The Voice + foi ao ar em momento errado e manteve equívoco do formato

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Não é novidade que o The Voice Brasil está a cada ano mais desgastado e com uma repercussão fraca. Ano passado foi o pior momento do reality musical da Globo, que perdia toda semana para A Fazenda 12, da Record.

O The Voice Kids ainda tinha um pouco mais de fôlego, mas até o formato com crianças sofreu desgaste. Com o intuito de retomar o fôlego de um produto rentável, a emissora criou o The Voice +, que estreou no dia 17 de janeiro e chega ao fim neste domingo, dia 4 de abril.

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Com candidatos de 60 anos ou mais, a temporada nova conseguiu despertar interesse. Isso porque há muitos cantores veteranos no ostracismo que ganharam uma boa oportunidade com o programa, além de figuras carismáticas e de grande talento.

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Vários aposentados e que já nem tinham mais motivação na carreira. Ou então que querem alçar novos voos. É contagiante ver a animação e a emoção de vários vovôs e vovós no palco. E muitos que nem aparentam a idade que têm, vale ressaltar. O êxito da audiência nas tardes de domingo prova que funcionou.

Entretanto, o equívoco observado no The Voice Brasil e Kids novamente aparece. A escalação dos técnicos. Cláudia Leitte e Daniel novamente? Nada contra os talentosos cantores, mas estiveram em várias temporadas dos outros formatos. Não tinham nomes diferentes? Ludmilla e Mumuzinho foram boas novidades, mas como não ter um técnico com mais de 60 anos para avaliar participantes que têm mais de 60?

Aliás, o fato do júri ser composto por avaliadores ‘mais jovens’ várias gafes já foram ao ar. Ninguém conhecia Billynho Blanco, que ainda foi reprovado. Dudu França, que estourou nas rádios em 1978, também não mereceu um comentário a mais dos jurados. Vera Canto e Mello (professora de canto mais importante do Rio de Janeiro) – que se classificou para a final – e Leila Maria foram outras que passaram despercebidas, ainda que tenham sido aprovadas na primeira rodada. Parece bobagem, mas é uma falha grave em se tratando de uma equipe chamada de técnicos.

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E a verdade é que o formato estreou em um péssimo ano. A pandemia do novo coronavírus está longe de acabar e os idosos são o grupo de maior risco. E, atualmente, o Brasil vive a pior fase do contágio, enquanto o resto do mundo apresenta uma significativa diminuição de casos através das medidas protetivas e vacinação em massa.

Mesmo com todos os protocolos possíveis, fica difícil não pensar nos riscos. É uma boa ideia em um mau momento. Até justificaria a não escalação de cantores mais experientes para o júri, mas acaba caindo por terra diante dos candidatos de idade avançada.

O The Voice + é um sopro de renovação em um formato já tão desgastado. Foi um prazer prestigiar tantos talentos todo domingo. Mas o momento para exibir um formato do tipo não é o adequado e a escolha dos técnicos segue como principal problema da competição musical.

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