Após diversos boatos de que ganharia um remake na tela da Globo, a novela A Viagem estará mesmo voltando aos cenários artísticos. Mas será de uma maneira um tanto diferente da produção que conhecemos nos anos 90.
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O famoso folhetim de temática espírita escrito por Ivani Ribeiro se converterá em uma obra teatral. Solange Castro Neves, que colaborou nos textos da segunda versão da história, é a responsável por adaptar os roteiros para o teatro ao lado de Vitor de Oliveira e Thalma Bertozzi.
A cargo da produtora A Palavra E Som Entretenimento e a Oh!Artes, a narrativa que apresentava Alexandre (Guilherme Fontes), Otávio (Antônio Fagundes) e Diná (Christiane Torloni) será agora um musical.
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A previsão de estreia é para 2023. Os trabalhos, no entanto, começaram já no ano passado, entre audições, escolha de elenco e ensaios.
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O musical
A ideia inicial era de que a telenovela se convertesse apenas em uma peça, mas o sucesso da trilha sonora, que não poderia ficar de fora, transformou o projeto – que já existia há pelo menos cinco anos – em um musical.
“É uma equipe muito competente. A Solange teve a ideia de fazer um roteiro de ‘A Viagem’ para o teatro, que inicialmente não seria um musical. Mas, com os vários tratamentos, as canções foram sendo incorporadas. Já era uma proposta da Globo transformar grandes novelas em musicais, como fizeram com ‘Vamp’ [1991] e ‘Roque Santeiro’ [1985]”, contou o produtor Bruno Souza ao portal Tangerina.
A obra privilegiará os bons atores em detrimento de truques e recursos “hollywoodianos”, até mesmo por causa do tema principal ser um assunto mais sensível no âmbito da complexidade, de retratar a vida após a morte, filosofia do kardecismo de Allan Kardec.
“É um tema muito delicado, do espiritismo, nada pode ser à deriva, precisa ser feito com muito respeito. Nossa ideia não é fazer uma hiperprodução, com fantasminha voando nem elevador no palco. Vamos usar a verba para pagar cachês decentes para elenco e equipe”, afirmou o profissional, que é responsável pela produtora que está à frente do projeto.
Participações especiais
Reprodução / FacebookIndagado sobre a participação de artistas que estiveram na versão para a TV, o produtor conta que pode acontecer, mas que não será a prioridade.
“Já fizemos alguns convites, estamos estudando nomes. Mas daremos prioridade a artistas que não são figurinhas carimbadas do teatro. A ideia é revelar gente boa e que não tem chance em outras produções”, pontuou.
Estão previstas 32 apresentações por São Paulo, quando o espetáculo migrará para o Rio de Janeiro. A canção que dá nome ao produto, interpretado pelo grupo Roupa Nova (foto acima), não faltará e está prevista para o número de encerramento.
O musical de A Viagem terá direção musical de Tony Lucchesi, coreografias de Ciça Simões e direção artística de Diego Morais.
30 anos
Vale ressaltar que a própria Globo negou que estaria produzindo mais um remake para a história original de 1975, produzida inicialmente pela extinta TV Tupi.
Até mesmo Walcyr Carrasco (foto acima), apontado pela imprensa como responsável pelos textos, afirmou que não estava trabalhando na obra.
Em 2024, serão celebrados os 30 anos da versão da Globo para A Viagem.