Novela em reprise no Viva, América (2005) enfrentou muitos problemas e sofreu reviravoltas com a história em andamento. Marcada por brigas e polêmicas, a trama passou por muitas mudanças.
Divergências entre Gloria Perez e o diretor Jayme Monjardim movimentaram os bastidores antes mesmo da estreia do folhetim, que já entrou no ar sob o conflito interno entre os dois.
Por conta de críticas, a autora promoveu uma série de alterações no enredo. Com a novela envolvida em polêmicas, a Globo descartou até cena que já havia sido gravado.
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Troca no elenco
Os problemas de América tiveram início ainda na fase de produção. A escalação foi motivo de discórdia entre Gloria e Monjardim. O diretor defendia que Camila Morgado e Marcos Palmeira interpretassem os protagonistas Sol e Tião.
No entanto, o desejo da autora era ter Deborah Secco e Murilo Benício estrelando sua trama. Ela acabou vencendo a queda de braço e teve seu desejo atendido.
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Briga e saída de diretor
Depois que a novela entrou no ar, os problemas persistiram. Isso porque o tom adotado por Monjardim desagradou Gloria Perez, que não gostou nada do que estava sendo exibido.
Com os desentendimentos constantes, o diretor deixou o folhetim depois de apenas 38 capítulos gravados. Marcos Schechtman, que já estava na equipe, assumiu o comando dos trabalhos e realizou as alterações que a novelista julgava necessárias.
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Abertura alterada
Schechtman assumiu o lugar de Monjardim e fez mudanças profundas em América, alterando até mesmo a abertura. O antecessor havia escolhido uma abertura com um tom mais dramático com o tema Órfãos do Paraíso, de Marcus Viana.
Com o novo diretor, a trama passou a ter uma abertura alegre e colorida ao som da canção Soy Loco Por Ti América, na voz de Ivete Sangalo.
Polêmica entre brasileiros nos EUA
A dolorosa fase em que Sol tenta atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos gerou polêmica. A sequência de desgraças que acontece com a protagonista revoltou alguns brasileiros que entraram ilegalmente no país norte-americano.
Em conversa com a BBC, Maria Rocha, de 51 anos, expôs sua insatisfação com toda a dificuldade enfrentada por Sol, que tem vários problemas na fronteira antes de conseguir chegar aos EUA. Ela classificou os acontecimentos como “exagerados”.
Trama alterada
Durante a novela, Gloria Perez enfrentou uma polêmica com a trama que retratava os rodeiros. A autora chegou a receber críticas e até ameaças no extinto Orkut. Com a pressão de instituições de defesa aos animais, a Globo rebateu as críticas alegando que servia para a sociedade “refletir”.
Originalmente, os personagens de Gabriela Duarte (a veterinária Simone), Caco Ciocler (o tradutor Ed) e Raul Gazolla (o advogado Helinho) deveriam defender a causa animal. Porém, a novelista decidiu excluir essa parte e alterou a trama.
“Deve existir gente séria atuando nessa causa nobre”, alegou ela na época.
Mudança no drama de Sol
No decorrer de América, Sol se envolve com Ed e acaba engravidando dele. Na sinopse inicial, no entanto, estava previsto que a mocinha engravidaria do peão americano Nick (Lucas Babin).
A jovem enfrentaria o maior drama no relacionamento, já que numa das vezes em que aparecesse para visitar o filho, Nick fugiria levando ele, o que daria início a uma dolorosa batalha judicial.
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O desfecho de Sol e Tião
Uma das surpresas do final de América foi o desfecho de Sol e Tião. O público aguardava que os dois ficassem juntos por serem os protagonistas da novela, mas não foi isso que aconteceu.
No fim, Sol fica com Ed, que é o pai de seu filho. Já Tião termina ao lado de Simone, com quem se entende.
Beijo gay excluído
Na época, América surpreendeu com um relacionamento gay entre Junior (Bruno Gagliasso ) e Zeca (Erom Cordeiro) e havia a expectativa em torno de um beijo gay entre os dois no último capítulo.
A cena do beijo entre Júnior e Zeca chegou a ser gravada, mas em cima da hora a direção da Globo resolveu não levar ao ar, causando frustração em parte dos telespectadores. A sequência, inclusive, foi completamente apagada e não existe mais.
