitos e de audiência da Globo/Globosat, fazendo o Grupo Globo gastar bem mais por direitos do que imaginava.

Principal mercado para a Turner no Brasil, os investimentos em esporte devem continuar. Estão previstos montantes para a disputa da UEFA Champions League, hoje exclusividade do Esporte Interativo, além de disputas nas próximas licitações dos Campeonatos Inglês e Espanhol e da Taça Libertadores da América.

Mesmo com a ideia de cortar custos em outras frentes, como séries nacionais, o esporte é visto como uma grande solução a médio e longo prazos, já que filmes e séries estão sendo consumidos pelos serviços on demand, como Netflix.

Neste ano, inclusive, todos os investimentos previamente aprovados para o Esporte Interativo estão mantidos. Para o canal de esportes, nada deve mudar neste momento, mesmo com essas grandes movimentações.


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