Nilson Xavier 

Semana #11

Toda semana destaco as qualidades de Pantanal e as razões de seu sucesso. Semana passada, tratei da trama, repleta de misticismo e realismo fantástico. Hoje, me volto ao elenco.

A fase das comparações dos mais saudosistas passou – ainda bem, tava chato já! Agora que a novela caiu nas graças do povo e todos os estranhamentos iniciais dissiparam-se, fica mais fácil aceitar cada corpo novo que apossou-se dos personagens.

Pantanal

O público, parece, entendeu que o Jove de Marcos Winter (de 1990) é diferente do Jove atual, de Jesuíta Barbosa, mais introspectivo. A bem da verdade, cada ator pode fazer uma leitura diferente do personagem vivido anteriormente por outro ator. Afinal é um novo corpo, que traz consigo uma bagagem, totalmente distinta. E isto é perfeitamente aceitável em interpretação.

O público também já compreende que os personagens considerados “chatos” em algum momento (Irma, Madeleine, Zé Lucas e Jove incluso) têm razão de ser e é capaz de reconhecer o talento de seus intérpretes.

Pantanal

Jesuíta Barbosa, Camila Morgado, Karine Telles e Irandhir Santos dispensam maiores apresentações, por trabalhos já aclamados no cinema e televisão. Irandhir faz de seu Zé Lucas um tipo único, no qual percebe-se todo o trabalho de criação, na fala, no gestual, no olhar. Até mesmo para distanciar-se do Joventino, papel que viveu da primeira fase.

O trabalho de preparação para o personagem é perceptível em cada ator do elenco, separadamente.

Os novatos e os experientes

Alanis Guilen, como Juma, Bella Campos, como Muda, Guito, como Tibério, e Leandro Lima, como Levi, são rostos, até então pouco conhecidos, que caíram nas graças da audiência e tornaram-se os novos queridinhos do Brasil. É perceptível em cada qual o desenvolvimento de um tipo humano, que tem base, estrutura e estofo.

Falando nele, Leandro Lima, que está em alta com seu personagem, tem chamado a atenção nas últimas semanas. Levi é de meter medo. Que entrega bacana!

Pantanal

José Loreto (Tadeu), Júlia Dalavia (Guta), Gabriel Sater (Trindade), Juliano Cazarré (Alcides), Paula Barbosa (Zefa) e Silvero Pereira (Zaquieu) não ficam atrás.

A citação a cada nome é para destacar o trabalho feito com cada ator pela equipe de direção de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez e pelos preparadores de elenco, Andrea Cavalcanti, Iris Gomes da Costa e Mareliz Rodrigues.

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Dos atores mais conhecidos e experientes, sabemos geralmente o que esperar, mas é sempre muito gratificante quando texto, direção e caracterização os levam a mostrar um trabalho primoroso, caso de Osmar Prado (Velho do Rio), Marcos Palmeira (Zé Leôncio), Dira Paes (Filó), Murilo Benício (Tenório), Isabel Teixeira (Maria) e Selma Egrei (Mariana).

Os que foram e os que chegam

Pantanal

Não posso deixar de fora os atores que já saíram da novela: Renato Góes (Zé Leôncio), Letícia Sales (Filó), Bruna Linzmeyer (Madeleine), Malu Rodrigues (Irma), Leopoldo Pacheco (Antero), Gabriel Stauffer (Gustavo), Caco Ciocler (Gustavo), Victória Rosseti (Nayara), Juliana Paes (Maria Marruá), Enrique Diaz (Gil), Fabio Neppo (Tião) e Chico Teixeira (Quim).

No sábado, o público foi apresentado à família paulista de Tenório: Aline Borges (Zuleica), Lucas Leto (Marcelo), Gabriel Santana (Renato) e Cauê Campos (Roberto).

Os destaques também se estendem às pequenas participações. E em novela que faz sucesso, até personagem pequeno cai nas graças do público, como o operador de rádio Ari, vivido pelo ator e dublador Claudio Galvan, que virou meme na internet. Câmbio, desligo.

Entrosamento

A propósito, o elenco tem publicado nas redes sociais o clima festivo das gravações, o entrosamento e o companheirismo por dias passados Pantanal, o que tem divertido os fãs da novela.

Afinal, novela de sucesso, todo mundo gosta, a emissora, os patrocinadores, o autor, o elenco e, principalmente, o público.

https://twitter.com/GuitoShow/status/1535299025355911168

 

 

 

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor