Três mudanças drásticas que a Globo terá que fazer na reprise de Tieta

A volta de Tieta foi muito comemorada pelo público nas redes sociais. A novela das oito, exibida originalmente entre 1989 e 1990, será exibida no Vale a Pena Ver de Novo a partir do próximo dia 2 de dezembro.

No entanto, vale ressaltar que diversos cortes precisarão ser feitos para que seja possível exibir a trama na faixa da tarde.

Confira três exemplos:

Abertura

Tieta foi uma das icônicas aberturas feitas por Hans Donner nos anos 1980 e 1990. Ao som de Tieta, de Luiz Caldas, Isadora Ribeiro aparecia com os seios à mostra.

Como não será possível exibir a abertura original no horário, a emissora precisará fazer adaptações, como já aconteceu, por exemplo, com a reprise de Mulheres de Areia (1993).

De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, a Globo ainda avalia se vai mudar a abertura original ou reformular a vinheta.

“Como outras reprises, a novela pode apresentar adaptações (edições ou ajustes) em seu conteúdo para se adequar ao horário de exibição”, informou a Globo.

Vale lembrar que a abertura de Tieta já foi modificada anteriormente, na reprise que ocorreu em 1994.

Temas pesados

Muitas cenas de Tieta certamente serão cortadas, já que a novela abordou temas polêmicos, como incesto, pedofilia, ninfomania e teve cenas de nudez explícita.

Uma das tramas que mais escandalizou o público na época foi o romance entre Tieta (Betty Faria) e seu sobrinho, Ricardo (Cássio Gabus Mendes), que era um seminarista.

Além disso, o coronel Artur da Tapitanga (Ary Fontoura) abusava de jovens que levava para sua casa, chamando-as de “rolinhas”.

Sem filtro

Feita para a faixa das oito numa época em que a televisão havia acabado de se libertar da Censura, Tieta abusou de expressões e xingamentos que não costumam ver vistos atualmente na televisão.

Quando Tieta regressa à cidade, pode xemplo, Bafo de Bode (Bemvindo Sequeira) diz que ela não é uma mulher, mas “uma plantação inteira de xibiu” – palavra usada para se referir ao órgão sexual feminino.

Além disso, a palavra “quenga” foi dita em praticamente todos os capítulos.

Sem contar o fanatismo religioso de personagens como Perpétua (Joana Fomm), Amorzinho (Lilia Cabral) e Cinira (Rosane Gofman), que pode exercer um efeito contrário e incomodar os mais conservadores, público que a Globo, ultimamente, estaria querendo agradar.