TOP 10: assim como Aurora, de A Força do Querer, as mães que perderam as estribeiras com as filhas

A Força do Querer, definitivamente, já entrou para a galeria de grandes novelas da nossa TV. Todos os capítulos da trama de Gloria Perez mobilizam os telespectadores, que garantem novos recordes de audiência a cada semana e levam diariamente os personagens da obra aos TrendingTopics do Brasil e do mundo. Ontem (12) foi a vez de Aurora, brilhantemente interpretada pela tarimbada Elizangela, arrebatar o público com a cena em que agride e depois ampara a filha Bibi (Juliana Paes), presa em razão das práticas criminosas de seu marido Rubinho (Emílio Dantas) – e de seu péssimo hábito de ostentar o que é ilícito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não foi, contudo, a primeira vez que uma mãe desesperada partiu para cima de uma filha prestes a dar um mau passo (ou já pelo meio de um desvirtuado caminho). O TV História lista agora 10 tabefes que estalaram na telinha e agitaram a galera do sofá.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A mais clássica destas cenas é, sem dúvida, a de Vale Tudo (1988) em que Raquel (Regina Duarte) estapeia Maria de Fátima (Glória Pires) após tentar, sem êxito, impedir o casamento da vilãzinha com Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes). A culinarista pensou estar desmascarando a filha, mas Odete (Beatriz Segall) já tinha consciência do caráter ambicioso da moça – e fazia gosto, inclusive, na união, tendo até confabulado com Fátima para separar Raquel de Ivan (Antônio Fagundes), o marido que julgava ideal para sua primogênita Heleninha (Renata Sorrah).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Regina Duarte voltou a bater numa de seus filhas de ficção para “chama-la à realidade”. No caso, Carla Marins, em História de Amor (1995). Helena era a mãe que acobertava a gravidez indesejada de uma quase adolescente, cujo pai, Assunção (Nuno Leal Maia), era uma fera. Voluntariosa, Joyce continuava se encontrando com Caio (Ângelo Paes Leme), pai de seu bebê que chegou ao cúmulo de empurrá-la de seu jipe em movimento ao descobrir a gestação. Intimidada, Helena não se aguentou: deixou os cinco dedos de sua mão direita estampados na cara de Joyce.

Aliás, Manoel Carlos é especialista em acerto de contas entre mãe e filha. Mimada num grau que beirava o insuportável, Camila (Carolina Dieckmann) desfrutava do dinheiro da mãe, Helena (Vera Fischer), para circular pelo Rio de Janeiro, batendo ponto, claro, na casa de Alma (Marieta Severo), a “titia querida” que a empurrava para cima de Edu (Reynaldo Gianecchini) – ninguém mais, ninguém menos que o namorado de Helena. Por fim, os Laços de Família (2000) falaram mais forte e a mãe abriu mão do rapaz em favor da filha imatura, que apanhou merecidamente.

A inveja que Isabel (Adriana Birolli) nutria da irmã, Luciana (Alinne Moraes), a afastou da mãe, Tereza (Lilia Cabral). A antipática riquinha de Viver a Vida (2009) também implicava com a caçula, a adotada Mia (Paloma Bernardi). O ápice do recalque se deu quando a primogênita, em tour no exterior – onde atuava como modelo -, mandou uma mensagem de aniversário para a mãe que Isabel tratou de esconder. Tereza descobriu tudo e, ao confrontar a filha, quase tomou um tapa. A resposta veio rápido: a socialista não hesitou e deu inúmeras cintadas na “coisinha ruim”.

O cinto também “cantou” em Felicidade (1991), outro trabalho de Manoel Carlos. Tentando evitar que a filha Débora (Vivianne Pasmanter) aprontasse mais do que já havia aprontado, o casal Gerson (Othon Bastos) e Alma (Esther Góes) providenciou para ela uma temporada fora do país. Mas na hora H, Débora – que vivia de correr atrás de Álvaro (Tony Ramos) e de impedir o relacionamento deste com Helena (Maitê Proença) – se negou a ir para o aeroporto. Não teve jeito! Alma passou a mão na cinta e castigou Débora, arrependida por não ter feito isso antes.

Também na linha “desvio de caráter”, Raquel (Glória Pires), de Mulheres de Areia (1993). Após passar meses escondida numa cabana, depois de um acidente de barco que fez com que todos acreditassem que ela estava morta, a vilã volta disposta a assumir seu posto de esposa junto a Marcos (Guilherme Fontes), “destronando” a irmã gêmea Ruth (também Glória). Embora tenha prometido a mãe, Isaura (Laura Cardoso), que a professorinha não seria alvo de sua vingança, Raquel não tardou a confrontá-la. E acabou apanhando de sua maior protetora (a partir de 00m51s).

O útero de Isabela (Cláudia Ohana) era tão seco quanto o de suas titias. Única herdeira da família Ferreto, a “bambina” forjou uma gravidez para segurar o marido Marcelo (José Wilker), que tomou de Ana (Susana Vieira), a “amante oficial”. Eis que para simular um aborto, Isabela pediu auxílio à mãe, Carmela (Yoná Magalhães), uma exceção no clã maléfico de A Próxima Vítima (1995). Revoltada com tamanha sordidez, Carmela desferiu um “tapaço” na filha – mas consentiu em prosseguir com a mentira perante às irmãs e o pai da criança.

Cristina (Flávia Alessandra) estava prestes a concretizar seus planos de se tornar mulher de Rafael (Eduardo Moscovis), que, atormentado pela lembrança de seu verdadeiro amor, Serena (Priscila Fantin), rejeitou a oferecida vilã. A loira má de Alma Gêmea, contudo, não quis ficar no zero a zero e foi até a ala dos criados seduzir o motorista Ivan (Thiago Luciano). Acabou flagrada por Débora (Ana Lúcia Torre), mentora de seus planos maléficos. É claro que a víbora-mãe chamou a filha de volta à realidade com um sonoro tabefe!

Numa outra novela de Gloria Perez, O Clone (2001), outra mãe em desespero partiu para a violência. Com a toxicômana Mel (Débora Falabella) decidida a importunar os convidados da festa de casamento de seu avô, Leônidas (Reginaldo Faria), e, principalmente, intimidar a mãe, Maysa (Daniela Escobar), não restou alternativa para esta: sem paciência, a esposa de Lucas (Murilo Benício) estapeou a herdeira e depois caiu no choro, decepcionada consigo mesma por não saber mais como lidar com aquela situação. Já Mel causou do mesmo jeito, acabando com a recepção.

Por fim, Cristal (2006), do SBT, com o caso da filha que não aceitava a mãe. Não porque seu caráter era ruim; pelo contrário! Cristina (Bianca Castanho) sempre sonhou em conhecer sua genitora – da qual foi afastada por obra da avó Luísa (Eliana Guttman). Desconhecendo o parentesco, ela se indispôs de todas as formas como a dificílima Vitória (Bete Coelho), ressentida estilista, madrasta de seu namorado João Pedro (Dado Dolabella). Cristina custou a aceitar a realidade quando esta veio à tona, obrigando Vitória a recorrer a um “golpe baixo”.


Autor(a):

Sair da versão mobile