A Viagem – Semana #9

• Téo – parece – finalmente sai de casa, após descobrir que Diná colocou um detetive atrás dele. A discussão com a esposa foi homérica e Maurício Mattar esteve muito bem em cena. Diná, desesperada, caiu de cama. Será que caiu em si? Acho que ainda não, apesar de a personagem já concordar que Otávio é um bom homem. Aguardemos os surtos de Diná ao descobrir que Téo e Lisa estão romanticamente envolvidos.

• Estou eufórico com um entrecho que não lembro de ter dado tanta atenção em 1994 (única ocasião em que vi a novela inteira). Sempre que aparece Laura Cardoso, fico magnetizado por Dona Guiomar sob a influência de Alexandre. Destaque para a trilha incidental, sempre muito bem pontuada, que ajuda a potencializar a tensão das cenas.

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• Maravilhosa e digna dos melhores filmes de terror toda a sequência em que Guiomar olha fixamente para a árvore e fala “Meu marido dizia que a força dessa casa vinha dessa árvore. Agora eu sinto que a minha força também vem dessa árvore“. Aí ela se vira e a câmera focaliza Alexandre na árvore. De arrepiar. Ainda mais porque foi a primeira vez que o espírito de Alexandre surgiu entre os personagens.

Só acho que faltou alguma explicação para sua saída momentânea do Vale dos Suicidas, ou alguma cena que mostrasse essa passagem do vale para a fazenda. Porque no vale Alexandre olhava muito para uma luz, mas nada acontecia. E, de repente, ele aparece na fazenda de Guiomar. Achei que faltou algo. Talvez seja explicado mais adiante.

• Outra sequência muito boa: Alberto visita Dona Guiomar e fica muito perturbado com a energia carregada dela. Eu cheguei a rir porque parecia que Claudio Cavalcanti estava tremendo. Aliás, acho que já elogiei o ator aqui nessa coluna, mas nunca é demais. Alberto parece tão real, com sua voz mansa e jeito apaziguador, mas firme, que outro ator não teria feito tão bem.

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• Na Festa da Pizza, na vila, promovida por Cininha, houve um momento em que os personagens começaram a dançar porque alguém colocou uma música. Só que a música inserida na cena, que mais parecia um minueto, era totalmente fora de sincronia com a dança dos personagens. Bem, já estamos acostumados: toda as cenas da banda de Zeca são assim. Não me conformo com isso, é muito ruim!

• Outras duas sequências da semana que merecem citação: Diná e Estela, do helicóptero, jogam as cinzas de Alexandre ao mar; e Dudu vai à casa de Diná falar uns desaforos para ela – o então menino Daniel Ávila era muito bom no papel do garoto Dudu.

• Morri de rir quando apareceu escrito VINGANÇA na tela do computador de Dudu.

SOBRE O AUTOR
Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira.

SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor