Considerada um dos maiores clássicos da teledramaturgia nacional, Estúpido Cupido (1976) será resgatada em breve. A trama será uma das atrações do Projeto Fragmentos, que trará novelas incompletas ao catálogo do Globoplay.
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Escrita por Mário Prata e estrelada por Françoise Forton, a novela ficou marcada por ter sido o último folhetim exibido em preto e branco pela Globo. Somente os seus dois últimos capítulos foram ao ar em cores.
De volta aos anos 1960
Marilu Bueno e Mauro Mendonça em Estúpido Cupido
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Estúpido Cupido foi exibida na faixa das 19 horas da Globo e agradou em cheio o público do horário. A trama era “de época”, mas retratava um período recente, os anos 1960. Apesar de ser uma época próxima, muita coisa havia mudado, e a trama promoveu uma espécie de resgate dos modismos da década de 60.
A novela se passava em uma pequena cidade do interior de São Paulo chamada Albuquerque. Ali, vivia um grupo de jovens envolvidos em situações típicas da juventude da época, com romances inocentes, festas glamourosas e muito iê-iê-iê.
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A trama girava em torno de Maria Tereza (Françoise Forton), conhecida como Tetê, uma normalista que sonhava em seguir rumo à São Paulo e se tornar Miss Brasil. Porém, seu namorado João (Ricardo Blat), bastante ciumento, era contra os planos da amada.
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Curiosidades de Estúpido Cupido
Estúpido Cupido
Estúpido Cupido foi a primeira novela de Mário Prata. A trama resgatou vários hits dos anos 1960 e devolveu o brilho à carreira de Celly Campello, intérprete da canção que dava nome à novela e embalava sua simpática abertura. A artista chegou a participar da trama.
O folhetim dirigido por Régis Cardoso reuniu um grande elenco. Elizabeth Savalla, Ney Latorraca, Luiz Armando Queiroz, Djenane Machado, Nuno Leal Maia, Célia Biar e Maria Della Costa, entre outros, estrelaram a produção.
Por conta da saga da protagonista, Estúpido Cupido fez uma reprodução fiel do concurso de Miss Brasil, contando inclusive com os mesmos apresentadores da atração na vida real, Hilton Gomes e Marly Bueno. A atriz Françoise Forton entrou em cena sem saber que sua personagem seria a vencedora e se emocionou de verdade nas gravações.
Estúpido Cupido foi a última novela a ser exibida em preto-e-branco na Globo. Apenas seus dois últimos capítulos foram exibidos em cores, o que surpreendeu até o elenco, que não sabia da novidade. Locomotivas (1977), sua substituta, já foi ao ar totalmente colorida. Na época, a faixa das seis, oito e dez já exibiam tramas em cores.
https://www.youtube.com/watch?v=XTaAnkirdHQ
Fragmentos
Ricardo Blat, Tião D’Ávila, João Carlos Barroso e Ney Latorraca em Estúpido Cupido
Infelizmente, Estúpido Cupido é uma das novelas que a Globo já não dispõe mais na íntegra em seus arquivos. A emissora perdeu muito do seu acervo ao longo de sua história, seja por má conservação, seja pelos incêndios que a estação enfrentou nos anos 1970.
Porém, o canal não vai privar o público do pouco material disponível da produção. Por isso, Estúpido Cupido foi uma das tramas escolhidas para abrir o Projeto Fragmentos, uma espécie de spin-off do Projeto Resgate do Globoplay. A intenção da Globo é disponibilizar tramas incompletas, mas de valor histórico.
O Projeto Fragmentos será inaugurado em 24 de janeiro de 2024, quando a nova ação será lançada oficialmente. Neste dia, além de Estúpido Cupido, a plataforma de streaming da Globo também disponibilizará versões incompletas de O Rebu (1974), Chega Mais (1980) e Coração Alado (1980).
