Perto do fim, Elas por Elas ficará marcada pelo amplo time de protagonistas. São sete mulheres com tramas distintas que se entrelaçam, num formato pouco usual que se mostrou bem-sucedido.

Castorine em Elas por Elas
Castorine em Elas por Elas

Porém, nem todos os personagens da trama das seis da Globo terão um desfecho adequado. Alguns deles não tiveram o devido destaque, como Yeda (Castorine) e Érica (Monique Alfradique). Há ainda o caso de Renée (Maria Clara Spinelli), que terá um desfecho questionável.

Confira três personagens de Elas por Elas que não mereciam terminar a novela assim:

Renée

Mais sofredora das sete protagonistas, Renée comeu o sonho que o diabo amassou ao longo de Elas por Elas. A confeiteira foi abandonada à míngua pelo marido Wagner (César Mello) e derramou um rio de lágrimas até se reerguer.

Renée deu a volta por cima e conseguiu driblar os problemas, graças ao seu talento e resignação. No entanto, a amiga de Taís (Késia) terá um final controverso na novela escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson.

A confeiteira simplesmente perdoou Wagner e aceitou se casar com ele, retomando a relação. Ou seja, ela terminará a novela ao lado do homem que quase acabou com sua vida. Ela não merecia algo melhor?

Érica

Maria Clara Spinelli e Monique Alfradique em Elas por Elas
Maria Clara Spinelli e Monique Alfradique em Elas por Elas (reprodução/Globo)

Na primeira versão de Elas por Elas, Érica se chamava Cláudia (Christiane Torloni) e era a grande paixão de Mário Fofoca (Luis Gustavo). Ela fez muito sucesso na época ao formar um divertido trio com o detetive e Renê (Reginaldo Faria), seu namorado – atual Edu (Luis Navarro).

No remake, a personagem não teve o mesmo destaque. Érica até teve um bom espaço no início da novela, por conta da paixonite de Mário (Lázaro Ramos) e as idas e vindas de seu casamento com Edu, que a traía constantemente.

Érica chegou a ficar em coma depois de um acidente indiretamente causado pelo marido. Mas, depois que o casamento deles acabou, a personagem ficou meio escanteada. Érica servia apenas como “orelha” para Renée, e ganhou um prêmio de consolação na reta final, ao engatar um romance com Rico (Pedro Caetano).

Yeda

Assim como aconteceu com Érica, Yeda não repetiu o sucesso da personagem da trama original. Na novela escrita por Cassiano Gabus Mendes, Ieda alçou a atriz Cristina Pereira à fama.

No original, fazia-se muitas piadas sobre a aparência de Ieda, que vivia sonhando ser uma mulher bonita. Em seus sonhos, ela chegou a aparecer como Maitê Proença e Xuxa Meneghel – esta, antes de virar a “rainha dos baixinhos”.

Esse tipo de gracinha não funciona mais nos dias de hoje e, acertadamente, Yeda foi transformada numa mulher positiva, bem resolvida quanto à sua aparência. Mas, apesar do carisma da personagem, faltou história para ela. Depois que seu romance com Edu chegou ao fim, Yeda acabou perdendo espaço na novela.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor