Atualizar uma novela, especialmente um grande clássico, não é tarefa simples. Se antes os remakes eram populares somente pela força do título, atualmente as emissoras enfrentam resistências a tais produtos.

A Usurpadora

Por isso, os canais precisam ser criteriosos quando decidem recontar uma mesma história, com outro elenco e novas discussões. A Globo se saiu bem com Pantanal; a Televisa, por sua vez, tem oscilado entre sucessos e fracassos.

Vale a pena fazer de novo?

A Usurpadora

Nos últimos anos, a Televisa transformou novelas clássicas em séries. Depois das novas versões de A Usurpadora (2019), Ambição (Cuna de Lobos, 2019) e Rubí (2020), a produtora lançou Os Ricos também Choram (2022), que chega em breve ao Globoplay.

A primeira versão de A Usurpadora foi estrelada por Gabriela Spanic no papel das gêmeas Paola e Paulina. Já na adaptação de 2019, as irmãs ganharam o corpo de Sandra Echeverría. Toda a trama foi contada em apenas 25 episódios.

Além da história transcorrer de maneira diferente, com entrechos modernos, o ritmo foi alterado, ficando muito mais próximo dos dias atuais. Só que quando o SBT exibiu a produção, foi possível notar que, além do público preferir o folhetim clássico, faltava um dos atrativos, Gaby.

Diante do resultado negativo, a emissora decidiu recorrer à tesoura e encurtar a transmissão. A versão original do remake de A Usurpadora está disponível na íntegra no catálogo do Prime Video.

Debates importantes em nova versão

Cuna de Lobos

A versão original de Ambição, veiculada pelo SBT na década de 1990, ficou imortalizada pela figura da vilã Catalina Creel (María Rubio). A mãe de Alexandre (Alejandro Camacho) usava um tapa-olho, sua marca registrada, para torturar o enteado, José Carlos (Gonzalo Vega), culpando-o pelo acidente em que supostamente teria perdido um dos olhos.

Na adaptação de 2019, a produtora Giselle González optou pela manutenção do esqueleto principal da trama, com algumas mudanças. A vilã foi interpretada pela atriz Paz Vega e a trama abordou alguns temas atuais como a bissexualidade, o consumo de drogas e a prostituição.

A atualização de Ambição atraiu um público mais jovem, conectado às plataformas de streaming. A série ainda não foi exibida na TV aberta; o Prime Video oferece todos os capítulos.

Aposta certeira

Rubí

Lançada em 2020 no México, a série Rubí foi um sucesso! No Brasil, a produção ficou por algumas semanas entre as mais assistidas do Globoplay. O remake ainda não ganhou exibição em TV aberta.

O texto foi adaptado em diversas ocasiões, mas a versão mais conhecida é a de 2004, com Bárbara Mori como protagonista.

Convertida em uma série de 26 episódios, com Camila Sodi no papel principal, Rubí contou com as participações de José Ron, galã de A Desalmada, e Marcus Ornellas, brasileiro que brilha em terras mexicanas, no elenco.

A história começa com a jornalista Carla Rangel (Ela Velden), que decide produzir uma reportagem especial sobre uma mulher misteriosa que vive nas redondezas da Cidade do México; no caso, Rubí.

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