Tirada do ar, atriz suplicou papel em novela da Globo: “Pedi de joelhos”

Susana Vieira - Terra e Paixão

Susana Vieira como Cândida em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)

Uma das atrizes mais famosas da televisão brasileira, Susana Vieira já esteve em dezenas de novelas da Globo – a mais recente é Terra e Paixão, atual novela das nove da emissora (foto abaixo). A participação, no entanto, foi bem curta, visto que sua personagem, Cândida, morreu e, portanto, foi tirada do ar.

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Reprodução / Globo

Mas, para participar de uma delas, a atriz teve que praticamente suplicar para fazer parte do elenco. Estamos falando de O Espigão, trama assinada por Dias e exibida pela emissora entre abril e novembro de 1974, na extinta faixa das 10 da noite.

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Estrelada por nomes como Milton Moraes, Carlos Eduardo Dolabella e Betty Faria, a trama desenvolvia-se no Rio de Janeiro, onde Lauro Fontana, personagem de Moraes, queria construir o hotel mais moderno do mundo, o Fontana Sky, popularmente conhecido como espigão, com uma piscina em cada andar e uma rampa de acesso exclusivo para cada apartamento.

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O empresário queria construir o edifício numa área do bairro de Botafogo, pertencente a quatro irmãos. O pai deles, antes de morrer, pediu que conservassem a mansão que ficava no terreno.

Dos quatro, apenas um deles, o playboy vivido por Dolabella, queria fechar o negócio e torrar o dinheiro na noite carioca.

Perfil

Uma das irmãs era Tina Camará, que foi justamente vivida por Susana Vieira. Na época com 32 anos, a atriz já havia participado de produções como A Próxima Atração, Pigmalião 70, Minha Doce Namorada e O Bofe, na Globo.

Conforme a atriz contou ao Gshow em 2019, ela tinha muita vontade de trabalhar com Dias Gomes e descobriu que O Espigão estava sendo criada. No entanto, ele disse que não tinha nenhum personagem com o seu perfil.

“Faltava escalar uma atriz para fazer o papel de uma quarentona e solteirona e completamente assexuada, que se escondia atrás de umas roupas fechadas, cabelo de coque, sem maquiagem… Então não podia ser eu, no auge da juventude e beleza”, explicou a artista.

“Como precisava trabalhar, e na época a gente fazia contrato por novela, eu aceitei. Falei: ‘Por favor’, pedi de joelhos, quase. ‘Eu faço tudo que vocês quiserem… me desglamorizem, desembelezem, me enfeiem, mas eu vou fazer a novela”, completou.

Papel abriu portas

Deu certo. Ela conquistou o papel e acabou recebendo o prêmio da Associação Política dos Críticos de Arte (APCA) como a atriz revelação daquele ano.

O desempenho também garantiu um papel de destaque em Escalada, novela das oito exibida pela emissora em 1975.

Esse no entanto, foi um dos poucos papeis que Susana pediu na carreira. Em participação no programa Damas da TV, do canal Viva, em 2013, ela disse que evitava esse tipo de abordagem junto aos autores e diretores.

“Eu tenho vontade de pedir papel, às vezes. Tenho, porque eu vejo novela de uma pessoa que eu nunca fiz, ou que eu gostaria de fazer, mas eu tenho vergonha, porque se a pessoa falar não, eu vou ficar tão doida”, explicou.

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