Canal pago da Globo, o Viva definiu Cobras & Lagartos (2006) como a substituta de Sinhá Moça (2006) em sua faixa de reprises das 15h30.
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Protagonizada por Lázaro Ramos, Mariana Ximenes, Carolina Dieckmann e Daniel de Oliveira, a trama escrita por João Emanuel Carneiro foi um fenômeno de audiência no horário das sete nos anos 2000.
No entanto, o folhetim também esteve envolvido em uma grande polêmica, em que o autor foi acusado de plágio. A Globo chegou a sofrer ameaça de processo e acabou mudando o enredo da trama.
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Viva define a substituta de Sinhá Moça
A história gira em torno do império do rico empresário Omar Pasquim (Francisco Cuoco). Sem filhos, ele morre deixando sua herança para Duda (Daniel de Oliveira), mas a fortuna acaba nas mãos de Foguinho (Lázaro Ramos).
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Cobras & Lagartos sofreu acusação de plágio
Na época de sua exibição original, a trama foi acusada de plágio pelo cineasta Walter Salles. De acordo com o site Teledramaturgia, o cineasta acusou João Emanuel Carneiro de copiar no enredo da novela o filme Linha de Passe (que seria lançado em 2008).
O novelista já havia trabalhado junto com Salles em Central do Brasil (1998) e, em 2003, participou do desenvolvimento da sinopse de Linha de Passe. Como ele teve acesso aos roteiros do filme, o diretor percebeu que havia semelhanças com uma das histórias do folhetim.
A trama apontada como plágio era a de Duda e Bel (Mariana Ximenes). Assim como no filme, o mocinho era um motoboy que se apaixonava por uma jovem envolvida com música — na novela das sete da Globo, Bel tocava violoncelo.
Globo mudou novela após ameaça de processo
Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada na época informou que a Globo mudou o perfil de Duda de motoboy para motociclista depois da acusação incômodo de Walter Salles.
No decorrer dos capítulos, a parte que envolvia música foi saindo de cena por conta das alterações. Porém, o estrago já estava feito. Em nota enviada ao jornal na ocasião, o cineasta demonstrou ter se sentido traído por Carneiro.
“O que está feito está feito. Não tenho nada a acrescentar, até porque é difícil descrever a sensação que se tem quando um trabalho desenvolvido por um grupo de pessoas ao longo de quatro anos é colocado em risco de forma tão irresponsável. A tristeza é ainda maior quando a rasteira é dada por um ex-colaborador”, declarou.
“Gostaria de dizer que a Globo, como nós, não sabia da superposição existente entre as duas tramas. A emissora ainda tentou regravar cenas para diminuir as ‘coincidências’, mas a relação entre o universo do motoboy e o da sua namorada apaixonada por música clássica, central ao nosso filme, permaneceu no início da novela. Por isso nos vemos obrigados a repensar o nosso filme”, finalizou ele.
Na época, Salles chegou a ameaçar processar João Emanuel Carneiro e a Globo por plágio, mas isso nunca aconteceu.