Caio (Cauã Reymond) e Daniel (Johnny Massaro) foram anunciados como as grandes estrelas de Terra e Paixão. Mas Luigi, o falso italiano que apareceu disposto a dar um golpe na família La Selva, chegou de mansinho e logo disse a que veio.

Cauã Reymond e Johnny Massaro em Terra e Paixão
Cauã Reymond e Johnny Massaro em Terra e Paixão (divulgação/Globo)

O tipo vem se destacando em meio a uma trama repleta de personagens que ainda não caíram no gosto do público, tornando-se o verdadeiro protagonista do folhetim. O personagem é vivido pelo ator Rainer Cadete, “queridinho” de Walcyr Carrasco, que esteve em inúmeras novelas do autor, e sempre com personagens de destaque.

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Sucesso

Rainer Cadete como Luigi em Terra e Paixão
Rainer Cadete como Luigi em Terra e Paixão (João Miguel Júnior / Globo)

Não demorou muito para que Luigi roubasse a cena em Terra e Paixão. O personagem é um golpista que se finge de ricaço italiano para dar um golpe na família La Selva. Para isso, ele se envolve com Petra (Débora Ozório), com quem se casou recentemente.

Apesar de ser um bandido, Luigi é bastante carismático, com cores cômicas que caíram nas graças do público. Seu italiano “macarrônico” e sua improvável parceria com Anely (Tatá Werneck) renderam ótimos momentos, que colocaram o golpista numa posição de destaque na novela da Globo.

Terra e Paixão é marcada por personagens pouco envolventes. O “quadrado amoroso” envolvendo Aline (Barbara Reis), Caio, Daniel e Jonatas (Paulo Lessa) é frio, sem emoção. Enquanto isso, os vilões Antônio (Tony Ramos) e Irene (Gloria Pires) não têm charme. Com isso, Luigi acabou sobressaindo diante da falta de heróis e vilões carismáticos.

Nos próximos capítulos de Terra e Paixão, Luigi deve crescer ainda mais. O picareta entrará de cabeça na disputa pela sucessão de Antônio e tentará conquistar a confiança e a lealdade de Irene. A vilã, que a esta altura já estará sofrendo pela morte do filho, acabará envolvida pelo pilantra, chegando a lhe presentear com um relógio que era de Daniel.

O queridinho

Terra e Paixão - Rainer Cadete e Tatá Werneck
Tatá Werneck (Anely) e Rainer Cadete (Luigi) em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)

O destaque dado a Luigi em Terra e Paixão estaria, inclusive, gerando ciúmes nos bastidores da novela das nove da Globo. De acordo com Fábia Oliveira, colunista do portal Metrópoles, alguns artistas da trama já estariam incomodados com tamanho espaço dispensado ao personagem de Rainer Cadete.

O ator, aliás, é “queridinho” de Walcyr Carrasco. Rainer estreou em novelas numa participação em Caras & Bocas (2009), do autor, vivendo a versão jovem do protagonista Gabriel (Malvino Salvador). Depois disso, sua carreira na TV decolou em novelas de Carrasco: Amor à Vida (2013), Verdades Secretas (2015), Êta Mundo Bom! (2016), A Dona do Pedaço (2019) e Verdades Secretas 2 (2021).

A única novela de Rainer Cadete que não foi escrita por Walcyr Carrasco foi Cama de Gato (2009), de Duca Rachid e Thelma Guedes. No folhetim, ele deu vida ao jovem Nuno, um rapaz do bem que era irmão de Roberto (Dudu Azevedo), o comparsa da vilã Verônica (Paolla Oliveira). Ele era par romântico de Gloria (Raquel Fuina), filha da protagonista Rose (Camila Pitanga).

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Ladrões de cena

Débora Falabella em Terra e Paixão
Débora Falabella em Terra e Paixão (reprodução/Globo)

Mas Luigi não é o único a roubar a cena em Terra e Paixão. Outros coadjuvantes têm se destacado e ganhado cada vez mais espaço na trama da Globo. Entre eles, Lucinda (Débora Falabella) e Marino (Leandro Lima).

Enquanto a trama central parece empacada na chata disputa pela sucessão de Antônio La Selva, algumas histórias paralelas oferecem algum “refresco” na novela. Neste contexto, se destaca Lucinda, uma mulher forte, mas presa em um casamento abusivo.

A personagem, por ser uma ótima mãe e uma mulher do bem, já ganhou a torcida do público, que quer vê-la feliz. Para tanto, ela deve se livrar de Andrade (Angelo Antonio) e assumir seu sentimento por Marino, casal que está funcionando bem e deve crescer ainda mais na história.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor