Agora não tem mais como voltar atrás. A nova versão de Vale Tudo foi confirmada pela Globo no Upfront 2025, na semana passada, e vai substituir Mania de Você a partir de março do ano que vem.
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Contudo, algumas informações e declarações que saíram nos últimos dias mostram que a emissora pode errar feio em suas intenções. Um dos casos envolve a personagem Heleninha Roitman, vivida na primeira versão por Renata Sorrah.
Carta branca
Manuela Dias, que escreveu obras como Amor de Mãe e Justiça, será a responsável pelo texto da novela, que terá 30 capítulos a menos que a versão exibida entre 1988 e 1989.
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Todos concordam que muita coisa de Vale Tudo não pode ser reproduzida atualmente, afinal, já se passaram mais de 25 anos de sua estreia.
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Mas, ao mesmo tempo, Manuela fará, pelas declarações que deu, mudanças radicais em alguns núcleos e personagens, o que pode fazer uma homenagem se transformar num fracasso.
Nova Odete Roitman
“Odete seguirá sendo uma vilã, mas sua vilania está muito ligada ao momento. Vale Tudo foi a novela da volta da democracia, e naquele momento falar mal do Brasil, ou poder falar mal, era resistência, era revolucionário, era novo. Hoje não é mais. A gente está saturado disso. O novo é encontrar maneiras de transformação. Odete não aponta caminhos, mas será diferente”, revelou a autora em recente entrevista à Folha de S.Paulo.
Mas o que se vê por aí é exatamente o contrário. Muitos dos absurdos ditos por Odete em 1988 ainda são repetidos à exaustão por uma parcela da população.
Uma Odete “humanizada” pode ser meio caminho andado para afundar a trama.
Além disso, cogitou-se que ela vai aparecer desde o início da trama. Em 1988, ela surgiu somente no capítulo 27, com uma entrada triunfal. Se ela aparecer logo no início da trama, toda a aura criada em torno da vilã poderá ser destruída num piscar de olhos.
Alcoolismo de Heleninha
Outra mudança que pode botar tudo a perder em Vale Tudo é uma mudança na discussão do alcoolismo de Heleninha Roitman, que ficará a cargo de Paolla Oliveira no ano que vem.
A ideia seria desfazer a ideia de “pinguço” da personagem e dar um tom sóbrio na discussão do alcoolismo.
Só que, em 1988, em muitos capítulos foi mencionado que Helena tinha uma doença. Inclusive, ela se recuperou no final, com ajuda dos Alcoólicos Anônimos.
Uma mudança radical na personagem também não deverá ser vista com bons olhos pelo público, que espera por cenas memoráveis como a que ela pede um “mambo caliente” numa boate.
Pelo visto, as mudanças não vão parar por aí, já que a cada dia surgem novidades. Vamos ver onde isso vai dar.