Tarde demais: cinco artistas que se arrependeram de fazer novelas da Globo

Tony Ramos e Renata Gaspar em Terra e Paixão

Tony Ramos (Antônio) e Renata Gaspar (Mara) em Terra e Paixão (Divulgação / Globo)

Intérprete de Mara em Terra e Paixão, Renata Gaspar tornou pública sua insatisfação com os rumos da personagem na novela das nove da Globo. A atriz contou ao público que sua personagem e Menah (Camilla Damião) não devem mais ter uma trama na obra. Com isso, a emissora “apaga” o casal de mulheres da história criada por Walcyr Carrasco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tony Ramos (Antônio) e Renata Gaspar (Mara) em Terra e Paixão (Divulgação / Globo)

Assim, a atriz deve ter se arrependido de ter trocado Amor Perfeito (2023), trama em que estava inicialmente escalada para viver Darlene, por Terra e Paixão. Ela se junta a outros atores que também reclamaram publicamente das novelas que atuavam.

Abaixo, elencamos cinco atores que se arrependeram das novelas que fizeram.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Renata Gaspar

Renata Gaspar e Camilla Damião em Terra e Paixão (Divulgação / Globo)

Renata Gaspar estava escalada para viver Darlene em Amor Perfeito quando foi movida para o elenco de Terra e Paixão. Assim, enquanto Carol Castro assumiu a personagem na novela das seis, Renata iniciou seu trabalho no horário nobre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Na trama, Mara é uma mulher que vive um casamento falido e dá a volta por cima ao se apaixonar por Menah. No entanto, o romance entre as duas mulheres nunca foi plenamente desenvolvido na trama das nove da Globo. E, de acordo com Renata Gaspar, nem vai.

“Amores, Mara e Menah não terão mais trama na novela. Acho que quando tudo acabar falaremos mais do que passamos. Mas é isso, viramos as tias, que ficam de fundo na festa e ninguém pergunta sobre sua história pois não querem saber. É aquela tia que vive com a amiga dela”, disparou a artista em seu perfil no X (ex-Twitter).

[anuncio_2]

Emílio Dantas

Emilio Dantas e Danilo Mesquita em Segundo Sol (Divulgação / Globo)

Depois de se destacar em A Força do Querer (2017), Emílio Dantas foi alçado ao posto de protagonista de Segundo Sol (2018). Na trama de João Emanuel Carneiro, o ator vivia Beto Falcão, um cantor baiano que é dado como morto e, por conta do “sucesso póstumo”, decide viver às escondidas.

Porém, Segundo Sol foi alvo de inúmeras críticas, já que a trama se passava na Bahia, mas contava com um elenco majoritariamente branco. Isso causou polêmica, já que o estado tem população predominantemente negra. Por isso, Emílio admitiu que não devia ter aceito viver o personagem.

“Foi muito errado eu ter feito o Beto Falcão. Jamais deveria ter aceitado esse papel. Não por conta do autor ou pela empresa. É que não condiz com a realidade. A Bahia é feita 95% de pretos e quem deveria estar contando essa história era um preto. Acordei para isso muito tarde”, salientou, em depoimento ao portal UOL.

 

Silvero Pereira

Divulgação / Globo

Em A Força do Querer (2017), Silvero Pereira fez um enorme sucesso como Elis Miranda, uma travesti que, durante o dia, era Nonato, o motorista de Eurico (Humberto Martins). O personagem era fundamental no processo de aceitação de Ivan (Carol Duarte), que se descobre um homem trans durante a novela.

Mas, apesar do grande sucesso da personagem, Silvero contou que, atualmente, não aceitaria vivê-la. O ator acredita que Elis Miranda devia ter sido interpretada por uma travesti.

“Hoje eu não faria a Elis Miranda, muito provavelmente. Porque eu também me reeduquei sobre essa história, e a gente precisa estar de acordo com as lutas e as causas. Depois de A Força do Querer, eu não aceitei mais nenhum personagem trans/travesti, e inclusive deixei de fazer meus espetáculos por causa disso”, declarou o ator, em entrevista ao podcast Papo de Novela.

Susana Vieira

Susana Vieira como Cândida em Terra e Paixão (Reprodução / Globo)

Acostumada a personagens de destaque, Susana Vieira não escondeu o incômodo durante Andando nas Nuvens (1999). Gonçala, sua personagem, acabou tendo pouco espaço na trama escrita por Euclydes Marinho.

“O público reclama que apareço pouco. É um desperdício para mim e para a TV. Fico muito parada, gravo pouco. Estou acostumada a ‘ralar’ mais. Mas sou obediente ao autor. Estou no barco e vou com ele”, disse, em entrevista ao O Globo de 23 de maio de 1999.

Rosamaria Murtinho

Lima Duarte (Zé Paulo) e Rosamaria Murtinho (Isabel) em Corpo Dourado (Divulgação / Globo)

Veterana da televisão brasileira, Rosamaria Murtinho foi convidada para viver um dos principais papéis de Corpo Dourado (1998). Sua personagem, Isabel, era a matriarca da família central da história criada por Antonio Calmon.

Porém, o autor acabou mudando os rumos da personagem. Inicialmente, Isabel veria o fantasma do marido Zé Paulo (Lima Duarte) constantemente, tornando-se esquizofrênica. Mas a ideia foi descartada, o fantasma de Zé Paulo sumiu com a saída de Lima Duarte do elenco e Isabel partiu para outra história, o que incomodou sua intérprete.

“Com a saída de Lima Duarte, tudo mudou. Estava me preparando para pôr os pés na esquizofrenia. Mas, de uma hora para outra, arranjaram um casamento, às escondidas dos filhos, para a Isabel. Tenho a impressão de que não sou mais necessária na trama. Eu chego no estúdio e as cenas que faço são apenas para dar recados”, desabafou Rosamaria ao jornal O Globo em 12 de maio de 1998.

Sair da versão mobile