CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Susana Vieira completou 80 anos neste dia 23 de agosto. Uma das maiores atrizes brasileiras, ela soma mais de 60 anos dedicados à arte de interpretar. Com uma carreira profícua, Susana tornou-se uma das recordistas em novelas, com mais de 40 personagens fixas nos últimos 56 anos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Sônia Maria Vieira Gonçalves nasceu em São Paulo, em 23 de agosto de 1942. O nome Susana pegou emprestado da irmã Susana Gonçalves, também atriz. Bailarina desde criança, Susana Vieira entrou para a televisão em 1962, integrando o corpo de baile da TV Tupi. Logo foi chamada para atuar, nos teleteatros do TV de Vanguarda.
Entretanto, foi na TV Excelsior que Susana iniciou a carreira em novelas. A primeira foi Almas de Pedra, em 1966. Revezando-se entre as TVs Excelsior, Tupi e Record, a atriz atuou em mais oito novelas na década de 1960: A Pequena Karen, As Minas de Prata, Ninguém Crê em Mim, Estrelas no Chão, Amor Sem Deus, A Última Testemunha, Algemas de Ouro e Seu Único Pecado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
LEIA TAMBÉM!
Ida para a Globo
Susana Vieira foi casada com o diretor de novelas Régis Cardoso, pai de seu único filho, Rodrigo. Foi Régis que a levou para atuar nas novelas da Globo, em 1970 (quando já estavam separados). A primeira foi Pigmalião 70. Seguiram-se A Próxima Atração, Minha Doce Namorada e O Bofe.
Em 1974, Susana viveu sua primeira personagem de repercussão na Globo: Tina Camará, em O Espigão, uma balzaquiana virgem que sofria de surtos ao imaginar que os homens a perseguiam. Pelo papel, foi premiada pela primeira vez em sua carreira, com o APCA de melhor atriz daquele ano. O feito repetiu-se no ano seguinte, quando ganhou o prêmio por sua interpretação na novela Escalada, como Cândida Ribeiro Dias.
Inicialmente, Susana viveria em Escalada outra personagem, de menor importância na trama. Porém, a atriz que faria Cândida desagradou e foi dispensada, dando lugar a Susana, que oportunamente demonstrou grande desenvoltura ao viver uma mulher decidida e de temperamento forte. Por causa deste trabalho, a atriz foi escolhida para protagonizar Anjo Mau, no ano seguinte.
Babá quase perfeita
Nice, a babá de caráter duvidoso, fez um enorme sucesso. Foi a primeira parceria de Susana com José Wilker, com quem a atriz mais contracenou em novelas. Os dois voltaram a viver pares românticos em Fera Ferida (1993-1994), A Próxima Vítima (1995), Senhora do Destino (2004-2005), Duas Caras (2007-2008) e na minissérie Cinquentinha (2009).
Em 1978, após dois trabalhos de menor repercussão (Cláudia em Duas Vidas e Luciana em Te Contei?), Susana viveu outra personagem que lhe marcou a carreira: a insegura Marina Steen, em A Sucessora. Em 1979, foi Veridiana Gurgel em Os Gigantes, cunhada da protagonista Paloma (Dina Sfat), com quem travou uma batalha judicial.
No início dos anos 1980, Susana amargou papeis que pouco agregaram, nas novelas Baila Comigo (1981) e Partido Alto (1984). Atuou ainda na minissérie Quem Ama Não Mata (1982) e fez pequenas participações nas novelas Elas por Elas (1982) e Guerra dos Sexos (1983), além de ter atuado no exterior.
Mulheres fortes
A volta por cima ocorreu em 1985, na novela Um Sonho a Mais, como a vilã Renata. Seguiram-se Amanda, de Cambalacho (1986), e Marta, de Bambolê (1987-1988), mulheres batalhadoras e decididas. O Salvador da Pátria (1989) marcou a carreira da atriz, que viveu outra mulher de temperamento forte: Gilda Pompeo Toledo Blanco.
A década de 1990 iniciou com personagens bem defendidas pela atriz, mas doces demais para o furacão Susana Vieira: Laís Souto Maia, de Lua Cheia de Amor (1990-1991), e Clarita Assunção, de Mulheres de Areia (1993). Susana rendeu mais como a esfuziante Rubra Rosa, de Fera Ferida (1993-1994), e a italianíssima mamma Ana, de A Próxima Vítima (1995). Em 1996, a atriz foi convocada para suprir a ausência de Glória Menezes em Vira-lata.
A virada com Branca Letícia
Branca Letícia de Barros Mota, que viveu na novela Por Amor (1997), foi outro turning-point em sua carreira. A personagem arrogante, de língua viperina e atitudes nada politicamente corretas, tornou-se uma das maiores vilãs da teledramaturgia nacional. Entre suas vilanias, Branca ameaçou o próprio filho Leonardo (Murilo Benício) com uma tesoura.
O sucesso de Branca foi tanto que sua personagem seguinte – Gonçala, de Andando nas Nuvens, uma mulher doce e terna – ficou ofuscada. A atriz se dá bem mesmo com as personagens de temperamento forte, como ela. Seguiram-se Dorotheia de A Padroeira (2002), Lorena de Mulheres Apaixonadas (2003) e Maria do Carmo de Senhora do Destino (2004-2005) – em que a atriz travou uma batalha com Renata Sorrah, que vivia a vilã Nazaré Tedesco.
Entre pequenas participações em novelas e atuações em séries e minisséries, Susana Vieira completou sua carreira na teledramaturgia brasileira com Duas Caras (2007-2008), Amor à Vida (2013-2014), A Regra do Jogo (2015-2016), Os Dias Eram Assim (2017) e Éramos Seis (2019-2020).
Vida longa a Susana!