Novela preferida do autor Gilberto Braga (1945-2021), Corpo a Corpo ganhará sua primeira reprise quase três anos após a morte do novelista. Até então esquecida nos arquivos da Globo, a trama voltará ao ar no canal Viva.
Exibida entre 26 de novembro de 1984 e 21 de junho de 1985, em 179 capítulos, a história gira em torno de Eloá (Débora Duarte), uma mulher inteligente e bastante ambiciosa que busca ascensão social e profissional, ao contrário do marido, Osmar (Antonio Fagundes), que é acomodado e sem grandes ambições.
Sem ser um grande sucesso como outras novelas escritas por Gilberto Braga e envolvida em algumas polêmicas, Corpo a Corpo acabou ficando esquecida e foi sendo deixada de lado pela Globo, que nunca a reprisou.
Qual será a substituta de Direito de Amar no Viva?
Nos anos 2000, a emissora carioca chegou a cogitar uma reprise do folhetim no Vale a Pena Ver de Novo, mas isso nunca se concretizou. Nos últimos anos, a produção entrou no radar do Viva, mas também acabou sendo deixada de lado.
Quando estreia Corpo a Corpo no Viva?
A volta de Corpo a Corpo foi anunciada oficialmente pelo Viva em maio. O canal pago da Globo informou que a primeira reprise da trama vai substituir Direito de Amar, na faixa das 14h40.
“Tem novelão de Gilberto Braga chegando aqui no meu canal! Corpo a Corpo estreia no dia 24 de junho, a partir das 14:40, substituindo Direito de Amar’”, anunciou o Viva.
Novela preferida de Gilberto Braga
Morto em outubro de 2021, Gilberto Braga não teve a chance de ver sua novela preferida sendo reprisada pela Globo.
“Na minha opinião, Corpo a Corpo é minha melhor novela, mas não é tão lembrada”, disse o autor em depoimento ao livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”, de André Bernardo e Cíntia Lopes, em 2009.
O novelista, no entanto, revelou que não gostou nem do título da trama e nem da escalação de Débora Duarte como a protagonista Eloá.
“O título, aliás, é muito ruim. Débora Duarte é extraordinária, mas, convenhamos, não é o primeiro nome de uma novela”, declarou ele.
Gilberto Braga causou impacto em Corpo a Corpo ao colocar personagens negros bem colocados socialmente na história. Era algo diferente para aquela época, em que a maioria dos atores negros aparecia em cena apenas como escravo ou serviçal.
