Antes de qualquer coisa, devo admitir que viagens no tempo e suas variáveis me fascinam desde sempre. O desejo de ter tal habilidade sempre mexeu com meus sonhos juvenis. Assisti mais de uma vez: A Máquina do Tempo (2002), A Casa do Lago (2006), Te amarei para Sempre (2009), Meia-Noite em Paris (2011), About Time (2013) e, claro, os clássicos da trilogia De Volta para o Futuro (1985-1990).

Em questão de Séries, acompanhei Heroes (2006), Fringe (2008), Misfits (2009) e Alcatraz (2012) – isso para citar as que me recordo rapidamente e que, de uma maneira ou de outra, abordam a temática.

Movido por essa paixão que vem de sempre, quando fiquei sabendo sobre Time After Time, me empolguei. Após ficar um longo tempo fora do mundo das séries, procurava algo que me cativasse logo de cara e… Foi batata!

Time After Time, que estreou no canal americano ABC no dia 5 de março, veio com essa premissa de trabalhar o tema viagem no tempo, frisson pra muita gente por aí. Mas o que me pegou pelo colarinho, na verdade, foi a história e os personagens nela envolvidos (devo confessar que não tinha conhecimento da obra de Karl Alexander, Time After Time (1979), romance que inspirou a série).

Ora, viagem no tempo fascina, mas com o escritor H.G. Wells – autor britânico ícone da ficção científica com obras como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos – e o assustador Jack, o Estripador, serial killers que viveu na longínqua Londres de 1888, numa trama envolvente é empolgante!

Veja abaixo sinopse da série:

Em 1893, o ainda desconhecido Herbert George Wells recebe alguns amigos em sua casa, sem saber que entre eles está Jack, o Estripador, temível assassino em série londrino na época. O anfitrião Wells mostra para os amigos uma máquina do tempo que está construindo em seu porão, quando a Scotland Yard bate à sua porta atrás de Jack, que cometeu um assassinato recentemente nas redondezas. Leslie John Stevenson, vulgo Jack, o Estripador, quando vê que a polícia britânica está no seu encalço, se refugia no porão do amigo e bota a máquina do tempo em ação, indo parar em Nova York, em 2017. Agora, Wells vai atrás do “amigo” para levá-lo de volta para Londres, em 1893, para que ele pague pelos seus crimes.

Estrelado por Freddie Stroma (Harry Potter e Game of Thrones), na pele de H.G. Wells, Time After Time também conta com Joshua Browman (o Daniel, de Revenge), na pele do temível Dr. Stevenson, vulgo Jack, e, finalizando o trio de destaque, a linda Genesis Rodriguez, como Jane Walker. A trama é dirigida por Kevin Williamson (The Vampire Diaries e Dawson’s Creek).

O episódio de estreia da série exibido no dia 5 de março é bastante empolgante! As descobertas do futuro feitas por H.G são fascinantes e cômicas, indo do medo de entrar em um taxi após ser atropelado por um “grande veículo amarelo” até lamber um desodorante e se machucar com um barbeador elétrico. No entanto, o que mais me encantou no episódio piloto foi o “choque” romântico entre o protagonista e a belíssima Jane Walker: imagine só um homem de 1883 se apaixonando por uma mulher de 2017? A distância de mais de século entre eles torna o encontro engraçado, dando um apelo romântico muito bom de se ver. “Eu te acho, Jane Walker, particularmente especial”. <3

No segundo episódio, exibido também no domingo, a série passa a tomar “caminhos” de maior ação e mistérios, ainda em processo de apresentação de personagens e construção da história. A primeira temporada, que terá 13 episódios, ainda não tem previsão de estreia para o Brasil, mas é exibida semanalmente aos domingos pela ABC, às 22h no horário local.

Vale a pena ir se preparando para assistir Time After Time e já ir pesquisando e assistindo algumas coisas por aqui e ali na internet. Nesses dois primeiros episódios, fiquei curioso e na expectativa para os próximos. O tema me fascina, particularmente, mas a história tem personagens muito interessantes para se trabalhar e seu apelo ao humor e ao romance é genuinamente agradável. Sabemos, é claro, que conduzir histórias com viagens no tempo não é tarefa fácil, se não souberem dar sequência lógica e deixarem ‘furos’ demais na trama, pode-se estragar um trabalho que, a priori, pode ir longe.

Destaco ainda, o choque que H.G. Wells sentiu com esse mundo “quebrado” em que vivemos. Sua utopia era que no futuro os homens se respeitassem e caminhassem juntos não importando a diferença de cor de suas peles, que as mulheres estivessem no comando sem que isso fosse espantoso… Para Wells, no futuro haveria paz, as pessoas evoluiriam e tudo seria perfeito. Por isso, tamanha obsessão do escritor para sair do seu tempo e, tamanha decepção retratada muito bem enquanto ele chora em frente a televisores em um bar, ao ver que a humanidade está perdida.

Os atores de Time After Time merecem destaque também! São jovens de muito talento, não há discussão.

Josh mostra seu potencial para ser perverso, lunático, bom de lábia… É um Estripador que não é tão bicho papão assim, aparentemente, é o garotão boa pinta. Stroma é o galã que causa frisson nas garotinhas, principalmente por figurar no amado universo de Harry Potter e Game of Thrones. Mas, mais que todos os marmanjões, a Genesis já tem espaço na minha Galeria. Não conhecia ela não, devo confessar, mas gostei! Quero ver mais do seu trabalho! 😉

Tá aí uma série que promete, se for bem conduzida pode ir longe. Divirtam-se!

FICHA TÉCNICA
Nome: Time After Time
Ano: 2017
Canal: ABC
Dia exibido originalmente: domingos, às 22h
Brasil: Sem data definida


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Inquieto e ansioso desde 1987, Jônatas Mesquita é jornalista e viu o TV História dar os primeiros passos, das viagens regadas a tubaínas e FIFA à audiência europeia. Vive em Lisboa e não precisa de dublagem para assistir às novelas portuguesas Leia todos os textos do autor