Sem sua grande paixão: o triste fim de Luísa em Nos Tempos do Imperador

Mariana Ximenes

Quem está acompanhando Nos Tempos do Imperador, trama escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, certamente já conhece a personagem Luísa, vivida por Mariana Ximenes.

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Conheça detalhes da vida real da Condessa de Barral, que, segundo a historiadora Mary Del Priore, que escreveu sua biografia, foi a grande paixão de Dom Pedro II.

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Quem foi a Condessa de Barral

Filha única de um senhor de engenho, Domingos Borges de Barros, e uma descendente de família tradicional portuguesa, Maria do Carmo Gouveia Portugal, Luísa Margarida de Barros Portugal nasceu na Bahia, em 1816.

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Foi criada no engenho do pai, no entanto mudou-se para a França ainda jovem para estudar.

Adquiriu um alto nível cultural e conheceu o marido, Eugène de Barral, que lhe deu o título pelo qual ficou conhecida.

Luísa então passou a integrar a corte do rei Luís Filipe I. Ela e o marido tiveram um filho, Horace Dominique.

A Condessa tornou-se amiga e dama de companhia de Dona Francisca de Bragança, irmã do Imperador Dom Pedro II, que a convenceu a voltar para o Brasil para ser a preceptora das filhas do monarca, as princesas Isabel e Leopoldina.

Foi assim que a condessa passou a frequentar o Palácio São Cristóvão e a ter um contato mais direto com Dom Pedro II.

Paixão

Ambos se apaixonaram e começaram a viver um romance extraconjugal. Dentro do círculo imperial, o relacionamento dos dois era conhecido e, no final do século 19, tornou-se público.

Os jornais republicanos da época, inclusive, chegaram a publicar charges e notícias sobre o assunto.

As princesas Isabel e Leopoldina casaram-se e, com sua missão cumprida como preceptora de ambas, a Condessa de Barral retornou à França.

Apesar da distância, ela e Dom Pedro II continuaram trocando cartas apaixonadas até o fim de suas vidas.

Eles se encontraram em algumas ocasiões, como em 1870 e 1887, em visitas do Imperador à Europa, e também em seus últimos meses de vida, quando, viúvo e exilado, passou algumas temporadas na residência da Condessa, em Cannes.

Morte

Luísa morreu em 14 de janeiro de 1891, vítima de uma pneumonia. Dom Pedro II faleceu em 5 de dezembro do mesmo ano.

As cartas da Condessa foram doadas por seu neto ao Museu Imperial de Petrópolis, na década de 1940.

Havia um acordo entre ela e o Imperador de que ambos deveriam queimar as cartas assim que as lessem. Porém, Luísa tinha algumas delas guardadas. Nenhuma das cartas que ela enviou a Dom Pedro sobreviveu.

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Romance ou amor platônico?

Embora a maior parte dos historiadores diga que a Condessa e o Imperador foram amantes, não há provas conclusivas de que o caso tenha se consumado.

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As poucas correspondências que restaram deixam dúvidas se o romance foi real ou puramente platônico.

Afinal, apesar de moderna e liberal, Luisa aparentava ser uma católica rígida.

Dom Pedro II, por sua vez, teria mantido romances também com outras mulheres, como a Condessa de Villeneuve, a madame de La Tour e Eponina Otaviano.

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